INTRODUÇÃO
No Brasil, as queimaduras são um importante problema de saúde pública, acometendo
em
torno de um milhão de pessoas por ano, sendo que, destes, 100.000 procuram
atendimento hospitalar e 2.500 vão a óbito1.
Vários fatores, como idade, estado nutricional, presença de complicações, estado
imunológico, tipo de agente que gerou a queimadura, grau e local de acometimento
da
lesão, infecção, estrutura terapêutica do serviço de atendimento e atuação da
equipe
de saúde, influenciam no prognóstico destes pacientes2.
Em diversos estudos epidemiológicos, constata-se que crianças (principalmente do sexo
masculino) são as maiores acometidas por queimaduras, devido à curiosidade e
inabilidade, sendo esta a segunda causa acidental de óbitos nessa faixa
etária3. Crianças e
adolescentes apresentam grande impacto emocional, por estarem em desenvolvimento
psíquico, o que leva à dificuldade em lidar com situações estressantes causadas
pela
dor, desconforto e internação hospitalar, além de alterações físicas geradas pela
queimadura, provocando baixa autoestima, isolamento social, interferindo na
qualidade de vida do paciente4.
Além do impacto na vida destas pessoas, há também o impacto sobre os recursos
financeiros públicos. Isto ocorre não só pelo atendimento e tratamento destes
pacientes na rede de assistência à saúde (Sistema Único de Saúde), mas também
pelos
gastos indenizatórios por incapacitações que são provocadas pela queimadura. Em
relação a esta última, segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2016, 10 milhões
de pessoas foram consideradas incapazes no mundo (sendo que 80% destes estão
localizados em países de baixa e média renda)5.
O tratamento da queimadura é de grande dificuldade na área médica, devido à gravidade
do paciente na admissão, bem como pelo longo acompanhamento gerado pelas
complicações. Somado a isso, há poucos profissionais dedicados ao atendimento
e ao
estudo do tema3.
Estudos epidemiológicos são extremamente importantes para uma melhor orientação das
práticas de promoção em saúde (como campanhas de prevenção e melhorias na relação
custo-efetividade no cuidado aos queimados). Por esta razão, fez-se necessária
a
realização deste trabalho, traçando o perfil dos pacientes vítimas de queimadura
no
Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa da Misericórdia de
Santos6.
OBJETIVO
Traçar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes vítimas queimadura tratadas
no
Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa da Misericórdia de Santos
(SCPSCS) no período de janeiro 2016 a dezembro de 2019, para fins de prevenção
de
tal evento.
MÉTODO
Tipo de estudo
Foi realizado um estudo observacional, transversal, descritivo e
retrospectivo.
Local da pesquisa
A pesquisa foi realizada no Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa
Casa da Misericórdia de Santos.
População de referência do estudo
398 pacientes vítimas de queimadura atendidos e internados no SCPSCS no período
de janeiro de 2016 até dezembro de 2019.
Tempo da pesquisa
O tempo de coleta de dados foi de dois meses.
Critérios de inclusão e exclusão
Dentre os critérios de inclusão, estão:
- paciente que sofreu queimadura no período de janeiro de 2016 até dezembro de
2019;
- internação no SCPSCS no período em questão.
Foram excluídos do estudo:
- paciente vítima de queimadura, em que o acidente ocorreu fora do período
estudado (janeiro de 2016 a dezembro de 2019);
- paciente vítima de queimadura que foi internado fora do período estudado;
- paciente vítima de queimadura que foi atendido no pronto-socorro do SCPSCS, mas
que não foi internado na enfermaria ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do
mesmo.
