INTRODUÇÃO
Abdominoplastia, ou dermolipectomia abdominal, configura entre os principais
procedimentos estéticos realizados atualmente, seja isoladamente ou em associação
com lipoaspiração ou suas variantes.
Independentemente das técnicas empregadas, ainda é um procedimento com índice
relativamente alto de complicações, porém de fácil manejo e bom prognóstico (Tabela 1). Estudo de inquérito populacional
realizado por Matarasso et al.1, em 2006, levantou as principais complicações neste tipo de cirurgia.
Para um total citado de 20.029 abdominoplastias, sendo 55% tradicionais isoladas,
35% lipoaspirações e 10% miniabdominoplastias, relatou índices de complicações
locais de 20%, 10,3% e 13,5% respectivamente, e índice de complicação sistêmica de
0,1% para todas as técnicas empregadas.
Tabela 1 - Índices das principais complicações em abdominoplastias.
Complicações |
Incidência (percentual) |
Locais |
10,4% |
Seroma |
5,4-31,2% |
Necrose tecidual |
3-4,4% |
Hematoma |
2% |
Infecção de ferida operatória |
1-3,8% |
Sistêmicas |
0,1% |
Tromboembolismo venoso |
0,3-1,1% |
Tabela 1 - Índices das principais complicações em abdominoplastias.
Como em qualquer procedimento cirúrgico, a avaliação pré-operatória criteriosa, que
inclua anamnese e exame físico completo, que inclua fatores de risco como idade
avançada, obesidade e tabagismo, além de aspectos biopsicossociais como expectativa
elevada do paciente, é o primeiro passo para evitar complicações nas
abdominoplastias2-4.
As principais complicações perioperatórias decorrentes de abdominoplastias, descritas
na literatura, podem ser classificadas em locais ou sistêmicas, e maiores ou menores
conforme necessidade de reabordagem cirúrgica (Figura 1). Suas apresentações e particularidades, modalidades de tratamento e
prevenção estão descritas, detalhadamente, a seguir.
Figura 1 - Principais complicações em abdominoplastias.
Figura 1 - Principais complicações em abdominoplastias.
COMPLICAÇÕES LOCAIS PERIOPERATÓRIAS
Seroma
A formação de seroma é considerada a mais frequente complicação local na
abdominoplastia, com índices próximos a 15%5.
Ainda é controverso se a associação da abdominoplastia com lipoaspiração
desenvolve seroma pós-operatório com maior ou menor frequência. Estudo de Najera
et al.6 citou índices
de formação de seroma de 16% e 31,2% respectivamente, nos grupos de
abdominoplastia tradicional e lipoabdominoplastia. Entretanto, a sub ou
superestimativa desta complicação, por diferentes autores, reflete uma falta de
padronização deste diagnóstico e, portanto, não está claro se, realmente, a
associação com lipoaspiração aumenta o risco para formação de seroma
pós-operatório.
Diversas estratégias foram descritas com o intuito de reduzir a incidência de
formação de seroma pós-operatório em abdominoplastias. Uma delas consiste em
preservar a fáscia de Scarpa, mantendo-a aderida à fáscia dos músculos
retoabdominais e oblíquos externos durante dissecção do retalho abdominal.
Costa-Ferreira7,8 e Fang9 sugeriram que esta técnica permitiu remoção precoce dos drenos,
referindo que este fato diminuiu o índice de formação de seroma em até 86%.
Swanson et al.10, por
sua vez, em ensaio clínico randomizado, relataram ceticismo com estas
afirmações, uma vez que demonstraram índices de incidência de seroma próximo a
5,4% quando utilizava lâmina fria no descolamento do retalho abaixo da fáscia de
Scarpa.
Outra estratégia reconhecida, e amplamente empregada, é a obliteração do espaço
morto entre a fáscia de Scarpa e a fáscia dos músculos retoabdominais e oblíquos
externos, descrita por Baroudi et al.11, utilizando pontos de aderência do retalho descolado à
parede abdominal. Seguindo mesmo raciocínio, Pollock et
al.12 referiram apenas um
caso de seroma em 597 abdominoplastias realizadas ao longo de 12 anos,
empregando suturas internas de alívio de tensão progressiva, isto é, fixação
interna do retalho descolado.
Alguns autores utilizam cola de fibrina como selante durante o fechamento da
abdominoplastia. Esta não é uma conduta recorrente em nosso meio.
Quando presente, o tratamento dos seromas é realizado com punções seriadas e
terapia compressiva, e, em geral, este problema é resolvido sem maiores
problemas. Injeção de corticoides e agentes esclerosantes não possuem respaldo
na literatura e são medidas de exceção. Nos casos em que o seroma é volumoso, ou
mesmo persistente após múltiplas punções, a reintervenção cirúrgica,
ocasionalmente, e a inserção de drenos são necessárias.
