RESUMO
Introdução: A microcirurgia reconstrutiva tem sido aplicada à cirurgia plástica desde a década de 70, com várias possibilidades de reconstruções. Objetivo: Relatar a experiência inicial de um serviço de cirurgia plástica ao implantar um grupo de microcirurgia, analisando as complicações e resultados da casuística. Método: Foram realizados 48 transplantes microcirúrgicos (reconstruções de cabeça e pescoço, mama e membros inferiores). As complicações foram divididas em imediatas (intra-operatórias), recentes (até 21 dias) e tardias (após 21 dias). Foram analisadas as complicações relacionadas às reconstruções: menores (perda parcial do retalho e/ou satisfação parcial do plano pré-operatório) e maiores (perda total do retalho e/ou não satisfação do plano pré-operatório). Em relação às áreas doadoras, foram divididas em menores (com necessidade de reintervenção cirúrgica) e maiores (deformidade não satisfatória ao cirurgião ou não aceitável ao paciente). Os resultados foram classificados como bons, satisfatórios ou maus resultados. Resultados: Quarenta e três retalhos sobreviveram (89,58% de sucesso) e em 5 houve perda total. Os resultados da reconstrução foram classificados em bons (72,91%), satisfatórios (16,67%) e ruins (10,42%). Os resultados das áreas doadoras foram classificados em bons (87,5%), satisfatórios (12,5%) e ruim (0%). Conclusão: As taxas de complicações e resultados da casuística sedimentaram a microcirurgia como opção cirúrgica no Serviço em estudo.
Palavras-chave: Microcirurgia. Retalhos cirúrgicos. Cirurgia plástica.