Variáveis estudadas
Neste trabalho foram estudadas as variáveis: 1) Identificação sociodemográfica
(idade, procedência e sexo); 2) Local onde ocorreu o trauma (via pública,
trabalho ou doméstico); 3) Classificação da queimadura (quanto à profundidade
[primeiro, segundo e terceiro grau]), quanto à superfície corporal queimada -
SCQ - (pequena, média ou grande queimado) e quanto ao agente etiológico (chama,
água quente, produto químico inflamável, eletricidade e outros); 4) Causa do
acidente (acidente de trabalho, acidente doméstico, tentativa de homicídio ou
tentativa de autoextermínio); 5) Tempo decorrido do acidente até o primeiro
atendimento no SCPSCS; 6) Necessidade de internação na Unidade de Terapia
Intensiva ou enfermaria; 7) Tempo de internação hospitalar; 8) Tratamento
realizado (enxertia, retalho, desbridamento, microcirurgia e outros); 9)
Complicações (causadas no pós-operatório); e 10) Motivo de alta hospitalar
(melhora clínica, evasão, óbito ou transferência para outro serviço). Todas as
informações coletadas foram referentes ao período do estudo acima citado.
Procedimentos
Após a aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa em seres humanos, o pesquisador
coletou os dados através da análise de prontuários, utilizando o protocolo de
pesquisa (Apêndice A). No protocolo constam as variáveis citadas acima. Não foi
necessário o uso do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, pois o
pesquisador não teve contato direto com os pacientes, devido tratar-se de estudo
retrospectivo em que foi feita unicamente uma análise de prontuários.
Aspectos éticos
O pesquisador se comprometeu com o sigilo acerca da identidade dos sujeitos desse
estudo, de acordo com o preconizado na Resolução 466/12 do Conselho Nacional
de
Saúde do Ministério da Saúde. O estudo foi realizado após a avaliação e
aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos.
O projeto apresentou riscos mínimos, devido não haver contato direto com os
pacientes, sendo que esse risco mínimo foi sanado, pois, o pesquisador se
comprometeu em manter sigilo com relação à identificação dos pacientes.
Os benefícios do trabalho consistiram na obtenção de estatísticas atualizadas
sobre o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes vítimas de queimadura e
que foram tratados no SCPSCS, que podem auxiliar em políticas públicas voltadas
para prevenção deste acidente.
Análise de dados
Os dados coletados serão estudados e apresentados através de gráficos e
construídos pelo programa Microsoft Office Excel versão 2018, a
parte textual escrita pela Microsoft Office Word versão
2007.
RESULTADOS
Nos anos de 2016 até 2019 foram registradas as internações de 398 queimados no
SCPSCS, sendo que a amostra deste estudo foi de 393 pacientes.
Em relação à procedência dos pacientes, a maioria era proveniente da Região
Metropolitana da Baixada Santista, sendo que 109 (27,74%) eram de Santos, 81
(20,61%) de São Vicente, 54 (13,74%) de Praia Grande, 46 (11,70%) do Guarujá,
25
(6,36%) de Itanhaém, 22 (5,60%) de Cubatão, 15 (3,82%) de Peruíbe, 13 (3,31%)
de
Bertioga, 10 (2,54%) de Mongaguá e 18 de outras cidades, sendo principalmente
procedentes de São Paulo, com 6 (1,53%) pessoas, conforme mostrado na Tabela 1.
Tabela 1 - Dados epidemiológicos.
VARIÁVEIS |
n |
% |
Faixa etária (anos)
|
|
|
<5 |
99 |
25,19% |
5 até 10 |
34 |
8,65% |
11 até 17 |
30 |
7,63% |
18 até 59 |
196 |
49,87% |
> 60 |
34 |
8,65% |
Sexo
|
|
|
Masculino |
252 |
64,12% |
Feminino |
141 |
35,88% |
Procedência
|
|
|
Região Metropolitana
da Baixada Santista
|
375 |
95,42% |
Outras cidades |
18 |
4,58% |
Local do Acidente
|
|
|
Ambiente Doméstico |
277 |
70,48% |
Via Pública |
38 |
9,67% |
Local do Trabalho |
36 |
9,16% |
Não Informou |
42 |
10,69% |
Tabela 1 - Dados epidemiológicos.
Dentre as causas do acidente, 300 (76,34%) foram acidentes domésticos, 46 (11,70%)
acidentes de trabalho, 14 (3,56%) tentativas de homicídio 13 (3,31%) tentativas
de
suicídio e 1 (0,25%) acidente de carro. Não informaram a causa 19 pessoas
(4,83%).