Infecção
Infecção é a segunda complicação local mais comumente observada em
abdominoplastias, com incidência estimada entre 1% e 3,8%, sob a forma de
infecção da ferida operatória e/ou seroma infectado1,5.
Pacientes imunossuprimidos, desnutridos e diabéticos são mais propensos a
infecção pós-operatória, especialmente se associados à obesidade13-15.
Tabagismo também aumenta o risco de infecção em até 12,7% comparado com 5% em não
fumantes, conforme estudo de Manassa et al.16. Isto é explicado pela vasoconstrição
decorrente dos agentes presentes no cigarro, que alteram a microcirculação
cutânea, diminuem a imunidade celular intrínseca, além de necrose tecidual e,
por vezes, seroma oculto.
Sevin et al.17
demonstraram redução no índice de infecção de 13% para 4% quando utilizada dose
única de antibioticoprofilaxia pré-indução anestésica, sem benefícios adicionais
de manter esquemas de profilaxia pós-operatória. Entretanto, este não é um
consenso estabelecido. Diversos autores mantêm antibioticoprofilaxia por 48 h
pós-operatórias ou mais, conforme sua experiência. Esta deve ser, portanto,
realizada de acordo com a experiência do cirurgião e protocolos hospitalares
específicos das instituições nas quais o mesmo realiza seus procedimentos
cirúrgicos18.
Quando presentes, os sinais clássicos de infecção (dor, calor, rubor,
endurecimento, eritema), deve ser realizada hipótese diagnóstica de infecção da
ferida operatória ou seroma infectado, e iniciar antibioticoterapia direcionada
em conformidade com a cultura e antibiograma do material retirado para exame.
Nos casos refratários a este tratamento, reabordagem cirúrgica com ampla
drenagem deve ser discutida.
Necrose cutânea e deiscência de ferida operatória
A necrose cutânea em abdominoplastias pode se apresentar desde formas simples,
como epiteliólise autolimitada e pequenas deiscências, até necroses extensas com
perda de substância em planos profundos, com índices de 3-4,4%. Necrose isolada
do umbigo, por sua vez, ocorre em cerca de 0,2% dos casos, geralmente decorrente
de plicatura excessiva ao redor desta estrutura1,5.
Tabagismo é reconhecido como principal fator de risco para essa condição, uma vez
que triplica as chances de evolução para necrose cutânea. O paciente deve
abandonar o hábito de fumar por, pelo menos, dois meses antes do procedimento
cirúrgico16.
Durante o intraoperatório, dissecção limitada em direção às perfurantes
intercostais, lipoaspiração limitada na região supraumbilical e fechamento por
camadas, sem tensão, são as medidas mais seguras no sentido de evitar necrose
cutânea. No pós-operatório, deve-se evitar uso de cintas ou similares muito
apertadas. Grandes hematomas, seroma oculto e infecção também devem ser
investigados e tratados prontamente.
Também deve-se evitar cirurgias prolongadas e associação com outras cirurgias
estéticas no mesmo ato cirúrgico, fatores conhecidos de aumento de risco para
aumento de morbidade pós-operatória19,20.
Quando estabelecida, a pequena necrose e/ou deiscência deve ser manipulada de
maneira conservadora. A maioria destes casos são tratados com curativos, pomadas
hidratantes e desbridantes químicos, com período de recuperação que pode levar
de semanas a meses.
As necroses extensas e profundas devem ser manejadas com desbridamento cirúrgico
de modo a estimular formação de tecido de granulação e propiciar ressutura,
fechamento primário retardado, enxertia cutânea ou mesmo cicatrização por
segunda intenção. Estratégias como oxigenoterapia hiperbárica e terapia por
pressão negativa têm benefício comprovado, e podem ser indicadas quando
necessário (Figura 2).
Figura 2 - Necrose abdominal e seroma infectado decorrente de lipoaspiração
e abdominoplastia. Paciente no vigésimo pós-operatório de
lipoaspiração e abdominoplastia, admitida com febre e saída de
secreção purulenta pela ferida operatória. A: Necrose
abdominal; B: Seroma infectado; C: Tecido
de granulação decorrente de desbridamento e terapia por pressão
negativa; D: Resultado final após enxertia.
