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Facial filling with polymethylmethacrylate in patients with acquired immunodeficiency syndrome

Walter Henrique Martins; Karina Viviani de Oliveira Pessôa; Marcos Alberto Martins; Mariliza Henrique da Silva; Gerson Vilhena Pereira Filho; Luiz Carlos de Abreu
Rev. Bras. Cir. Plást. 2016;31(2):216-228 - Original Article

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ABSTRACT

INTRODUCTION: Patients with acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) who use highly active antiretroviral therapy (HAART) can develop lipodystrophy syndrome, for which facial filling with polymethylmethacrylate is a treatment option. The objective is to analyze the procedure of facial filling and evaluate patients in relation to their perception, discomfort, revelation of the diagnosis to third parties, expectation concerning facial filling, and satisfaction with the treatment outcome and its impact on their lives. METHODS: Sixty-three patients who underwent facial filling were evaluated. Procedures performed between January and July 2009 were assessed, the records of the patients were analyzed, and the outpatient lipodystrophy protocol of the STD/AIDS and Viral Hepatitis Municipal Program of São Bernardo do Campo was used. RESULTS: All the 63 patients who agreed to participate in the research completed the study. Only 6 patients (9.5%) were from other municipalities, while 57 patients (90.5%) were residents of São Bernardo. Of the patients, 68.2% were men and 100% were Caucasian. The mean age of the patients was 49.7 years. Human immunodeficiency virus was diagnosed 11.5 years prior on average, with 10-year average use of HAART and 3.8-year average time of facial lipoatrophy. Most of the patients used stavudine and/or efavirenz. The patients themselves felt more uncomfortable with facial changes. Among the patients, 85.7% did not reveal the diagnosis to third parties. CONCLUSION: All of the patients were satisfied or very satisfied with the result obtained, which had a favorable impact on their lives. The filling surgical procedure had no adverse effects.

Keywords: Polymethylmethacrylate; Lipodystrophy; HIV; AIDS.

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Pacientes que vivem com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) em uso da Terapia Antirretroviral de Alta Potência (TARV) são suscetíveis a desenvolver síndrome lipodistrófica. O preenchimento facial com polimetilmetacrilato é opção de tratamento. O objetivo é analisar o procedimento de preenchimento facial e avaliar os pacientes em relação à percepção, incômodo, revelação do diagnóstico, expectativa quanto ao preenchimento e a satisfação e impacto em suas vidas. MÉTODOS: Análise em 63 pacientes submetidos ao preenchimento facial. Foram realizados procedimentos, analisados prontuários dos pacientes e o Protocolo do Ambulatório de Lipodistrofia do Programa Municipal de doenças sexualmente transmissíveis (DST)/AIDS e Hepatites Virais de São Bernardo do Campo, atendidos no período de janeiro a julho de 2009. RESULTADOS: Todos os 63 pacientes iniciais que concordaram em participar da pesquisa permaneceram até o término deste trabalho. Apenas seis pacientes (9,5%) eram de origem de outros municípios, enquanto 57 pacientes (90,5%) eram moradores de São Bernardo. 68,2% eram homens e 100% brancos. A média das idades foi 49,7 anos. Em média, o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) foi diagnosticado há 11,5 anos, com tempo médio de uso de TARV por 10 anos e tempo médio de lipoatrofia facial de 3,8 anos. A maioria fez uso de Estavudina e/ou Efavirenz. Quem ficava mais desconfortável com as alterações na face eram os próprios pacientes. 85,7% não revelaram o diagnóstico para terceiros. 100% dos pacientes ficaram satisfeitos ou muito satisfeitos com o resultado obtido. CONCLUSÃO: 100% dos pacientes ficaram satisfeitos ou muito satisfeitos com o resultado obtido. Em 100% dos casos houve um impacto favorável na vida. Não houve efeitos adversos ao procedimento cirúrgico de preenchimento.

Palavras-chave: Polimetilmetacrilato; Lipodistrofia; HIV; AIDS.

 

Use of the microsurgical anterolateral thigh flap to correct esophagocutaneous fistula

Roberta França Spener; Victor Hugo Lara Cardoso de Sá; Ercole Spada Neto; Fábio Del Claro; Gerson Vilhena Pereira Filho
Rev. Bras. Cir. Plást. 2015;30(3):473-476 - Case Report

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ABSTRACT

INTRODUCTION: The anterolateral thigh (ALT) flap has become an important tool in the microsurgical reconstruction of cutaneous and subcutaneous defects. Since the ALT flap can be up to 35 cm long, it can be used in both, esophageal reconstruction and cervical skin defects. CASE REPORT: Patient C. S. M., a 57-year-old woman, presented with squamous cell carcinoma of the larynx and underwent radiotherapy and a total laryngectomy followed by reconstruction by primary closure. However, she developed a postoperative complication due to the formation of a cervical esophagocutaneous fistula that required four surgical procedures to ensure permanent closure. The latter procedure consisted of the creation of a microsurgical ALT flap to correct the esophagocutaneous fistula, the subject of this report. CONCLUSIONS: The microsurgical ALT flap has extensive applications in various fields based on the following characteristics: reliable vascularization, long and broad vascular pedicle (at least 8 cm long), an extensive and easily delimited flap region, the possibility of reducing the primary flap thickness to 3-5 mm without compromising its vascularization, the possibility of a simultaneously dual approach because of the distance between the donor and recipient site, and the possibility of primary closure without the need for skin grafting. The case report presented in this study emphasizes the possibility of the use of a microsurgical ALT sandwich flap to correct a high output esophagocutaneous fistula.