Com relação ao tempo decorrido do acidente até o primeiro atendimento no SCPSCS, 260
(66,16%) pacientes foram atendidos em menos de 24 horas (h), 60 (15,27%) no período
de 24h até 48h, 48 (12,21%) de 2 a 7 dias e 13 (3,31%) após 7 dias do acidente.
Um
total de 12 (3,05%) pacientes não teve registrado este dado no prontuário.
Das complicações causadas no pós-operatório dos queimados, a necrose parcial do
enxerto, bem como a infecção de ferida operatória, tiveram 11 casos (2,80%) cada,
relatados, seguidos de retração cicatricial, com 3 (0,76%) casos, e deiscência
de
retalho, com 1 caso (0,25%). A maioria, 367 (93,38%), não teve complicações
relatadas no pós-operatório.
Com relação à classificação das queimaduras, a Tabela 2 mostra os seguintes dados:
Tabela 2 - Classificação relacionada às queimaduras.
VARIÁVEIS |
n |
% |
Agente causal
|
|
|
Escaldamento |
177 |
45,04% |
Chama |
146 |
37,15% |
Eletricidade |
29 |
7,38% |
Produto químico |
18 |
4,58% |
Objeto aquecido |
5 |
1,27% |
Atrito |
1 |
0,25% |
Não informou |
17 |
4,33% |
Profundidade
|
|
|
2º grau |
326 |
82,95% |
2º e 3º grau |
37 |
9,41% |
1º e 2º grau |
23 |
5,85% |
3º grau |
4 |
1,02% |
1º, 2º e 3º grau |
2 |
0,51% |
1º grau |
1 |
0,25% |
Gravidade
|
|
|
Grande queimado |
155 |
39,44% |
Médio queimado |
151 |
38,42% |
Pequeno queimado |
87 |
22,14% |
Tabela 2 - Classificação relacionada às queimaduras.
Já a Tabela 3 apresenta informações referentes
à internação e condições de alta.
Tabela 3 - Dados de internação.
VARIÁVEIS |
n |
% |
Local de internação
|
|
|
Enfermaria |
282 |
71,76% |
UTI* |
111 |
28,24% |
Tempo de internação (dias)
|
|
|
Até 7 |
104 |
26,46% |
8 a 14 |
118 |
30,03% |
15 a 21 |
65 |
16,54% |
21 a 30 |
23 |
5,85% |
31 a 60 |
48 |
12,21% |
61 a 90 |
18 |
4,58% |
Maior que 91 |
17 |
4,33% |
Condição de alta
|
|
|
Melhorado |
352 |
89,57% |
Evasão |
22 |
5,60% |
Óbito |
16 |
4,07% |
A Pedido |
3 |
0,76% |
Transferência |
0 |
0,00% |
Tabela 3 - Dados de internação.
Por último, dados com relação ao tratamento destes pacientes são apresentados na
Tabela 4:
Tabela 4 - Tratamento da queimadura.
|
N=394 |
TRATAMENTO
|
N
|
%
|
Somente desbridamento
e curativo
|
314 |
79,90% |
Enxerto de pele parcial |
65 |
16,54% |
Enxerto de pele
total
|
11 |
2,80% |
Retalho miocutâneo |
2 |
0,51% |
Retalho
microcirúrgico
|
1 |
0,25% |
Reconstrução de pálpebra |
1 |
0,25% |
Tabela 4 - Tratamento da queimadura.
DISCUSSÃO
Segundo Coutinho et al.7, há
prevalência de adultos acometidos por queimadura, sendo que 54,86% dos pacientes
em
sua pesquisa tinham acima de16 anos, o que está de acordo com este estudo, que
mostra que os indivíduos na faixa etária de 18 a 59 anos são mais afetados por
queimadura em comparação aos demais. Contudo, outros trabalhos apontam crianças
como
as mais afetadas. É o que se verificou na pesquisa de Santos Junior et al.8, em que, numa amostra de 952
pacientes, 51,15% eram crianças de 0 a 12 anos de idade.
