RESUMO
Introdução: A lipoenxertia iniciou-se com Neuber, em 1893, que a utilizou para corrigir uma depressão na face. Desde então, é utilizada em diversas condições, como preenchimento de cicatrizes deprimidas e rugas, correção de lipodistrofias faciais, entre outras. Para uma melhor integração do enxerto, os artigos mostram que adipócitos a serem doados devem ser obtidos com menor pressão de sucção e ter manipulação delicada. Assim, além de cânulas mais modernas, novos métodos foram desenvolvidos para se obter um melhor resultado; entre eles, o da lipoenxertia guiada por ultrassonografiia. Objetivos: O trabalho visa a demonstrar a importância de associar a ultrassonografia à lipoenxertia e os resultados obtidos. Método: Entre 2005 e 2008, 73 pacientes, com idades entre 16 e 68 anos, foram submetidos a este método e analisados retrospectivamente. O procedimento consistia em lipoaspirar o paciente tradicionalmente para, com ajuda da máquina ultrassonográfica, encontrar o melhor lugar para posicionar o enxerto e, então, fazê-lo. As áreas receptoras mais frequentes no estudo foram glúteos (52,05%) e face (20,54%); houve também injeção peniana de gordura. Resultados: Em algumas áreas com aponeurose mais fina, a ultrassonografia demonstrou que o enxerto intramuscular é fácil, seguro e de pouca absorção. Em locais com aponeurose espessa, o ideal é lipoenxertia mista, subcutânea e intramuscular. Observou-se menor incidência de efeitos colaterais com o método empregado nesse estudo em comparação à lipoenxertia tradicional. Conclusão: Lipoenxertia guiada por ultrassonografia apresenta grande eficácia em selecionar melhor o local de injeção do enxerto e melhorar o pós-operatório do paciente, além de prevenir algumas complicações do método tradicional.
Palavras-chave: Lipectomia. Ultrassonografia. Nádegas. Abdome.