Keywords: Reconstruction; Microsurgery; Fistula; Esophagus.

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: O retalho anterolateral da coxa (RALC) vem se tornando uma ferramenta importante na reconstrução microcirúrgica de defeitos cutâneos e subcutâneos. Tendo em vista que o RALC pode se estender por até 35 cm, ele pode ser utilizado tanto na reconstrução esofágica como em defeitos cutâneos cervicais. RELATO DO CASO: Paciente C.S.M., sexo feminino, 57 anos, apresentando um carcinoma espinocelular de laringe foi submetida à radioterapia e tratamento cirúrgico de laringectomia total seguido de reconstrução por fechamento primário. Porém, a paciente evoluiu com uma complicação pósoperatória devido à formação de uma fístula esôfago-cutânea cervical, sendo necessária a realização de 4 procedimentos cirúrgicos para fechamento definitivo da fístula. O último procedimento consistiu na realização de retalho microcirúrgico da região anterolateral da coxa para correção da fístula esôfago-cutânea, objeto desse relato. CONCLUSÕES: O retalho microcirúrgico anterolateral da coxa possui extensa aplicação em diversos campos, baseada nas seguintes características: vascularização confiável, pedículo vascular longo e largo de no mínimo 8 cm, região do retalho extensa e de fácil delimitação, possibilidade de diminuir a espessura primária do retalho em 3 a 5 mm sem risco de comprometer sua vascularização, possibilidade de abordagem dupla simultânea devido à distância entre sítio doador e receptor, possibilidade de fechamento primário sem a necessidade de enxerto de pele. O relato do caso apresentado neste estudo justifica-se com o intuito de ressaltar a possibilidade da utilização microcirúrgica do RALC em sanduíche na correção de fístula esôfago-cutânea de alto débito.

Palavras-chave: Reconstrução; Microcirurgia; Fístula; Esôfago.

 

Orbital hemangiopericytoma

Sidney Zanasi Junior; Pedro Alexandre Martinez Lozano; Victor Hugo Lara Cardoso de Sá; Gerson Vilhena Pereira Filho; Thais Heinke
Rev. Bras. Cir. Plást. 2012;27(3):487-489 - Case Report

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ABSTRACT

Hemangiopericytomas are rare tumors arising from the proliferation of pericytes. They may be found in the lungs, bones, skull, deep soft tissue or limbs. The tumor has an unpredictable prognosis and when it affects the orbital region, may have an aggressive behavior, with high incidence of recurrence. We report a case of orbital hemangiopericytoma and highlight clinical, surgical, and histopathological features of these tumors. Orbital hemangiopericytomas usually are solid, slow-growing tumors. They should be considered in the differential diagnosis of well-defined orbital masses along with epidermoid cysts, schwannomas, neurofibromas, fibrous histiocytomas, lipomas, and vascular malformations. The diagnosis is confirmed by anatomopathologic examination and sometimes complemented by immunohistochemistry. Complete excision of the tumor with wide margins is usually curative; however, radiotherapy and chemotherapy may be required for recurrent lesions.

Keywords: Hemangiopericytoma. Neoplasms, vascular tissue. Orbit/surgery.

 

RESUMO

Hemangiopericitomas são tumores raros originados a partir da proliferação de pericitos, ou seja, células que envolvem os capilares. São encontrados em ossos, pulmões, crânio, partes moles profundas ou membros inferiores, principalmente na coxa. É considerado um tumor com potencial de malignidade incerto e quando afeta a região orbitária pode apresentar um comportamento biológico agressivo, com grande chance de recidiva. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de hemangiopericitoma orbital e destacar suas características clínicas, cirúrgicas e histopatológicas. Usualmente, os hemangiopericitomas da órbita são tumores sólidos, únicos e de crescimento lento. Devem ser lembrados no diagnóstico diferencial dos tumores orbitários bem delimitados, como cistos epidermoides, schwannomas, neurofibromas, fibro-histiocitomas, lipomas e malformações vasculares. A confirmação diagnóstica é realizada pelo exame anatomopatológico e, por vezes, complementada pelo estudo imuno-histoquímico. O tratamento deve ser realizado com exérese completa do tumor, com margens amplas, sendo a radioterapia e a quimioterapia reservadas para casos de lesões reincidentes.

Palavras-chave: Hemangiopericitoma. Neoplasias de tecido vascular. Órbita/cirurgia.

 

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