Com relação ao sexo dos pacientes, este estudo mostra que 64,12% dos pacientes são
homens, corroborando com a maioria da literatura, que aponta o sexo masculino
como o
mais atingido por queimaduras, como pode se constatar nas pesquisas de Santos
Junior
et al.8, Francisconi et
al.9 e Bessa et
al.10, que mostram 63,02%,
69,4% e 63,8% respectivamente, de homens acometidos pela afecção.
Foi verificado que 95,42% dos pacientes são provenientes da Região Metropolitana da
Baixada Santista, o que é demonstrado no estudo de Padua et al.11, em que a maioria dos queimados
atendidos no SCPSCS no ano de 2010 a 2015 eram desta localidade, sendo que Santos
se
destacou com 39,1%, como no presente estudo, que constatou 27,74% de santistas.
Lacerda et al.12 mostraram que
51,5% dos pacientes vítimas de queimadura sofreram acidente doméstico, sendo a
causa
não intencional, o que se assemelha com o estudo em foco, que evidenciou que 76,34%
são acidentes de causa doméstica. Lacerda et al.12 ainda destacam que o percentual de tentativa de suicídio é
baixo e chega a 4,95%, aproximando ainda mais deste estudo, que apontou 3,31%
dos
queimados por tentativa de autoextermínio.
Este estudo mostra que o agente causal mais comum das queimaduras foram líquidos
aquecidos (45,04%), seguidos de contato direto com a chama (37,15%), semelhante
ao
estudo de Bessa et al.10, que
aponta a principal causa de queimadura o contato com líquidos aquecidos (água
e
café, que juntos somam 39,9%), seguido de contato com a chama (38%), assim como
Takino et al.6 apontam o
escaldamento como o principal agente causal da queimadura com 53%, seguido da
chama
com 30%, contudo, este último estudo enfoca pacientes de 0 a 17 anos, que são
mais
suscetíveis a queimadura por escaldamento.
Nos estudos de Santos Junior et al.8
e Santana13 79,41% e 56%,
respectivamente, dos pacientes sofreram unicamente queimadura de segundo grau,
assim
como este estudo aponta uma prevalência com 82,95% dos pacientes acometidos pela
mesma profundidade da lesão dos estudos anteriores.
Na pesquisa de Lacerda et al.12,
60,4% dos queimados tinham menos de 10% de SCQ, dos quais 65,35% dos pacientes
eram
considerados de baixa gravidade. Isto vai contra os resultados desta pesquisa,
que
apontam 39,44% dos pacientes como grandes queimados, considerados como pacientes
mais graves e suscetíveis a complicações ou óbito. Já Cruz et al.14, em sua revisão de literatura,
mostram que a média da SCQ em adultos é de 14,6%, sendo as queimaduras de primeiro
grau isoladas ou primeiro e segundo grau, corroborando com o primeiro estudo
citado.
A maioria dos pacientes no SCPSCS ficaram internados por 8 a 14 dias (30,03%). Esse
dado corrobora com o estudo de Fonseca Filho et al.15, que verificaram 62,43% dos pacientes com
internação média de 13,37 dias. Já Padua et al11, ratificam o que mostram as pesquisas anteriores, em que o
tempo de internação foi de até 14 dias para 61% dos pacientes. Dos que ficaram
internados nesta pesquisa, 71,76% foram para enfermaria e 28,24% para Unidade
de
Terapia Intensiva, semelhante aos estudos de Takino et al.6, que mostraram que 23% dos queimados necessitaram de
internação na Unidade de Terapia Intensiva.
A maioria dos pacientes apresentou um bom desfecho, recebendo alta melhorada (89,57%)
enquanto 4,07% dos pacientes foram a óbito, seguindo o que foi apresentado por
Takino et al.6, que mostraram 94%
dos pacientes tiveram alta hospitalar e somente 6% faleceram.
Santana13 mostra que 71,3% dos
pacientes vítimas de queimadura não tiveram nenhuma complicação, sendo que, daqueles
que apresentaram complicações, 15,3% ocorreu devido infecção de ferida. Já a
pesquisa em foco mostra a inexistência de complicação em 93,38% dos pacientes.
Dos
que tiveram complicação, a infecção de ferida operatória correspondeu somente
a 11
(2,80%) casos.
