INTRODUÇÃO
As amputações traumáticas da ponta nasal são lesões desfigurantes, que determinam
importante rejeição social, impondo ao paciente um sofrimento adicional, além
daqueles já causados pela ferida e suas limitações funcionais decorrentes do
traumatismo.
Tais defeitos representam um desafio para os cirurgiões plásticos, e existem diversas
técnicas que poderão ser adotadas para tratar um mesmo tipo de defeito. Neste
trabalho serão mostrados três casos de amputação traumática exclusiva da ponta
nasal
(sem acometer outras subunidades estéticas) e seus respectivos tratamentos, para
em
seguida apresentar uma revisão histórica e discussão das técnicas utilizadas para
reconstrução da ponta nasal. Os procedimentos foram realizados no Hospital Federal
do Andaraí, no Rio de Janeiro-RJ, em 2017 (caso 1) e 2020 (caso 3), e no Hospital
Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro-RJ, em 2018 (caso 2).
Caso 1
Paciente do sexo feminino, 25 anos, procurou o serviço de cirurgia plástica com
queixas de deformidade nasal e obstrução respiratória. A paciente relatava um
episódio de traumatismo na infância (idade pré-escolar) com perda de espessura
total na região da ponta nasal. A paciente não sabia informar a respeito do
mecanismo do trauma, porém relatou que, na ocasião, a ferida havia sido tratada
conservadoramente, cicatrizando por segunda intenção.
Ao exame, a paciente apresentava perda completa da ponta nasal e de ambos os
triângulos suaves, com retração cicatricial acarretando estenose da válvula
externa nasal (Figuras 1A e 1B). O tratamento cirúrgico da paciente foi
planejado e realizado em 3 etapas. No primeiro tempo cirúrgico foi feita a
liberação das bridas cicatriciais e da fibrose subjacente, permitindo avaliar
a
magnitude da deficiência de forro nasal (Figura 2A), sendo então confeccionado um retalho paramediano dobrado sobre
si mesmo para cobertura e forramento da ponta nasal e ambos os triângulos suaves
(Figura 2B).
Figura 1 - Caso 1, pré-operatório. A: Visão anterior;
B: Visão de perfil.
Figura 1 - Caso 1, pré-operatório. A: Visão anterior;
B: Visão de perfil.
Figura 2 - Caso 1, transoperatório. A: Defeito resultante após
liberação da fibrose e retração cicatricial; B: Retalho
paramediano transposto, para recomposição do forro e cobertura no
primeiro tempo.
Figura 2 - Caso 1, transoperatório. A: Defeito resultante após
liberação da fibrose e retração cicatricial; B: Retalho
paramediano transposto, para recomposição do forro e cobertura no
primeiro tempo.
Após 4 semanas, foi realizado o segundo tempo cirúrgico, com separação do
forramento e da cobertura, sendo esta última mantida conectada ao pedículo
supratroclear. Após o refinamento de ambos os retalhos (forramento e cobertura),
foi feita a estruturação da ponta com cartilagem de concha auricular e o retalho
de cobertura já refinado foi então novamente suturado sobre a ponta nasal. Após
um intervalo de mais 4 semanas, procedeu-se à secção do pedículo supratroclear
com reposicionamento do supercílio, alcançando assim o resultado da reconstrução
(Figuras 3A e 3B).
Figura 3 - Caso 1, pós-operatório de 6 meses após o terceiro tempo
cirúrgico. A. Visão anterior. B. Visão de perfil.
Figura 3 - Caso 1, pós-operatório de 6 meses após o terceiro tempo
cirúrgico. A. Visão anterior. B. Visão de perfil.
Caso 2
Paciente do sexo masculino, 35 anos, relata ter sofrido trauma nasal superficial
(lesão corto-contusa) complicado com infecção durante a adolescência. Naquela
ocasião, após o tratamento com antibióticos para resolução do processo
infeccioso, a ferida cruenta da ponta nasal recebeu autoenxertia de pele. Ao
exame, o paciente apresentava ausência da ponta nasal, gerando extrema
insatisfação estética do paciente, porém sem queixas funcionais (Figuras 4A e 4B). Foi então realizada uma reconstrução nasal em três tempos,
conforme descrito no caso 1, com recomposição da unidade estética da ponta nasal
(Figuras 5A e 5B).
