INTRODUÇÃO
Desde a metade do século passado, estão ocorrendo modificações significativas nos
padrões demográficos e de saúde da população mundial, acarretando um crescimento expressivo
da população idosa, muitos apresentando algum tipo de doença crônica. Estima-se que,
em 2025, o Brasil terá a sexta população de idosos do mundo, cerca de 32 milhões de
pessoas1,2,3,4.
O impacto negativo da úlcera venosa crônica na qualidade de vida é relatado particularmente
em relação aos domínios dor, função física e mobilidade5,6,7,8. A depressão e o isolamento social também são reportados como manifestações decorrentes
da presença da úlcera venosa7,8,9,10,11.
A maioria dos idosos com úlcera venosa sentem-se frustrados, impotentes, perdem a
fé no tratamento e sentem-se vulneráveis, incapazes de desenvolver as atividades diárias8,12,13,14,15, culminando com a crescente dependência, cuja evolução pode modificar-se e até ser
prevenida ou reduzida, se houver ambiente e assistência adequados11,16. A dependência pode ser considerada ainda como um estado em que as pessoas se encontram
por razões ligadas à falta ou perda de autonomia (física, psíquica, social), à necessidade
de ajuda para realizar as atividades básicas. É um problema grave de saúde, que interfere
na qualidade de vida do idoso e do seu cuidador14,17.
Ao avaliar capacidade funcional do idoso com úlcera venosa, observa-se que os pacientes
apresentam redução na capacidade de autocuidado e de atendimento às necessidades básicas6,9,12. A capacidade funcional ou limitação funcional pode ser definida como a capacidade
do indivíduo em manter suas capacidades físicas e mentais em suas atividades básicas
e instrumentais15,16.
A fragilidade no idoso com úlcera venosa acaba tornando-se crônica, resultando em
sentimento de impotência, baixa autoestima e autoimagem16,17,18,19.
A maioria dos estudos acerca da síndrome da fragilidade e dos indivíduos idosos com
doenças crônicas justifica-se pelo fato de que essa condição torna essa população
mais propensa à redução progressiva da capacidade funcional, a internações repetidas
e maior demanda dos serviços de saúde nos diversos níveis17,18,20,21,22,23,24.
Nesse sentido, a síndrome de fragilidade adquire importância como alvo para investigações
e intervenções, tendo em vista o impacto sobre indivíduos idosos, principalmente com
úlcera venosa, suas famílias e a sociedade como um todo. Não foram encontrados estudos
na literatura nacional ou internacional que avaliem a síndrome de fragilidade e suas
consequências (diminuição da capacidade funcional nas atividades da vida diária e
atividades instrumentais de vida diária, sentimento de impotência e seus desdobramentos)
em idosos portadores de úlcera venosa e que considerem também os indivíduos pré-frágeis.
OBJETIVO
Avaliar o nível de fragilidade, sentimento de impotência e capacidade funcional em
idosos com úlcera venosa.
MÉTODO
Estudo analítico, transversal, descritivo, controlado, aprovado pelo Comitê de Ética
Institucional, sobre o parecer: 2.939.899, cuja coleta de dados foi realizada na Universidade
Federal de São Paulo no período de março de 2017 a agosto de 2018.
Estabeleceram-se dois grupos de participantes com idade acima de 60 anos: com úlcera
venosa e sem úlcera, cada grupo com 56 pacientes.
Foram critérios de inclusão para ambos os grupos: 60 anos ou mais e serem alfabetizados,
acrescentando-se para o grupo com úlcera venosa possuir Índice tornozelo/braço entre
1,0 e 1,4. Os critérios de não inclusão para ambos os grupos foram: úlcera mista ou
arterial, ser sequelado de acidente vascular cerebral ou amputação de membro inferiores.
Os dados foram coletados por meio de entrevista utilizando-se questionários autoaplicáveis
e de domínio público, incluindo um formulário para coleta de dados demográficos, o
instrumento Edmonton Frail Scale (EFS)18, o Health Assessment Questionnaire-20 (HAQ-20)21 e o Instrumento de Medida do Sentimento de Impotência (IMSI)15.
O EFS foi escolhido para avaliar se os indivíduos em ambos os grupos se apresentavam
frágeis ou pré-frágeis. Esse instrumento avalia o nível de fragilidade em nove domínios
representados por 11 itens, incluindo cognição, estado de saúde geral e descrição
da saúde, independência funcional, suporte social, uso de medicamentos, nutrição,
humor, continência e desempenho funcional. Os intervalos de pontuação para análise
do nível de fragilidade são: 0-4, não apresenta fragilidade; 5-6, aparentemente vulnerável;
7-8, fragilidade leve; 9-10, fragilidade moderada; 11 ou mais, fragilidade grave,
com pontuação máxima de 1718.