O estudo mostrou que os principais tratamentos realizados foram desbridamento e
enxertia de pele de espessura parcial (79,90% e 16,54%, respectivamente),
assemelhando-se ao que apresentam Lacerda et al.12, com o desbridamento (35,45%) e a enxertia (33,64%) sendo
os principais procedimentos realizados.
CONCLUSÃO
A maioria das pessoas acometidas pela afecção são homens, na faixa etária adulta,
provenientes da Região Metropolitana da Baixada Santista e que se queimaram devido
a
acidente doméstico.
Apesar da maioria das lesões serem queimaduras graves de segundo grau, causadas
principalmente por líquidos aquecidos e chama, muitos são tratados unicamente
com
desbridamento das lesões e curativos diários, apresentando desfechos positivos
com
alta após melhora clínica, o que mostra a importância de profissionais qualificados
para atender de forma direcionada este tipo de paciente.
Vale destacar que esses perfis predominantes de pacientes vítimas de queimadura ficam
internados, em sua maioria, de uma a duas semanas no hospital, interferindo
negativamente nas relações de trabalho e na economia do país, já que são, na maioria
das vezes, trabalhadores ativos que ajudam a prover o sustento de suas famílias.
Políticas públicas de prevenção de queimaduras (como educação, comunicação e
propaganda, entre outros) são fundamentais para a prevenção desta afecção, a fim
de
não onerar gastos hospitalares para o atendimento e tratamento a curto e longo
prazo
destes pacientes, bem como diminuir o impacto econômico e social do país.
REFERÊNCIAS
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SUS. Brasília: DATASUS; 2017. Disponível em: https://www.saude.gov.br/component/content/article/842-queimados/40990-queimados
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RPCN. Características e complicações associadas às queimaduras de pacientes em
unidade de queimados. Rev Bras Queimaduras. 2018;17(1):8-13.
3. Sanches PHS, Sanches JA, Nogueira MJ, Perondi NM, Sugai MH, Justulin
AF, Vantine GR, Thomé Neto O. Perfil epidemiológico de crianças atendidas em
uma
Unidade de Tratamento de Queimados no interior de São Paulo. Rev Bras
Queimaduras. 2016;15(4):246-50.
4. Lima CF. Repercussões da queimadura na qualidade de vida e na rotina
familiar de crianças e adolescentes [Tese de doutorado]. Recife: Universidade
Católica de Pernambuco; 2019. Disponível em: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1156
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pacientes vítimas de queimaduras no estado da Bahia no período de 2009 a 2018.
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Trelha CS, et al. Perfil epidemiológico de crianças e adolescentes vítimas de
queimaduras admitidos em centro de tratamento de queimados. Rev Bras
Queimaduras. 2016;15(2):74-9.
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epidemiológico de pacientes internados na enfermaria de queimados da Associação
Beneficente de Campo Grande Santa Casa/ MS. Rev Bras Queimaduras.
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epidemiológico dos pacientes queimados no Hospital de Urgência de Sergipe. Rev
Bras Queimaduras. 2016;15(4):251-5.
9. Francisconi MHG, Itakussu EY, Valenciano PJ, Fujisawa DS, Trelha CS.
Perfil epidemiológico das crianças com queimaduras hospitalizadas em um Centro
de Tratamento de Queimados. Rev Bras Queimaduras.
2016;15(3):137-41.
10. Bessa DF, Alba LRS, Barros SEB, Mendonça MC, Alves I, Alves M, et
al. Perfil epidemiológico dos pacientes queimados no Hospital Regional de
Urgência e Emergência de Campina Grande - Paraíba - Brasil. Rev Bras Ciênc
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11. Padua GAC, Nascimento JM, Quadrado ALD, Perrone RP, Silva Junior SC.
Epidemiologia dos pacientes vítimas de queimaduras internados no Serviço de
Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa de Misericórdia de Santos. Rev Bras
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12. Lacerda LA, Carneiro AC, Oliveira AF, Gragnani A, Ferreira LM.
Estudo epidemiológico da Unidade de Tratamento de Queimaduras da Universidade
de
São Paulo. Rev Bras Queimaduras. 2010;9(3):82-8.