Figura 4 - Caso 2, pré-operatório. A. Visão anterior. B. Visão de
perfil.
Figura 4 - Caso 2, pré-operatório. A. Visão anterior. B. Visão de
perfil.
Figura 5 - Caso 2, pós-operatório de 14 dias após o terceiro tempo
cirúrgico, no qual também foi feito um refinamento da cicatriz
frontal (área doadora). A: Visão anterior;
B: Visão de perfil.
Figura 5 - Caso 2, pós-operatório de 14 dias após o terceiro tempo
cirúrgico, no qual também foi feito um refinamento da cicatriz
frontal (área doadora). A: Visão anterior;
B: Visão de perfil.
Caso 3
Paciente do sexo feminino, 41 anos, procurou o serviço de cirurgia plástica
apresentando necrose completa da ponta nasal. A paciente relatava ter sido
vítima de mordedura canina cerca de 3 semanas antes, havendo avulsão completa
da
ponta nasal. Ao ser atendida em um serviço de emergência, a ponta nasal que
sofreu avulsão foi suturada ao nariz como um enxerto composto autólogo. A
paciente evoluiu então com necrose completa da ponta nasal (Figuras 6A e 6B).
Realizou-se o debridamento dos tecidos necróticos e limpeza da área, sendo a
reconstrução adiada para um segundo momento, aguardando a delimitação da área
de
necrose.
Figura 6 - Caso 3, paciente exibindo necrose da ponta nasal 21 dias após
tentativa de reimplante da mesma durante atendimento em
pronto-socorro. A: Visão anterior; B:
Visão de perfil.
Figura 6 - Caso 3, paciente exibindo necrose da ponta nasal 21 dias após
tentativa de reimplante da mesma durante atendimento em
pronto-socorro. A: Visão anterior; B:
Visão de perfil.
Seis meses após o atendimento inicial, e após a estabilização da retração
cicatricial (Figuras 7A e 7B), a paciente foi submetida a uma
reconstrução da ponta nasal em 3 tempos, da mesma maneira que se procedeu nos
casos 1 e 2, conforme a técnica preconizada por Menick1,2:
elevação do retalho para mediano dobrado para cobertura e forramento no primeiro
tempo (Figuras 8A e 8B); separação e refinamento do forro e da cobertura com
estruturação cartilaginosa e ressutura do retalho de cobertura no segundo tempo
(Figuras 9A e 9B), e finalmente secção do pedículo vascular no terceiro
tempo, chegando ao resultado final (Figuras 10A e 10B).
Figura 7 - Caso 3, seis meses após a retirada do material necrótico e
pré-operatório antes da reconstrução definitiva. A:
Visão anterior; B: Visão de perfil.
Figura 7 - Caso 3, seis meses após a retirada do material necrótico e
pré-operatório antes da reconstrução definitiva. A:
Visão anterior; B: Visão de perfil.
Figura 8 - Caso 3, transoperatório do primeiro tempo cirúrgico.
A: Defeito resultante após liberação da fibrose e
retração cicatricial; B: Retalho paramediano
transposto, para recomposição do forro e cobertura no primeiro tempo
cirúrgico.
Figura 8 - Caso 3, transoperatório do primeiro tempo cirúrgico.
A: Defeito resultante após liberação da fibrose e
retração cicatricial; B: Retalho paramediano
transposto, para recomposição do forro e cobertura no primeiro tempo
cirúrgico.
Figura 9 - Caso 3, transoperatório do segundo tempo cirúrgico.
A: Estruturação da ponta nasal com cartilagem
conchal; B: Retalho paramediano reposicionado, após
refinamento de sua espessura, para recomposição da cobertura no
segundo tempo cirúrgico.
Figura 9 - Caso 3, transoperatório do segundo tempo cirúrgico.
A: Estruturação da ponta nasal com cartilagem
conchal; B: Retalho paramediano reposicionado, após
refinamento de sua espessura, para recomposição da cobertura no
segundo tempo cirúrgico.
Figura 10 - Caso 3, seis meses de pós-operatório após o terceiro tempo
cirúrgico. A: Visão anterior; B: Visão de
perfil.
Figura 10 - Caso 3, seis meses de pós-operatório após o terceiro tempo
cirúrgico. A: Visão anterior; B: Visão de
perfil.
