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Uso de terapia com células adiposas mesenquimais como alternativa na mamoplastia de aumento
Body and Chest -
Year2013 -
Volume28 -
(3 Suppl.1)
Giorgio Sandins Bez Batti; Alberto Magno Lott Caldeira; Fernanda Dias Ribeiro; Martin Robles
INTRODUÇÃO
O enxerto de gordura autóloga nãoinvasivo tem atraído muitos cirurgiões. O aspirado de gordura é fonte de células-tronco mesenquimais semelhantes embriologicamente às células-tronco da medula óssea, as mais estudadas até então, porém de difícil obtenção em relação ao tecido aspirado da gordura nas cirurgias de contorno corporal. As células-tronco mesenquimais têm características proliferativas.
OBJETIVO
Avaliar os enxertos de gordura como alternativa na mamoplastia de aumento, isolada ou complementar ao uso de implantes mamários.
MÉTODO
Realizado estudo observacional de 28 pacientes submetidas a mamoplastia de aumento com enxertos de gordura estruturada, na Clínica de Cirurgia Plástica Alberto Caldeira/Hospital da Plástica, no período de 2008 a 2013. Foram realizados 31 procedimentos de lipoenxertia mamária, e 3 pacientes foram submetidas a 2 tempos cirúrgicos distintos, após lipoaspiração abdominal com cânulas de diâmetros variáveis de 3,5 mm a 5 mm por sistemas de túneis. A infiltração gordurosa foi realizada com a utilização de microcânulas de diâmetros de 1,8 mm a 2 mm, distribuídas de forma múltipla e aleatória por todo o parênquima mamário, nos casos de exclusiva enxertia gordurosa.
RESULTADOS
As pacientes foram acompanhadas mensalmente nos primeiros 8 meses e de forma semestral nos anos seguintes, por 5 anos, por meio de consultas presenciais e documentação fotográfica. Consecutivos tempos cirúrgicos envolvidos na realização de enxertos gordurosos nas mamas evidenciaram aumento volumétrico mamário, bem como reabilitação tanto morfológica como funcional das regiões abordadas após o 4º mês de pós-operatório. A Tabela apresenta a relação do volume infiltrado bilateralmente nos primeiros 5 meses de evolução.
DISCUSSÃO
A evolução das pacientes foi compatível com a observada nos mais recentes estudos experimentais que utilizam tecidos adiposos humanos como rica fonte de células estaminais e da fração vascular estromal, exibindo características de angiogênese, vasculogênese e imunomodulação.
CONCLUSÃO
Células mesenquimais derivadas do tecido adiposo associadas à fração estromal têm demonstrado propriedades reparadoras para substituir as células danificadas ou em falta, preencher e remodelar deformidades e, com isso, promover o aumento volumétrico das mamas e a reestruturação dos tecidos adjacentes à área de enxertia, de forma significativa, duradoura, confiável e segura.
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