RESUMO
Introdução: A antibioticoterapia profilática e terapêutica é muitas vezes usada de forma equivocada pelo cirurgião para prevenir a infecção, trazendo prejuízos ao paciente e contribuindo para a seleção de bactérias resistentes aos antibióticos. Este trabalho teve por objetivo avaliar se há necessidade de antibioticoterapia em cirurgia plástica estética. Método: Foram incluídos neste estudo 488 pacientes submetidos à cirurgia plástica estética, entre 2006 e 2009, divididos em quatro grupos: Grupo 1 - paciente operado em 2006, 2007, regime ambulatorial, tempo cirúrgico até 2 horas, receberam antibioticoterapia profilática; Grupo 2 - pacientes operados em 2008, 2009, regime ambulatorial, tempo cirúrgico até 2 horas, não receberam antibióticos; Grupo 3 - pacientes operados em 2006, 2007, regime hospitalar, duração mais de 3 horas, receberam antibioticoterapia profilática e terapêutica; Grupo 4 - pacientes operados em 2008, 2009, regime hospitalar, duração superior a 3 horas, receberam antibioticoterapia profilática. Resultados: Nos Grupos 1 e 2, não houve infecção, no grupo 3, houve um (0,39%) caso de infecção, no grupo quatro, outro (0,42%) caso. Conclusão: Antibioticoterapia profilática não influenciou na ocorrência de infecção em cirurgias que duraram até duas horas. O uso de antibioticoterapia terapêutica não interferiu na incidência de infecção em cirurgias que tiveram duração acima de três horas.
Palavras-chave: Cirurgia plástica. Agentes antibacterianos. Controle de infecções.