DISCUSSÃO
A ponta nasal ocupa uma posição central na face humana, determinando características
estéticas que compõem a própria identidade do paciente. Nas amputações traumáticas,
as perdas de espessura total vão necessitar da reposição do forramento (sob os
triângulos suaves, na delicada junção com a columela nasal), assim como a
estruturação cartilaginosa e a cobertura cutânea, a fim de garantir uma reconstrução
estética.
Devido a sua exposição permanente, sabemos que o nariz é extremamente suscetível ao
trauma e ao fotodano, que por sua vez contribui para o surgimento de tumores.
Ao
longo de sua história, a cirurgia plástica desenvolveu diversas técnicas para
o
reparo das lesões da ponta nasal. Essas técnicas, em sua maioria, contemplam
retalhos que possibilitam a reposição da pele nos defeitos de espessura parcial,
basicamente promovendo reposição da cobertura de pele na ponta nasal.
O retalho bilobado, descrito incialmente por Esser3, é referido por diversos autores4,5 como o
retalho de escolha na cobertura da ponta do nariz, devendo ser preferencialmente
pediculado lateralmente. Em 1967, Rieger6 descreveu o alongamento do clássico retalho glabelar de
McGregor7 até a ponta
nasal. Dois anos depois, Rintala & Asko-Seljavaara8 apresentaram o retalho retangular de avançamento com
triângulos de compensação excisados em ambos os lados da base (triângulos de Burow),
para que o retalho alcançasse da raiz até a ponta ao longo da linha média nasal.
Entre outros retalhos cutâneos para cobertura da ponta, podemos mencionar o uso de
retalhos nasogenianos de pedículo superior9 ou inferior10 e o retalho em “J” horizontal de Snow11. Nas últimas duas décadas, foram descritos alguns
retalhos miocutâneos para a ponta nasal também, sendo estes mono ou bipediculados
no(s) ramo(s) nasais da artéria angular12-16, cujo alcance de
cobertura pode chegar até a columela17.
No caso de lesões traumáticas que acarretam defeitos de espessura total, sabemos que
a ponta nasal é a área mais exposta da face quando tratamos de pacientes com trauma
facial. As lesões contusas costumam ser mais frequentes devido às causas
relacionadas aos acidentes de trânsito. No entanto, as lacerações acarretando
perda
de substância também são comuns, não apenas devido aos acidentes de trânsito,
bem
como pelas mordeduras por animais domésticos e às lesões por armas de fogo, gerando
deformidades mais complexas de serem reconstruídas.
A reconstrução nestes casos vai envolver a recomposição total do segmento perdido,
garantindo o volume e a forma necessários para recompor a subunidade estética.
Os
retalhos acima descritos, que garantem apenas a cobertura cutânea, serão
insuficientes, pois nestes casos há necessidade de reposição do forramento e da
estruturação cartilaginosa do segmento amputado pelo trauma.
Dentro deste contexto, historicamente, a técnica mais antiga foi descrita por
Sushruta Samhita18 (cerca de 600
A.C.), que usa o retalho médio frontal baseado nos vasos supratrocleares
bilateralmente, o chamado retalho indiano. A ponta do retalho indiano, dobrada
sobre
si mesma, contando com a espessura da gálea aponeurótica frontal e do subcutâneo,
cumpria a função de repor volume ao nariz amputado. No caso de defeitos restritos
ao
lóbulo nasal, a tendência de abaulamento progressivo, devido à contração das partes
moles neste retalho tão espesso (fenômeno de “pin-cushioning”)
poderia até contribuir para a melhora do resultado estético, ao mimetizar uma
ponta
nasal arredondada - o que certamente não ocorre nos defeitos mais proximais.
Na Itália do final do século XV, Alessandro Benedetti apud Jewett &
Baker19 descreveu o
chamado método italiano, utilizando um retalho pediculado no braço, permitindo
assim
uma transferência de tecido subcutâneo para reposição da perda de volume, além
da
pele para cobertura. Essa técnica foi preconizada até o início do século XX, sendo
defendida por Nélaton20.
Com o advento da Primeira Guerra Mundial, os tubos de Gillies-Filatov21 também foram utilizados como
método de reposição de volume, necessitando de diversas etapas cirúrgicas para
a
transferência do tecido, bem como para o seu refinamento subsequente. Uma variante
moderna destes métodos antigos de transferência tecidual foi descrita por
Abbenhaus22, que, alegando
evitar cicatrizes e mutilações faciais, descreveu um retalho utilizando o abdome
como área doadora inicial e o punho como sítio de transferência intermediária
até o
nariz. No período entreguerras, Rethi apud Kirshner23 também descreveu técnicas de transferências
teciduais sequenciais para a ponta nasal a partir de retalhos nasogenianos.
