INTRODUÇÃO
A cirurgia estética periorbital adequadamente realizada é um dos procedimentos mais
rejuvenescedores de todas as cirurgias faciais realizadas. Devidamente concebida e
executada, causa enorme satisfação tanto para o cirurgião como para o paciente1.
A região ocular é a unidade estética central de nossa face. O olhar pode transmitir,
de forma particular, aspectos da personalidade e dos sentimentos de um indivíduo e
pode se modificar com o envelhecimento. Partindo desse pressuposto, a região
orbitopalpebral assume importante papel como complemento dessa forma de
expressão2,3.
Usualmente, as alterações causadas pelo envelhecimento são percebidas primariamente
ao redor dos olhos. Atualmente, existem diversas técnicas com diferentes princípios
para corrigir as deformidades palpebrais que aparecem com o processo natural da
idade, entre elas temos a cirurgia das pálpebras4.
No entanto, não existe padronização dos procedimentos necessários para diminuir a
chance de má posição da margem palpebral no pós-operatório. Cada técnica é
individualizada e indicada de uma forma cirurgião dependente, sem consenso
científico.
Dentro dessas técnicas para evitar a má posição palpebral, temos as cantopexias e
as
cantoplastias (tarsal strip). Ainda dentro de cada técnica existe
uma variedade de táticas cirúrgicas, muitas delas não padronizadas pelos
cirurgiões.
Uma padronização para melhor entendimento das indicações das cantoplastias e
cantopexias é necessária primeiramente para indicar corretamente um procedimento
para o paciente. A mesma padronização facilita o trabalho do residente ou
profissional com menor experiência, aumentando a chance de resultados satisfatórios.
Por último, em um contexto de medicina baseada em evidência, a padronização gera
possibilidade de avaliação e produção literária com melhora contínua.
OBJETIVO
Apresentar algoritmo de avaliação pré-operatória da margem palpebral, evitando sua
má
posição pós-operatória.
MÉTODO
O serviço de cirurgia plástica do HU/UFSC criou uma padronização de avaliação da
margem palpebral pré cirúrgica para realização de procedimento que evite sua má
posição pós-operatória.
Para avaliação do ligamento tarsal foi utilizado o snap test,
projeção lateral e projeção anterior. Para avaliação da sustentação tarsal foi
utilizado o canto lateral, vetor e distância canto-órbita (Tabela 1).
Tabela 1 - Avaliação do ligamento e sustentação tarsal.
AVALIAÇÃO MARGEM PALPEBRAL |
1. LIGAMENTO TARSAL |
|
NORMAL |
ALTERADO |
CONDUTA |
SNAPTEST |
RETORNO |
LENTIFICADO |
ALTERADO = NORMAL TARSAL STRIP |
PROJEÇÃO LATERAL |
<0.8CM |
>OU=0.8CM |
ALTERADO = TARSAL STRIP |
PROJEÇÃO ANTERIOR |
<0.6CM |
>OU= 0.8CM |
ALTERADO = TARSAL STRIP |
1. SUSTENTAÇÃO TARSAL |
|
NORMAL |
ALTERADO |
CONDUTA |
CANTO LATERAL |
ACIMA/NEUTRO |
ABAIXO |
CANTOPEXIA + TARSORRAFIA TEMPORÁRIA |
DISTÂNCIA (CANTO/ÓRBITA) |
<1CM |
>OU = 1CM |
ALTERADO = 1 PONTO |
VETOR |
POSITIVO |
NEGATIVO |
ALTERADO = 1 PONTO |
SOMATÓRIO DE PONTUAÇÃO |
PONTOS |
CONDUTA 1 |
0-1 |
TARSORRAFIA TEMPORÁRIA |
2 |
TARSORRAFIA TEMPORÁRIA + CANTOPEXIA |
Tabela 1 - Avaliação do ligamento e sustentação tarsal.
O snap test é realizado com a paciente em posição ortostática e
olhos abertos. Realiza-se tração da pálpebra inferior para baixo com dedo do
examinador e com retirada do mesmo avalia-se tempo de retorno para posição natural.
