ABSTRACT
Introduction: Ablative surgery for locally advanced head and neck tumors can lead to devastating sequels. Free flaps are the gold standard in reconstruction. Aim: To determine safety and survival impact in patients submitted to double free flaps procedures. Method: Twenty three patients were submitted do oromandibular reconstruction between 2006 and 2007. For comparison purposes they were divided in two groups: group I - single free flap, and group II - double free flap. Data such as age, sex, smoking history, malnutrition, histological type, radiotherapy, recurrence, complications and survival were collected. Results: Seventeen patients were distributed in group I and 6 patients in group II. Squamous cell carcinoma was the most common histological type (83.3% group II versus 47.1% group I). Fibular free flap was the most used flap in group I (8 cases - 47.1%). The most common flap combination in group II was fibular free flap+anterolateral thigh flap in 4 cases. Recurrence was observed in three patients from group I and one patient from group II (17.6% versus 16.7%; p = 0.928). Mean survival time free from disease was 11.8 months + 6.8 in group I versus 10.8 + 8,4 in group II (p = 0.77). There were three total flap loss (90.3% flap survival), one fibular flap from group I and one fibular and one anterolateral thigh flap in group II. Flap survival in group II was 86.4%. Conclusion: We believe that double free flap reconstruction in head and neck is safe, reliable and has similar flap survival as single free flap procedures.
Keywords:
Microsurgery. Plastic surgery. Reconstructive surgical procedures. Squamous cell carcinoma. Mandibular neoplasms/surgery.
RESUMO
Introdução: O tratamento cirúrgico de tumores localmente avançados de cabeça e pescoço deixa como sequelas defeitos extensos e complexos. Retalhos microcirúrgicos são a primeira opção para reconstrução. Objetivo: Determinar a segurança e o impacto na sobrevida em pacientes submetidos a dois retalhos microcirúrgicos. Método: Vinte e três pacientes foram submetidos a reconstrução oromandibular entre 2006 e 2007 e divididos em 2 grupos, de acordo com o número de retalhos. Idade, sexo, tabagismo, desnutrição, tipo histológico, radioterapia, recidiva, complicações e sobrevida foram avaliados. Resultados: Dezessete pacientes foram submetidos a retalho microcirúrgico único (grupo I) e seis pacientes, a dois retalhos microcirúrgicos simultâneos (grupo II). Carcinoma epidermóide foi o tumor mais comum (83,3% grupo II versus 47,1% grupo I). No grupo I, o retalho mais utilizado foi o retalho de fíbula em 8 (47,1%) casos. No grupo II, os retalhos mais utilizados foram fíbula + ântero-lateral da coxa em 4 casos. Recidivas ocorreram em 3 pacientes do grupo I e 1 paciente do grupo II (17,6% versus 16,7%; p = 0,928). Tempo médio de sobrevida livre de doença foi de 11,8 + 6,8, no grupo I, versus 10,8 + 8,4, no grupo II (p = 0,77). Houve três perdas totais do retalho (90,3% sobrevida do retalho), sendo uma perda de retalho fibular no grupo II e perda de um retalho fibular e ântero-lateral da coxa no grupo II, com sobrevida no grupo II de 86,4%. Conclusão: Acreditamos que o uso de dois retalhos microcirúrgicos é seguro, com sobrevida do retalho semelhante ao grupo que realizou apenas um retalho microcirúrgico.
Palavras-chave:
Microcirurgia. Cirurgia plástica. Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos. Carcinoma de células escamosas. Neoplasias mandibulares/cirurgia.