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queimaduras no Município de Niterói - RJ. Rev Bras Queimaduras.
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14. Cruz BF, Cordovil PBL, Batista KNM. Perfil epidemiológico de
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Queimaduras. 2012;11(4):246-50.
15. Fonseca Filho R, Nigri CD, Freitas GM, Valentim Filho F. Superfície
corporal queimada vs. tempo de internação. Análise dos últimos 15 anos. Rev Bras
Queimaduras. 2014;13(1):18-20.
APÊNDICE A - PROTOCOLO DE PESQUISA
1- DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS |
|
1.1-Idade: ( ) < 5anos/ ( ) 5-10
anos/ ( ) 11-17anos/ ( ) 18-59 anos/ ( ) a partir de 60
anos
|
1.2 : sexo: ( ) masculino/ ( ) feminino |
|
1.3 : procedência: ( ) Santos/ ( )
Guarujá/ ( ) Bertioga/ ( ) Cubatão/ ( ) São Vicente/ ( ) Praia
Grande/ ( ) Mongaguá/ ( ) Itanhaém/ ( ) Peruíbe/ (
)
|
outro:
__________________________________
|
|
|
2- LOCAL DO ACIDENTE |
|
2.1: ( ) ambiente doméstico/ ( ) local
de trabalho/ ( ) via pública
|
|
|
3- CLASSIFICAÇÃO DA QUEIMADURA |
|
3.1 : etiologia: ( ) chama/ ( )
escaldamento/ ( ) eletricidade/ ( ) produto químico/ ( ) atrito/
( ) outro:
|
3.2 : grau de queimadura: ( ) 2º grau/
( ) 2º e 3º grau/ ( ) 1º e 2º grau/ ( ) 1º, 2º e 3º grau/ ( ) 3º
grau/ ( ) 1º grau
|
3.3 : superfície de queimadura
corporal: ( ) pequeno queimado/ ( ) médio queimado/ ( ) grande
queimado
|
|
|
4- CAUSA DO ACIDENTE |
|
( ) acidente doméstico/ ( ) acidente do
trabalho/ ( ) tentativa de autoextermínio/ ( ) tentativa de
homicídio
|
|
5- TEMPO ENTRE O ACIDENTE E PRIMEIRO
ATENDIMENTO NO SCPHSCS
|
( ) até 24h/ ( ) 24-48h/ ( ) > 2 dias até 7
dias/ ( ) > 7 dias
|
|
|
|
6- LOCAL DE INTERNAÇÃO |
|
( ) UTI/ ( ) enfermaria |
|
|
|
7- TRATAMENTO |
|
( ) somente desbridamento + curativo |
|
( ) enxerto de pele de espessura
parcial/ ( ) enxerto de pele de espessura total ( ) retalho
miocutâneo/ ( ) retalho microcirúrgico
|
( ) amputação / ( ) outros:
__________________________________
|
|
|
8- COMPLICAÇÕES |
|
8.1: complicação de pós-operatório: |
|
( ) infecção da queimadura/ ( )
infecção de ferida operatória/ ( ) necrose do enxerto/
|
( ) necrose do retalho/ ( ) retração
cicatricial/ ( ) outros: __________________________________
|
|
|
9- CONDIÇÃO DE ALTA |
|
( ) melhorado/ ( ) transferência
hospitalar/ ( ) evasão/ ( ) óbito
|
|
|
10- TEMPO DE INTERNAÇÃO |
|
( ) até 7 dias/ ( ) 7-14 dias/ ( )
14-21 dias/ ( ) 21-30 dias/ ( ) 31-60dias/ ( ) 61-90 dias/ ( )
91-120 dias/ ( ) > 120 dias
|
1. Santa Casa de Santos, Cirurgia Plastica,
Santos, SP, Brasil
Autor correspondente: Bruna Baptista Alves Santa
Casa de Santos, Av. Doutor Claudio Luis da Costa, 50, Jabaquara, Santos, SP,
Brasil., CEP: 11075-900, E-mail: bru-bap@hotmail.com
Artigo submetido: 30/05/2022.
Artigo aceito: 26/05/2023.
Conflitos de interesse: não há.