Pode ser classificado como normal ou lentificado (Figura 1).
Figura 1 - Avaliação do ligamento tarsal. Da esquerda para a direita: 1. Snap
test; 2. Projeção lateral; 3. Projeção anterior.
Figura 1 - Avaliação do ligamento tarsal. Da esquerda para a direita: 1. Snap
test; 2. Projeção lateral; 3. Projeção anterior.
A projeção lateral e projeção anterior são parâmetros mensuráveis com régua.
Realiza-se tração máxima lateral da pálpebra, para projeção lateral. Distâncias
maiores ou iguais a 0,8 cm do ligamento tarsal até a esclera são consideradas
alteradas. Para projeção frontal, pinça-se de maneira delicada a pálpebra do
paciente e realiza-se tração frontal; medidas maiores ou iguais a 0,6 cm entre o
ligamento tarsal e o globo ocular são considerados alterados.
Para qualquer alteração do ligamento tarsal, nas três avaliações realizadas
(snap test, projeção lateral e projeção anterior) é mandatória
a realização de tarsal strip na paciente, pois a mesma apresenta
frouxidão ligamentar. Caso a mesma não apresente alteração no ligamento tarsal,
evoluímos à avaliação da sustentação tarsal.
A primeira avaliação da sustentação tarsal é realizada pelo canto lateral. Avalia-se
a relação do canto lateral frente ao canto medial dos olhos, criando um vetor de
avaliação. Caso o paciente apresente um canto lateral acima do medial ou na mesma
altura (neutro) consideramos normal, levando pontuação zero. Caso o paciente
apresente o canto lateral abaixo do canto medial, mimetizando um olhar triste, é
mandatória a realização de cantopexia + tarsorrafia temporária.
O vetor é avaliado com o paciente em posição ortostática e perfil. Marcam-se as
maiores regiões de projeção da eminência malar e do globo ocular. Para realizar o
mesmo, régua rígida é de boa valia. Um vetor positivo é quando a iminência malar é
a
frente do globo, sendo compatível com uma sustentação/arcabouço ósseo mais
proeminente para estruturas acima. O vetor negativo é quando não existe esse
sustento. Caso o paciente apresente vetor negativo, pontuamos com um; caso positivo,
zero (Figura 2).
Figura 2 - Avaliação da sustentação tarsal. Da esquerda para a direita: 1.
Cantolateral; 2. Distância canto-órbita; 3. Vetor.
Figura 2 - Avaliação da sustentação tarsal. Da esquerda para a direita: 1.
Cantolateral; 2. Distância canto-órbita; 3. Vetor.
A distância canto-órbita é realizada com o paciente em posição ortostática. Mede-se
a
distância final da fenda palpebral até a eminência óssea orbital, mimetizando o
tamanho do retináculo lateral. Consideramos uma distância normal até 1 cm. Caso a
distância seja maior ou igual a 1 cm, pontumos o paciente com um ponto; caso normal,
zero.
Pacientes que não apresentaram alteração do ligamento tarsal e do canto lateral
evoluem para somatório de pontuação para conduta. Caso a pontuação total seja zero
ou um, é realizada tarsorrafia temporária. Caso pontuação seja dois, é realizada
contopexia.
TÉCNICA CIRÚRGICA
Tarsorrafia temporária
Após a blefaroplastia inferior finalizada e já realizado fechamento com náilon
6.0 da ferida, realiza-se passagem de ponto de náilon 6.0 em tarso de pálpebra
superior (plano total) e tarso de pálpebra inferior (plano total)
aproximadamente 1 a 1.5 do canto lateral dos olhos. Os pontos diminuem a tensão
na região cantal lateral, servindo de sustendo da palpebral inferior e não
deixando que a cicatrização da pálpebra inferior cause retração da mesma. Mesmo
sem estudo prévio, a tarsorrafia temporária parece melhorar a quemose
pós-operatória. Os pontos bem executados não alteram campo visual da paciente e
não causam desconforto para a mesma.
