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Extremities - Year2011 - Volume26 - (3 Suppl.1)

INTRODUÇÃO

Vários produtos já foram usados sobre as feridas no intuito de reparar o dano do tecido cutâneo. Em áreas doadoras de enxerto parcial de pele, é frequente a utilização de gazes finas de morim ou raiom, ou coberturas de gaze ou de gaze parafinada para os curativos oclusivos. O maior entendimento da fisiopatologia das feridas e dos possíveis fatores adversos à cicatrização, originaram um processo de escolha de um curativo ideal. Em 1962, Winter demonstrou que a taxa de epitelização era 50% maior em ambiente úmido, mas, somente na década de 80, esta assertiva foi corroborada, identificando também outros benefícios, como redução da dor e desbridamento autolítico. Novos métodos de tratamento e curativos oclusivos foram introduzidos na prática profissional, ocasionando uma "revolução no conceito de curativos". A hidrofibra como tecnologia moderna é um curativo de fibras de hidrocoloides, que se transforma em gel na presença de exsudato, com grande capacidade de absorção e retenção, podendo estar associado à prata iônica, agindo como curativo antimicrobiano de amplo espectro.


OBJETIVO

Avaliar o uso da hidrofibra com prata iônica em áreas doadoras de enxerto parcial de pele.


MÉTODOS

Trata-se de relato de experiêcia em um hospital federal localizado no município do Rio de Janeiro, no Serviço de Cirurgia Plástica. Os sujeitos do estudo foram quatro pacientes com lesões crônicas que necessitavam de enxertia parcial de pele (dois do sexo masculino e dois do feminino). O acompanhamento foi realizado pela equipe do serviço através de um questionário, onde se avaliavam as características do curativo de hidrofibra com prata e a percepção dolorosa dos pacientes em relação à troca dos curativos, com consentimento para registro fotográfico. Área doadora: face ântero-lateral e posterior da coxa, com espessura do enxerto entre 0,50 e 0,55 mm. Realizado procedimento cirúrgico e curativo com hidrofibra com prata iônica.


RESULTADOS

O tempo médio de uso da hidrofibra foi de 18,75 dias (15-24), com média de 1,5 trocas de curativos (1-2). A média de idade do pacientes foi de 23,75 anos (17-30). Em 80% das trocas de curativos, essa foi considerada indolor, em 10% foi incômoda e em 10% foi dolorosa (por aplicação inadequada do curativo de hidofibra com prata). Não foram observadas infecções secundárias nas áreas tratadas com a hidrofibra com prata.


CONCLUSÃO

O uso do curativo de hidrofibra com prata iônica na área doadora possibilitou um tratamento mais confortável para o paciente, com poucas trocas de curativo, mínimas queixas álgicas e boa qualidade de epitelização da pele.

 

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