ISSN Online: 2177-1235 | ISSN Print: 1983-5175
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ABSTRACT
Introduction: Fournier's gangrene is a polybacterial infection, usually caused by anaerobic and aerobic bacteria, characterized by scrotal and perineal necrotizing fasciitis. Its treatment is based on surgical intervention by excision of the necrotic area and early antibiotic therapy. There are several strategies to reconstruct the defect resulting from debridement, and it should be noted that tissue losses greater than 50% are usually reconstructed with flaps.
Methods: Retrospective analysis of the series of cases of scrotal reconstruction after Fournier's gangrene performed by the authors throughout 2020, totaling eight patients.
Results: The most used flap was thigh fasciocutaneous flap, which presented a partial necrosis rate of 14.29%, without total necrosis. In one of the cases, it was possible to reconstruct a spongy urethra with gracilis muscle without fistulization, preventing the patient from undergoing a definitive urethrostomy. As for complications, the occurrence of minor complications that required simple revision procedures was common. The prevalence of 75% of diabetes mellitus in our series is highlighted, which may have negatively interfered with the healing process.
Conclusion: Scrotal reconstruction with flaps is important to accelerate wound healing from Fournier gangrene debridement and to maintain the pouch aspect necessary for testicular thermoregulation. Our primary option was thigh fasciocutaneous flap, which proved to be safe. And minor complications were frequent in this series, without compromising the final result.
Keywords: Fournier gangrene; Fasciitis; Fasciitis, necrotizing; Scrotum; Reconstructive surgical procedures.
RESUMO
Introdução: Gangrena de Fournier é uma infecção polibacteriana, geralmente causada por bactérias anaeróbias e aeróbias, sendo caracterizada por fasciite necrosante escrotal e perineal. Seu tratamento é embasado em intervenção cirúrgica com excisão da área necrótica e antibioticoterapia precoces. Diversas são as estratégias de reconstrução do defeito resultante do desbridamento, devendo ser salientado que perdas teciduais maiores do que 50% costumam ser reconstruídas com retalhos.
Métodos: Análise retrospectiva da série de casos de reconstrução escrotal após gangrena de Fournier procedidos pelos autores ao longo de 2020, totalizando oito pacientes.
Resultados: O retalho mais utilizado foi o fasciocutâneo de coxa, que apresentou taxa de necrose parcial de 14,29%, sem necrose total. Em um dos casos foi possível reconstruir uma uretra esponjosa com músculo grácil sem fistulização, evitando que o paciente fosse submetido a uma uretrostomia definitiva. Quanto às complicações, foi comum a ocorrência de intercorrências menores que necessitaram de procedimentos revisionais simples. Destaca-se a prevalência de 75% de diabetes mellitus em nossa casuística, o que pode ter interferido negativamente no processo cicatricial.
Conclusão: A reconstrução escrotal com retalhos é importante para acelerar a cicatrização da ferida proveniente do desbridamento de gangrena de Fournier e para manter o aspecto de bolsa necessário para a termorregulação do testículo. Nossa opção primária foi o retalho fasciocutâneo de coxa, que se mostrou seguro. Pequenas intercorrências foram frequentes nesta série, sem comprometimento do resultado final.
Palavras-chave: Gangrena de Fournier; Fasciite; Fasciite necrosante; Escroto; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos.
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