Figura 2 - Necrose abdominal e seroma infectado decorrente de lipoaspiração
e abdominoplastia. Paciente no vigésimo pós-operatório de
lipoaspiração e abdominoplastia, admitida com febre e saída de
secreção purulenta pela ferida operatória. A: Necrose
abdominal; B: Seroma infectado; C: Tecido
de granulação decorrente de desbridamento e terapia por pressão
negativa; D: Resultado final após enxertia.
turas elásticas no fechamento de feridas complicadas, porém ainda não há
evidência científica embasada suficiente para esta prática.
Para os casos de assimetrias e cicatrizes inestéticas decorrentes de necrose
cutânea, pode ser empregado, tardiamente, o uso de expansores cutâneos para
solução deste problema (Figura 3).
Figura 3 - Assimetria e cicatriz inestética decorrente de cicatrização por
segunda intenção em necrose abdominal pós lipoaspiração e
abdominoplastia. Paciente em pós-operatório tardio de lipoaspiração
e abdominoplastia com relato de tabagismo e uso de cinta apertada no
pós-operatório. Evoluiu com necrose do retalho abdominal transposto
da região supraumbilical. Manejada com desbridantes químicos tópicos
e antibioticoterapia, evoluiu com cicatriz inestética por segunda
intenção e mau posicionamento do umbigo por retração
cicatricial.
Figura 3 - Assimetria e cicatriz inestética decorrente de cicatrização por
segunda intenção em necrose abdominal pós lipoaspiração e
abdominoplastia. Paciente em pós-operatório tardio de lipoaspiração
e abdominoplastia com relato de tabagismo e uso de cinta apertada no
pós-operatório. Evoluiu com necrose do retalho abdominal transposto
da região supraumbilical. Manejada com desbridantes químicos tópicos
e antibioticoterapia, evoluiu com cicatriz inestética por segunda
intenção e mau posicionamento do umbigo por retração
cicatricial.
Hematoma
Com incidência próxima a 2%, hematoma é a terceira complicação local mais
frequente em abdominoplastias.
O principal fator de risco para ocorrência de hematoma é alteração pressórica
intra e pós-operatória, hemostasia inadequada e coagulopatias preexistentes. Não
foi identificado aumento do risco para hematoma quando há associação com
lipoaspiração21,22.
Presença de dreno não previne formação de hematoma, porém, a mudança do débito e
do aspecto da drenagem servem para verificar ocorrência de hematoma.
Muitas vezes, o hematoma é assintomático ou não diagnosticado, e não gera maiores
consequências. Entretanto, hematomas volumosos podem evoluir com instabilidade
hemodinâmica e compressão do retalho descolado, o que pode propiciar necrose
cutânea, e devem ser prontamente explorados (Figura 4).
Figura 4 - Hematoma volumoso pós-abdominoplastia. Paciente em pós-operatório
recente de abdominoplastia que evoluiu com instabilidade
hemodinâmica. Submetida à drenagem de urgência de volumoso hematoma
decorrente de sangramento de vaso perfurante abdominal (não
identificado). Nota-se que o dreno presente não preveniu a formação
do hematoma.
Figura 4 - Hematoma volumoso pós-abdominoplastia. Paciente em pós-operatório
recente de abdominoplastia que evoluiu com instabilidade
hemodinâmica. Submetida à drenagem de urgência de volumoso hematoma
decorrente de sangramento de vaso perfurante abdominal (não
identificado). Nota-se que o dreno presente não preveniu a formação
do hematoma.
COMPLICAÇÕES LOCAIS TARDIAS
As demais complicações locais de apresentação tardia são decorrentes, geralmente,
de
resultado estético insatisfatório. Cicatrizes hipertróficas podem decorrer de
fechamento com tensão excessiva e devem ser manejadas com massagem, placas de
silicone específicas e, por vezes, com infiltração de corticoide injetável. Correção
cirúrgica é uma alternativa nos casos refratários, assim como nas cicatrizes
inestéticas, alargadas ou decorrentes de cicatrização por segunda intenção
pós-necrose, ou deiscência da ferida operatória. Cicatriz queloidiana deve ser
abordada com cautela e, de preferência, com beta-terapia adjuvante de modo a evitar
piora e recidiva da lesão.
Assimetria de contorno corporal pode ser decorrente de mal resultado de plicatura
da
diástase dos músculos retoabdominais. Esta pode ocorrer em virtude de frouxidão da
sutura, ruptura ou mesmo de tensão excessiva e consequente isquemia. Alguns autores
recomendam plicatura em duas camadas de modo a formar uma fibrose mais
persistente,
porém, há o risco teórico de isquemia e consequente deiscência aponeurótica. Acúmulo
de gordura localizada, ressecção insuficiente de pele e mal posicionamento da
cicatriz também são fatores de contorno corporal insatisfatório pós-operatório.
