RESUMO
O autor relata sua experiência com uma técnica pessoal que, inicialmente, foi utilizada para correção de ptose da pele da reborda orbitária (pele subsuperciliar) sobre a pálpebra, a qual é resultado insatisfatório de blefaroplastia superior, executada isoladamente em pacientes com indicação de ritidoplastia frontotemporal. Inicialmente, o autor faz algumas considerações históricas sobre os acessos utilizados na blefaroplastia. A via de acesso da técnica também facilita o acesso às regiões frontal e glabelar e pode, em certos pacientes, ser utilizada para blefaroplastia primária. É uma incisão em ziguezague ou W, junto aos pêlos inferiores do supercílio, seguida de descolamento supra-orbicular e, por este campo, são realizados os demais tempos para o tratamento de bolsas, excessos de gordura retro-orbicular (Roof), levantamento do canto lateral e ressecção do excesso cutâneo, fazendo um verdadeiro lifting da pálpebra superior. Ao longo dos últimos 6 anos, foram operados 42 pacientes por esta técnica e, durante o período estudado, o autor ampliou as indicações. Estas estão relacionadas na seleção dos pacientes para o método utilizado. Os resultados iniciais foram altamente satisfatórios, com baixo índice de complicações e, no acompanhamento tardio, todos os pacientes obtiveram melhora estética importante. O autor conclui que esta nova abordagem representou uma solução simples e segura para correção de maus resultados em cirurgia palpebral e uma nova alternativa para a blefaroplastia superior.
Palavras-chave: Pálpebras, cirurgia. Blefaroplastia. Cirurgia plástica