RESUMO
Introdução: O uso de próteses de silicone ocorre desde os anos 60, mas a cobertura com espuma de poliuretano só apareceu na década de 70. Desde o desenvolvimento da espuma de silicone, pelo autor deste trabalho, várias pesquisas vêm sendo feitas para estudar as propriedades desse novo material. Objetivo: Analisar a vascularização e a quantidade de colágeno das cápsulas de implantes de espuma de poliuretano e espuma de silicone. Método: Optou-se por 64 ratos Wistar, que foram divididos em 2 grupos (espuma de poliuretano e espuma de silicone). Receberam implantes discóides subcutâneos em seu dorso. Foram analisadas histologicamente, com coloração de picrosiruis red, as cápsulas peri-implante com 28 dias, 2, 3 e 6 meses após a introdução dos implantes. Esta coloração provoca aumento da birrefringência das fibras de colágeno ao serem observadas à luz polarizada. A leitura das lâminas, do tipo fechado, duplo cego, foi realizada com microscópio Olympus® B201 e BX50, Câmera Sony® CCD-Iris e Software Image Pro-Plus® versão 4.5 para quantificação de colágeno. Resultados: A neoformação vascular foi significativamente diferente nos 2 grupos, aos 28 dias (p=0,001), pois o grupo poliuretano apresentava quantidade maior de vasos. Nos demais momentos, não houve diferença significativa entre os grupos. A área de colágeno, em todos os momentos, foi maior no grupo poliuretano, sendo significativo com 28 dias (p=0,001) e com 2 meses (p=0,030). Conclusão: A quantidade de vasos é maior, com 28 dias após o implante, nas cápsulas da espuma de poliuretano. Estas apresentam, também, uma quantidade maior de colágeno do que as cápsulas da espuma de silicone.
Palavras-chave: Próteses e implantes. Silicones. Poliuretanos