Após a Segunda Guerra Mundial, uma solução mais simples, indicada para pequenas
perdas de substância da ponta nasal em sua convexidade (não envolvendo os triângulos
suaves) foi descrita por Cronin24
em 1951, na qual a própria pele do dorso nasal é transferida para a ponta. Nesta
mesma época foi descrito o retalho frontotemporal de Schmid25, que permite levar uma pele mais
fina para a região da ponta nasal, com resultados mais estéticos envolvendo
forramento e estruturação. No entanto, este último retalho é um retalho não axial,
menos confiável e requerendo também múltiplos estágios para sua confecção.
Esta é justamente a maior limitação dessas técnicas que envolvem a transferência de
retalhos pediculados não axiais para reposição de volume na ponta nasal: a
necessidade de múltiplos estágios cirúrgicos - primeiramente para transferir o
tecido, e depois para fazer os refinamentos necessários para se obter um resultado
aceitável. As técnicas acima descritas servem para mimetizar a convexidade da
ponta
nasal, na sua porção mais superior e anterior. No entanto, sabemos que a anatomia
da
ponta nasal é delicada, especialmente na região que envolve o
infratip e os triângulos suaves, cujo desenho refinado no
rebordo narinário e transição para o vestíbulo nasal é difícil de reproduzir através
destas técnicas convencionais.
Para tentar contornar essa limitação, Gillies26 descreveu a associação de um enxerto composto condrocutâneo
conchal (utilizado para estruturação e forramento) ao retalho
“up-and-down” (variante do retalho frontal) em 1943. Todavia,
sabemos que o uso de enxertos compostos possui limitações relacionadas ao tamanho
máximo destes. Existem relatos de grandes segmentos enxertados com sucesso27,28, ou de técnicas que permitem maior confiabilidade29 na “pega” dos enxertos compostos,
porém a grande maioria dos autores concorda que os enxertos compostos não são
confiáveis para reparar defeitos maiores que 15mm30.
No início do milênio, a sistematização do retalho paramediano em três estágios, como
proposta por Menick1,2, através de um método tecnicamente
simples e facilmente reprodutível, permitiu um maior refinamento do resultado
cirúrgico. O acréscimo de mais um estágio intermediário, no qual o retalho
paramediano é refinado, possibilitou resultados delicados e estéticos no rebordo
narinário dos triângulos suaves e na entrada do vestíbulo nasal, sem a convexidade
grosseira que caracteriza os retalhos dobrados sobre si mesmos.
Além disso, este estágio intermediário adicional possibilita também o
reposicionamento e/ou o acréscimo de enxertos estruturais, fazendo com que os
resultados dos reparos da ponta nasal se tornassem mais previsíveis, garantindo
um
melhor resultado no longo prazo. Por fazer uso de um retalho axial (retalho
paramediano baseado na artéria supratroclear homolateral), a técnica mostrou-se
muito confiável, reprodutível e com baixo índice de complicações.
CONCLUSÃO
Apesar das diversas possibilidades técnicas surgidas no armamentário da cirurgia
plástica com sua evolução histórica, hoje a sistematização da reconstrução nasal
fez
com que a cirurgia plástica reconstrutiva dispusesse de técnicas mais confiáveis
e
reprodutíveis, exemplificadas nos casos acima pelo retalho paramediano em três
tempos, permitindo assim a ressocialização destes pacientes através de resultados
mais estéticos e refinados.
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1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Faculdade de Ciências Médicas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
2. Hospital Universitário Pedro Ernesto, Serviço
de Cirurgia Plástica, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
3. Hospital Federal do Andaraí, Serviço de
Cirurgia Plástica, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Autor correspondente: Michel Luciano Holger Toledano
Vaena Av. Prof. Manuel de Abreu, 444, 2º and., Vila Isabel, Rio de
Janeiro, RJ, Brasil, CEP: 20550-170, E-mail:
michel.vaena@hotmail.com
Artigo submetido: 21/02/2022.
Artigo aceito: 16/11/2022.
Conflitos de interesse: não há.