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Head and neck microvascular reconstruction: retrospective analysis of 60 free flaps

Ciro Paz Portinho; Juliano Carlos Sbalchiero; Marcelo Moreira Cardoso; Carlos Francisco Jungblut; Thiago Henrique Silva de Souza; Marcus Vinícius Martins Collares
Rev. Bras. Cir. Plást. 2013;28(3):434-443 - Original Article

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ABSTRACT

BACKGROUND: The microsurgical reconstruction of the head and neck usually is the first indication for high tissue losses. The surgical team should have a hand full of technical options for any such loss. In addition, knowing how to manage each complication is important. The aim of this study was to evaluate possibilities of reconstruction and complications in patients submitted to reconstruction using free flaps. METHODS: A retrospective study of patients with loss of tissue in the head and neck, and submitted to immediate or delayed microsurgical reconstruction was performed between March 2010 and March 2012. RESULTS: Sixty patients that received free flaps, submitted to surgery between March 2010 and March 2012, were analyzed. Of these, 31 (52.7%) patients were women and 39 (65.0%) Caucasians. Immediate reconstructions were performed in 65% of the cases. Malignant tumours were the most common diagnoses, representing 86.7% of the cases. The frequency of the flaps was as follows: fibula in 36.7% of the cases, rectus abdominis in 23.3%, anterolateral thigh in 23.3%, antebrachial in 11.7%, and latissimus dorsi in 5%. The average operative time was 8.6 ± 2.1 hours. The ischemia period was 107.5 ± 27.6 minutes. Complications were observed in 45% of the cases: dehiscence in 18.3%, salivary fistula in 16.7%, infection in 16.7%, death during the first week after surgery in 5%, and extrusion of the synthesized material in 1.7%. Among the 60 flaps, a reintervention was required in 20 (33.3%), and the loss of 13 (21.7%) reconstructions occurred. The venous thrombosis was the main cause of reintervention and loss. Six salvage flaps were performed, three of the pectoralis pedicle and three of the latissimus dorsi muscle; two of the latter were microsurgeries. CONCLUSIONS: Microsurgical flaps are important in head and neck reconstructions; these can be better than the pediculated ones in most of the situations; when well succeeded, they promote a decrease of morbidity, a promotion of rehabilitation, and a decrease in costs.

Keywords: Microsurgery. Head/surgery. Neck/surgery. Surgical flaps.

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A reconstrução microcirúrgica de cabeça e pescoço costuma ser a primeira indicação para grandes perdas teciduais. A equipe cirúrgica deve ter um arsenal de opções técnicas para qualquer dessas perdas. Além disso, é importante conhecer o manejo de cada complicação. O objetivo deste estudo é avaliar as condutas de reconstrução e as complicações de pacientes submetidos a reconstruções com retalhos livres. MÉTODO: Foi realizado estudo retrospectivo de pacientes com perda de substância em cabeça e pescoço, submetidos a reconstruções microcirúrgicas imediatas ou tardias, no período de março de 2010 a março de 2012. RESULTADOS: Foram analisados 60 pacientes que receberam retalhos livres, dos quais 31 (52,7%) eram mulheres e 39 (65%), caucasianos. As reconstruções foram imediatas em 65% dos casos. Os tumores malignos foram o diagnóstico mais comum, representando 86,7% dos casos. A frequência dos retalhos foi a seguinte: fíbula, em 36,7% dos casos; reto abdominal, em 23,3%; ântero-lateral da coxa, em 23,3%; antebraquial, em 11,7%; e grande dorsal, em 5%. O tempo cirúrgico médio foi de 8,6 ± 2,1 horas. O tempo de isquemia foi de 107,5 ± 27,6 minutos. Foram observadas complicações em 45% dos casos: deiscência em 18,3%, fístula salivar em 16,7%, infecção em 16,7%, óbito na primeira semana pós-operatória em 5%, e extrusão de material de síntese em 1,7%. Dos 60 retalhos, houve reintervenção em 20 (33,3%) e perda de 13 (21,7%) reconstruções. A trombose venosa foi a causa mais comum de reintervenção e de perda. Foram realizados 6 retalhos de resgate, 3 de peitoral pediculado e 3 de músculo grande dorsal, sendo 2 microcirúrgicos. CONCLUSÕES: Os retalhos microcirúrgicos têm grande importância em reconstrução de cabeça e pescoço, podem ser superiores aos pediculados na maioria das situações, e determinam, quando bem-sucedidos, diminuição da morbidade, aceleração da reabilitação e diminuição de custos.

Palavras-chave: Microcirurgia. Cabeça/cirurgia. Pescoço/cirurgia. Retalhos cirúrgicos.

 

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