RESUMO
Introdução: Hilton Becker descreveu nos anos 80 o uso do expansor permanente na reconstrução mamária, que poderia ser deixado como implante uma vez atingido o volume desejado, constituindo um novo caminho para as reconstruções. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo levantar a experiência com o uso desta técnica, estabelecendo as indicações consideradas para sua escolha, suas vantagens, resultados e complicações. Método: Foram estudadas 131 pacientes em um total de 151 reconstruções. Dessas pacientes, 42 foram submetidas a reconstrução com expansor de mama, totalizando 49 mamas reconstruídas. Resultados: Em relação às complicações pós-operatórias, verifica-se um total de 20,8%, sendo grande parte destas relacionadas à radioterapia, mostrando ser este um fator que deve ser levado em consideração, pois aumenta as taxas de complicações e resultados adversos. A perda do expansor foi considerada a maior complicação nesta série, pela sua importância, ocorrendo em 6,3%. O estudo apresentou uma porcentagem importante do uso de expansor permanente nas reconstruções de mama. Conclusão: Mostrou ser um método seguro, eficiente, rápido, através de intervenções menores e com índices de complicações semelhantes a outros métodos já conhecidos. Os resultados estéticos são favoráveis, justificando a indicação da técnica em diferentes idades e condições clínicas dos pacientes.
Palavras-chave: Neoplasias da mama/cirurgia. Mamoplastia. Dispositivos para expansão de tecidos. Implantes de mama. Mastectomia.