RESUMO
Introdução: A formação de cicatriz patológica na onfaloplastia compromete o resultado da abdominoplastia. Várias técnicas foram propostas com o objetivo de evitar tal evolução desfavorável. Método: Setenta e cinco pacientes submetidas a abdominoplastia foram sucessivamente alocadas, alternadamente, em dois grupos. O primeiro grupo (n=38) era composto por três técnicas circulares e o segundo grupo (n=37) por três técnicas não-circulares. Os resultados foram analisados com um, dois, quatro e seis meses pós-operatórios, quanto à presença de hipertrofia ou estenose cicatricial, à satisfação subjetiva da pacientes e à satisfação do cirurgião (baseada na incidência dos demais critérios). A análise estatística foi realizada com o teste exato de Fisher (significativo para p < 0,05). Resultados: Ao fim de seis meses, no grupo de técnicas circulares, sete (18,2%) pacientes mantinham estenose, oito (22,2%) diziam-se insatisfeitas quanto ao aspecto da cicatriz umbilical, e, na avaliação do cirurgião, nove (23,7%) pacientes apresentavam resultado inadequado. No grupo das técnicas não-circulares, uma (2,7%) paciente manteve estenose, uma (2,7%) dizia-se insatisfeita e, na avaliação do cirurgião, cinco (13,6%) pacientes apresentavam resultado inadequado. O uso de técnicas não-circulares mostrou diferença significativa quanto à satisfação da paciente (p=0,0286) e quase significativa (p=0,0561) quanto à formação de estenose. O uso de técnicas circulares mostrou risco relativo sete vezes maior na prevalência de estenose. Os demais parâmetros não mostraram diferença significativa entre os grupos. Conclusão: As técnicas não-circulares de onfaloplastia, nesta casuística, proporcionaram maior satisfação às pacientes. A comparação de vários parâmetros entre diferentes técnicas de onfaloplastia contribui para a elaboração de um desenho ideal de cicatriz.
Palavras-chave:
Umbigo/cirurgia. Cirurgia plástica. Avaliação de resultados.
ABSTRACT
Introduction: The formation of pathological scar in omphaloplasty compromises the result of the abdominoplasty. Many techniques have been proposed with the objective to prevent such unfavorable evolution. Method: Seventy five patients submitted to abdominoplasty successively had been placed, randomized, into two groups. The first group (n=38) was composed for three circular techniques and the second group (n=37) by three non-circular techniques. The results had been analyzed with one, two, four and six postoperative months, concerning the presence of cicatricial hypertrophy or stenosis, the subjective satisfaction of the patients and the satisfaction of the surgeon (based in the incidence of the other criteria). The statistic analysis was carried through with the accurate test of Fisher (significant for p < 0.05). Results: By the end of six months, in the group of circular techniques, seven (18.2%) patient kept stenosis, eight (22.2%) said themselves unsatisfied with the aspect of the umbilical scar, and in the evaluation of the surgeon, nine (23.7%) patients presented inadequate result. In the group of the non-circular techniques, one (2.7%) patient kept stenosis, one (2.7%) said herself unsatisfied, and in the evaluation of the surgeon, five (13.6%) patients presented inadequate result. The use of non-circular techniques showed significant difference concerning the satisfaction of the patient (p=0.0286) and almost significant (p=0.0561) concerning the formation of stenosis. The use of circular techniques showed a relative risk seven times bigger in the prevalence of stenosis. All other parameters had not shown significant difference between the groups. Conclusion: The non-circular techniques of omphaloplasty, in this casuistry, have provided greater satisfaction to the patients. The comparison of several parameters between different techniques of omphaloplasty contributes for the elaboration of an ideal drawing of scar.
Keywords:
Umbilicus/surgery. Plastic surgery. Outcome assessment.