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Body dysmorphic disorder: contributions for the plastic surgeon

Maria Lídia de Abreu Silva; Stella Regina Taquette; José Horácio Costa Aboudib
Rev. Bras. Cir. Plást. 2013;28(3):499-506 - Reviw Article

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ABSTRACT

Body dysmorphic disorder (BDD) is a psychiatric condition often encountered by plastic surgeons in daily clinical practice. BDD is a body image disorder that causes patients to become preoccupied with small or imagined defects in appearance, which lead to the development of social and occupational disabilities. Individuals with BDD exhibit fears of their "defects" being noticed by others, and feel ashamed, embarrassed, and uncomfortable when physically exposed during social activities. They have delusional thoughts, develop compulsive rituals and somatic preoccupation, seek cosmetic treatments, and refuse psychological intervention. Patients with BDD are convinced that improving physical appearance alone will improve their self-esteem. These patients often undergo cosmetic surgery or other related procedures to correct their "defective" image, often consulting several health professionals, especially plastic surgeons, before finding one who will perform their desired procedure. However, surgery does not resolve these imperfections; on the contrary, the results are often poor and can cause the patient to develop violent behavior toward the surgeon and worsen the patient's condition. The aim of this review was to describe BDD and its progression and treatment, and to make recommendations that will assist plastic surgeons and facilitate diagnosis and patient management in daily clinical practice, thereby allowing patients to understand the psychogenic origin of most preoccupations with appearance and the importance of undergoing psychological/psychiatric treatment. As a result, unnecessary aesthetic procedures can be avoided.

Keywords: Plastic surgery. Body image. Body dysmorphic disorders. Somatoform disorders.

 

RESUMO

O transtorno dismórfico corporal (TDC) é uma doença psiquiátrica que pode ser encontrada com frequência no consultório do cirurgião plástico. Trata-se de uma desordem da imagem corporal, incapacitante social e profissionalmente, em que a pessoa tem preocupações decorrentes de defeitos mínimos ou inexistentes na aparência. Indivíduos com TDC apresentam medo de terem seus "defeitos" percebidos, sentem vergonha, embaraço e desconforto ao se exporem fisicamente em atividades sociais, têm pensamentos de desilusão e desenvolvem rituais compulsivos, preocupações somáticas, busca por tratamentos cosméticos e resistência a intervenções psicológicas. Os pacientes com TDC estão convencidos de que a única maneira de melhorar sua autoestima é aperfeiçoando sua aparência. Frequentemente esses pacientes buscam a cirurgia cosmética ou outros procedimentos relacionados para melhorar seu aspecto "defeituoso", e podem consultar vários médicos, especialmente cirurgiões plásticos, até encontrarem um profissional que realizará o procedimento desejado. No entanto, a cirurgia não cura essas imperfeições, muito pelo contrário, tem resultados pobres e pode gerar violência do paciente contra o cirurgião e piora de suas condições. O propósito desta revisão é descrever a patologia do TDC, seu desenvolvimento e tratamento, e sugerir algumas recomendações aos cirurgiões plásticos para sua prática diária, a fim de facilitar o diagnóstico do transtorno e o manuseio do paciente, contribuindo para que o portador da desordem perceba a origem psíquica da maioria de suas preocupações com a aparência e aceite se submeter a um tratamento psicológico/psiquiátrico, evitando assim o procedimento estético desnecessário.

Palavras-chave: Cirurgia plástica. Imagem corporal. Transtornos dismórficos corporais. Transtornos somatoformes.

 

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