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Editorial - Year2009 - Volume24 - Issue 4

Nesse final de ano, completaremos dois anos como Editor da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. Não precisamos entrar em detalhes com relação a sua nova imagem. Inúmeras programações foram elaboradas e aplicadas, com efeitos auto-explicativos. Temos ainda muito a fazer para sairmos do nível atual de LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Nesse final de ano, estamos pleiteando a posição SciELO (Scientific Electronic Library Online), se lograrmos executar o programa de 2010, faremos a petição para MEDLINE, colocando nossa revista em igualdade de condições das demais revistas internacionais.

Dois programas foram elaborados: o compromisso assumido pelos 77 serviços credenciados - dos 85 existentes atualmente -, no sentido de enviar à revista pelo menos 2 artigos por ano e, o segundo, com o corpo editorial, em que os revisores seriam os "padrinhos" dos artigos, corrigindo-os até quatro vezes, antes de não aceitá-los definitivamente. Dois fatos ocorreram. Êxito total no programa dos revisores, para os quais registramos nosso voto de louvor. O mesmo não ocorreu com os serviços credenciados; nosso primeiro lamento refere-se à participação deles muito aquém do mínimo necessário. Em 2008, 54 do total de 77 serviços credenciados não enviaram nenhum artigo e os demais 28 enviaram 49 artigos, portanto, atingiram somente 30,5% das necessidades. Em 2009, 48 serviços não enviaram artigos e os demais 34 enviaram 72, portanto, houve melhora, porém ainda discreta. Atingiram 46%. Esses números refletem a grande limitação que os cirurgiões plásticos brasileiros têm para escrever e publicar. Durante o ano de 2009, num total de 3850 membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), distribuídos em 11 estados, foram registrados 69 artigos publicados na nossa revista, isto é, parcos 1,8% autores. Somente para comparar, a ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery), com cerca de 1650 membros, edita a sua revista bimestral com cerca de 37 artigos, entre originais e relato de casos, perfazendo anualmente 222 artigos. Há ainda uma contínua lista de espera com outros 200 artigos. Esses números são devastadores para nós da SBCP. Adiciona-se, ainda, que em qualquer serviço credenciado o volume mínimo é de 400 cirurgias anuais. Pelo tempo de credenciamento dos serviços, o acervo cirúrgico estaria multiplicado. Todos sabem que técnicas não são inventadas continuamente, porém é ilimitada a contínua melhora dos procedimentos táticos e técnicos, que podem e devem ser registrados sob a forma de artigos originais, além de relato de casos, que sempre são importantes para o conhecimento de todos os especialistas. Ainda sobre esse assunto, o artigo 2º das Regulamentações dos Serviços Credenciados é explícito, com três normas fundamentais a serem seguidas e continuamente transferidas aos seus residentes: técnica, ética e ciência. Essa parte científica necessita em caráter de urgência ser revisada. Normas mais rígidas precisarão ser aplicadas, caso efetivamente exista interesse por parte do DESC em reverter esse status quo, por ser o setor que gerencia os Serviços Credenciados. Na verdade, tornou-se imperativo um plano em conjunto, com a participação de todos, ou seja, DESC, DEC, Revista, os próprios Serviços Credenciados e a Diretoria, como coordenadora geral. Basta a nossa Diretoria bater o martelo!


Ricardo Baroudi
Editor

 

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