RESUMO
Pacientes com ptose palpebral severa e ação fraca do músculo elevador habitualmente são beneficiados com o método da suspensão frontal utilizando-se materiais orgânicos ou inorgânicos. Na literatura, são conhecidos estudos com esclera homóloga, dura mater, fáscia lata homóloga e autóloga, fio de seda, supramid, goretex, tela de mersilene, prolene, dentre outros.
Nos casos em que existam alterações que impeçam a boa proteção ocular, como paralisia do III par, oftalmoplegia crônica progressiva, ceratite neuroparalítica, miastenia gravis, síndrome da fibrose orbitária, ceratoconjuntivite seca ou paresia do VII par com ptose, têm sido utilizadas tiras de silicone, entretanto com índices significativos de recorrência da ptose a médio e longo prazos.
Para diminuir essa ocorrência, desenvolveu-se um suspensor palpebral pré-moldado de silicone com reforço de Dacron utilizado em 45 pacientes com ptose severa, num total de 58 pálpebras. Neste trabalho discutem-se os resultados obtidos e chega-se à conclusão de que o procedimento é de fácil execução, que oferece resultados efetivos e duradouros, com possibilidade de fácil ajuste pós-operatório, caso seja necessário. A disponibilidade da peça estéril e pronta para o uso facilita o procedimento. A indicação do método ampliou-se para todos os casos de ptose severa e não apenas para aqueles que apresentem alterações que não permitam proteção adequada ao olho.
Palavras-chave: Ptose palpebral; suspensão frontal; tiras de silicone