Cantopexia
Realiza-se fixação com náilon 5.0 em periósteo da região orbital em ponto de
encontro entre uma linha que passe entre a narina, canto lateral dos olhos e
região orbital, região que normalmente corresponde ao tubérculo de Whitnall.
Realiza-se a passagem do fio em região posterior aos retináculos laterais e
retorno do fio passando à frente do retináculo na tentativa de ancorar a
estrutura. Não é realizada passagem de ponto em tarso ou musculatura orbicular.
No retorno, nova passagem do fio em periósteo é realizada e o mesmo é anodado
com pelo menos cinco seminós.
Tarsal strip
Realiza-se cantotomia/cantólise; parcimônia deve existir na ressecção do
ligamento tarsal, pois a função do retináculo lateral será realizada pelo tarso
ao final do procedimento. Com náilon 5.0 realiza-se a passagem de fio em
periósteo orbital, um pouco acima da linha horizontal ocular, na tentativa de
criar um canto lateral acima do conto medial. O fio passa no ligamento tarsal e
retorna para o periósteo para segunda fixação. O mesmo é anodado com pelo menos
cinco seminós.
RESULTADOS
A partir de setembro de 2018 foi implementanda a padronização de avaliação de margem
palpebral para realização de blefaroplastia inferior em busca de evitar má posição
da margem palpebral.
Entre setembro a dezembro de 2018, 21 pacientes realizaram procedimento dentro da
padronização estabelecida. Todos os casos foram operados com anestesia local sem
sedação. A maioria dos pacientes eram do sexo feminino (19). A idade média dos
participantes foi de 56 anos (44-72 anos).
Entre os procedimentos realizados em blefaroplastia inferior: seis pacientes
realizaram retalho cutâneo (no touch), 12 pacientes realizaram
retalho miocutâneo com transposição de gordura e um paciente realizou blefaroplastia
transconjuntival. Duas pacientes evoluíram com suspensão do procedimento por
sangramento abundante. Resultados de 3 meses são apresentados nas Figuras 3 a 5.
Figura 3 - Paciente feminina, 46 anos, realizada blefaroplastia miocutânea com
reposição de bolsas, e realizada tarsorrafia temporária + cantopexia.
Três meses de pós-operatório.
Figura 3 - Paciente feminina, 46 anos, realizada blefaroplastia miocutânea com
reposição de bolsas, e realizada tarsorrafia temporária + cantopexia.
Três meses de pós-operatório.
Figura 4 - Paciente feminina, 51 anos. Foi realizada blefaroplastia
transconjuntival + no touch, e realizada tarsorrafia + cantopexia. Três
meses de pós-operatório.
Figura 4 - Paciente feminina, 51 anos. Foi realizada blefaroplastia
transconjuntival + no touch, e realizada tarsorrafia + cantopexia. Três
meses de pós-operatório.
Figura 5 - Paciente feminina, 63 anos. Foi realizada blefaroplastia miocutânea
com reposição de bolsas, e realizado tarsal strip. Pósoperatório de 3
meses.
Figura 5 - Paciente feminina, 63 anos. Foi realizada blefaroplastia miocutânea
com reposição de bolsas, e realizado tarsal strip. Pósoperatório de 3
meses.
Todas as pacientes tiveram seus pontos retirados em 5-7 dias com início de massagens
contra a gravidade iniciados no mesmo momento. As massagens perduram por todo o
pós-operatório.
Entre as complicações encontradas tivemos um caso de ectrópio em pós-operatório
inicial, por erro de avaliação do ligamento tarsal, que evoluiu com reoperação
dentro de 1 mês do quadro instalado.
As pacientes se encontram em acompanhamento com o serviço e serão reavaliadas com
6
meses de pós-operatório para verificar resultado de margem palpebral e futura
publicação.
DISCUSSÃO
A cirurgia das pálpebras é um dos procedimentos mais realizados pelo cirurgião
plástico. Sendo bem realizada e com qualidade técnica, acaba trazendo resultados
estéticos agradáveis, com amplo rejuvenescimento dos pacientes.