Estes casos devem ser avaliados cautelosamente e indicada nova abdominoplastia e/ou
lipoaspiração, quando necessário.
Casos de neuralgia/dor crônica decorrem, geralmente, de lesão inadvertida do nervo
cutâneo femoral lateral. Para tal, é aconselhado dissecção cuidadosa próxima à
espinha ilíaca anterossuperior. A dor é, geralmente, sob a forma de parestesias e
“pontadas” ao longo dos dias, geralmente autolimitada. O tratamento, quando ocorre
neuralgia persistente, consiste em massagem e analgésicos comuns, associados ou não
a anticonvulsivantes como amitriptilina e gabapentina. Nos casos refratários,
exploração cirúrgica visando a liberação do nervo enclausurado ou ressecção de um
neuroma, pode ser necessária.
COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS
Tromboembolismo venoso
A incidência de tromboembolismo varia, na literatura, entre 0,3-1,1%,
considerando casos confirmados por ultrassonografia Doppler venosa. Assume-se
que ocorra um número maior de casos subclínicos, que se resolvem espontaneamente
sem desenvolvimento de sintomatologia específica.
Pacientes com IMC > 30 kg/m2 apresentam maior risco de desenvolver
tromboembolismo em cirurgias abdominais. Quando a abdominoplastia é associada a
outras outras cirurgias intra-abdominais, o risco aumenta para 2,17% em
comparação com 0,76% quando associada a outras cirurgias estéticas no mesmo ato
operatório23,24. Estudo de Gemperli et
al.25, por outro lado,
demonstrou segurança na associação com procedimentos cirúrgicos intra-abdominais
quando há boa concordância e prática cirúrgica entre os grupos envolvidos.
Relatos de embolia gordurosa secundária à abdominoplastia isolada ou
lipoaspiração sem lipoenxertia são raros. Evidências recentes no tocante aos
riscos de lipoenxertia glútea e embolia gordurosa, recomendam lipoenxertia em
plano subcutâneo exclusivo, evitando injeções intramusculares, e longe da
emergência dos vasos glúteos (Multi-Society Gluteal Fat Grafting Task Force
issues safety advisory urging practitioners to reevaluate technique; disponível
em: https://www.surgery.org/sites/default/files/Gluteal-Fat-Grafting-02-06-18_0.pdf).
O uso de quimioprofilaxia para prevenção do tromboembolismo venoso é controverso,
não devendo ser aplicado indiscriminadamente em todos os pacientes. Newall
et al.26, em estudo
retrospectivo, e Hatef et al.27, em estudo de revisão, demonstraram diminuição da incidência de
tromboembolismo venoso com utilização de heparina de baixo peso molecular em
cirurgias abdominais e de contorno corporal; entretanto, evidenciaram mais
desenvolvimento de hematoma nestes casos.
Sistemas de avaliação, como a Escala de Caprini, são validados na prática médica
geral e extrapolados para a cirurgia plástica. São úteis na indicação da
profilaxia de tromboembolismo, embora cada caso deva ser analisado
individualmente28.
Cessação do tabagismo um mês antes da cirurgia, deambulação precoce, uso de meias
elásticas compressivas e compressor pneumático de membros inferiores devem ser
indicados a todos os pacientes com procedimentos com duração maior do que uma
hora, incluindo as plásticas abdominais29,30.
Insuficiência respiratória
Há um risco teórico de aumento da pressão abdominal e consequente disfunção
respiratória em pacientes submetidos a plicatura exagerada dos músculos
retoabdominais. A avaliação da redução do conteúdo abdominal com o paciente em
posição de supino e confirmação, pelo anestesiologista, da ventilação adequada,
durante a plicatura e ao término do procedimento, são estratégias para se evitar
esta complicação.
Óbito
Mortes decorrentes de abdominoplastias são raras, sem registro nas séries mais
recentes. Assume-se que a maioria decorra de complicações anestésicas ou
tromboembolismo maciço perioperatórios.
CONCLUSÃO
Quando adotadas técnicas cirúrgico-anestésicas adequadas, realizadas por profissional
qualificado, as complicações em abdominoplastias são em geral raras, e quando
presentes, manejáveis.
Escores de segurança, no contexto de medicina baseada em evidências, são úteis, mas
o
julgamento do cirurgião em cada caso particular é soberano31,32.
Por fim, os casos de óbito em cirurgia plástica apresentadas pela mídia, em geral
decorrem de procedimentos realizados com não especialistas, incapacitados para
exercer o ofício de cirurgião plástico, devendo o paciente verificar no conselho de
classe competente a certificação do cirurgião para exercício da profissão.
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1. Faculdade de Medicina, Universidade de São
Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
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