Ao contrário da pálpebra superior, a pálpebra inferior apresenta maiores dificuldades
de execução e maior cuidado técnico. Complicações ou intercorrências como
lagoftalmo, esclero show e ectrópio não são raros de acontecer. Isso se deve pela
ação cicatricial de retração que acontece nas lamelas palpebrais ajudada/empurrada
pela gravidade. O resultado dessa equação é a má posição da margem palpebral.
Fisiologicamente a margem palpebral deve contornar a íris, apresentando no máximo
1-2 mm de esclera evidente, principalmente em uma pálpebra senil.
Permanece a incerteza na escolha do procedimento de cantal lateral mais apropriado.
Os fatores que contribuem para essa incerteza são a falta de compreensão da complexa
anatomia funcional da pálpebra inferior e uma documentação inadequada dos achados
anatômicos e morfológicos específicos do paciente necessários para a escolha
lateral. Há uma escassez de literatura, na qual a importância dos achados
pré-operatórios é destacada para evitar mau posicionamento da pálpebra inferior5,6.
Na tentativa de evitar as complicações palpebrais, inúmeros procedimentos de
ancoragem, diminuição do ligamento tarsal e até massagem são realizadas. No entanto,
não existe consenso a respeito do melhor procedimento a ser realizado de acordo com
a anamnese e exame físico. Sem padronização, tanto o paciente como o cirurgião ficam
à mercê de intercorrências. Isso fica mais evidente em residentes e cirurgiões
jovens, que acabam por evoluir com erros por não encontrar padronização prévia7.
Muitos artigos comentam as causas do ectrópio ou abordam a necessidade da avalição
do
paciente, buscando parâmetros relacionados a maior chance de intercorrências. No
entanto padronização de avalição pré-operatória com algoritmo de conduta ainda não
é
encontrado na literatura5-13.
A divisão da avaliação em (1) ligamento tarsal e (2) sustentação tarsal auxilia a
conduta do cirurgião. Iniciando a avaliação pelo ligamento tarsal, podemos verificar
os casos onde o tarsal strip se faz mandatório.
Por receio, dificuldade técnica ou pós-operatório mais complexo, a não execução de
um tarsal strip quando necessário nos parece a
principal causa de má posição da margem palpebral no pós-operatório. A avaliação do
item 2 (sustentação tarsal) acaba diferenciando casos de boa sustentação do complexo
palpebral, no qual somente uma tarsorrafia temporária se faz necessária, ou casos
com uma pontuação maior (dois pontos) em que se faz necessária uma cantopexia +
tarsorrafia temporária.
O cuidado com a margem palpebral sempre deve existir; em nosso algoritmo o cirurgião
deve no mínimo realizar tarsorrafia temporária. Procedimento rápido, facilmente
reprodutível e sem complicações. Cuidado deve existir para retirar em 5-7 dias os
pontos, evitando desconforto local.
Vale citar, frente a uma avaliação pré-operatória do paciente, que em nenhum momento
é levado em conta o procedimento que o mesmo realizará. Nós sabemos que uma
blefaroplastia miocutânea com transposição de bolsas palpebrais requer maiores
cuidados que uma blefaroplastia cutânea (no touch) por chance de má
posição da margem palpebral. No entanto, acreditamos que os parâmetros analíticos
devem ser levados em consideração e as pacientes que realizaram blefaroplastia
miocutânea com transposição de bolsa de gorduras e somente realizaram tarsorrafia
transitória têm evoluído muito bem.
O tempo de evolução das pacientes, aproximadamente 3 meses de pós-operatório, não
nos
possibilita a avaliação precisa do resultado estético das pálpebras. As pacientes
serão submetidas após 6 meses a nova avaliação para validação do algoritmo aqui
presente.
CONCLUSÃO
A padronização de um procedimento evita intercorrências e complicações futuras de
pacientes. A avaliação pré-cirúrgica da margem palpebral é de grande valia para um
melhor resultado estético, sendo facilmente reproduzido.
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Santa Catarina, SC, Brasil.
Endereço Autor: Caio Pundek Garcia Rua Professora
Maria Flora Pausewang, s/nº, Trindade, Florianópolis, SC, Brasil CEP 88036-800.
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