O HAQ-20 é composto por 20 questões divididas em oito categorias que representam um
conjunto de atividades funcionais – vestir-se, levantar-se, comer, caminhar, higiene,
alcançar-se, preensão e outras atividades. As respostas do paciente são medidas em
uma escala que vai de zero (sem qualquer dificuldade) a três (incapaz de fazer). A
pontuação final é calculada pelo somatório dos componentes dividido por 8 e pode ser
classificada como: HAQ-20 de 0 a 1, deficiência leve; HAQ-20 >1 a 2, deficiência moderada;
e HAQ-20 >2 a 3, deficiência grave21.
O IMSI é constituído por 12 questões do tipo Likert de frequência de cinco pontos,
variando de “nunca” a “sempre”. Nessa escala, atribui-se aos itens com significado
de presença de sentimento de impotência a seguinte pontuação: 1 = nunca; 2 = raramente;
3 = às vezes, 4 = frequentemente; e 5 = sempre, totalizando um máximo de 60 pontos.
As 12 questões são divididas em três domínios: capacidade de realizar comportamento
(alfa de Cronbach = 0,845), percepção da capacidade de tomar decisões (alfa de Cronbach
= 0,834) e resposta emocional ao controle das situações (alfa de Cronbach = 0,578).
As pontuações são somadas por domínio e pontuação total, sendo que quanto maior a
pontuação, mais intenso será o sentimento de impotência15.
Os dados foram digitados e analisados no programa estatístico SPSS-8.0 (SPSS Inc.,
Chicago, IL, EUA). Foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson para avaliar a homogeneidade
das respostas, comparando-se os dois grupos do estudo, com nível de significância
igual a 0,05 (p<0,05). A comparação entre grupos foi feita com o teste de Mann-Whitney. O teste de
correlação de Spearman foi aplicado para avaliar a correlação de variáveis contínuas
com variáveis semicontínuas.
RESULTADOS
A amostra foi composta por 112 pacientes com as seguintes características sociodemográficas:
68 (60,7%) eram do sexo feminino, 56 (50,0%) com úlcera venosa, 64 (57,1%) tinham
70 anos ou mais de idade, 43 (38,4%) sabiam ler e escrever; 88 (78,6%) eram aposentados;
45 (40,2%) eram casados, 40 (35,7%) residiam com familiares, 100 (89,3%) faziam uso
de medicamentos, 60 (53,6%) apresentavam índice de massa corporal (IMC) adequado,
76 (67,9%) não praticavam atividade física e 84 (75,0%) sofreram queda nos 30 dias
anteriores à entrevista.
Segundo a pontuação geral média na EFS por grupo (Tabela 1), pacientes com úlcera venosa foram considerados aparentemente vulneráveis (EFS médio
= 6,46) em contraste com pacientes sem úlcera que foram identificados como não vulneráveis
(EFS médio = 3,38), com diferença estatisticamente significante entre grupos (p=0,001).
Tabela 1 - Comparação das pontuações na Edmonton Frail Scale entre os grupos.
Grupo |
EFS – Pontuação Geral |
Valor de p |
n |
Média |
Mediana |
DP |
Com úlcera |
56 |
6,46 |
6,0 |
3,086 |
|
Sem úlcera |
56 |
3,38 |
3,0 |
2,253 |
0,001* |
Total |
112 |
4,92 |
5,0 |
3,105 |
|
Tabela 1 - Comparação das pontuações na Edmonton Frail Scale entre os grupos.
Em relação à pontuação na EFS por categoria, os pacientes do grupo com úlcera concentraram-se
nas categorias “aparentemente vulnerável” e “fragilidade leve”, enquanto o grupo sem
úlcera concentrou-se na categoria “não-frágil”. A Tabela 2 indica que 76,8% (n=43) dos pacientes com úlcera venosa foram classificados como
vulneráveis e frágeis, em comparação a 28,6% (n=16) dos pacientes do grupo sem úlcera,
com diferença estatisticamente significante entre grupos (p=0,001).
Tabela 2 - Distribuição do nível de fragilidade nos grupos de estudo segundo a Edmonton Frail
Scale.
Nível de Fragilidade |
Grupo |
Valor de p |
Com úlcera |
Sem úlcera |
Total |
n |
% |
n |
% |
n |
% |
Não apresenta Fragilidade |
13 |
23,2 |
40 |
71,4 |
53 |
47,3 |
|
Aparentemente Vulnerável |
16 |
28,6 |
11 |
19,6 |
27 |
24,1 |
0,001* |
Fragilidade leve |
12 |
21,4 |
4 |
7,1 |
16 |
14,3 |
|
Fragilidade moderada |
11 |
19,6 |
0 |
0,0 |
11 |
9,8 |
|
Fragilidade severa |
4 |
7,1 |
1 |
1,8 |
5 |
4,5 |
|
Total |
56 |
100 |
56 |
100 |
112 |
100 |
|
Tabela 2 - Distribuição do nível de fragilidade nos grupos de estudo segundo a Edmonton Frail
Scale.
A Tabela 3 mostra que os pacientes com úlcera venosa apresentavam maior dificuldade para realizar
atividades da vida diária (HAQ-20 geral médio = 1,08) em comparação aos pacientes
sem úlcera (HAQ-20 geral médio = 0,37), com diferença estatisticamente significante
entre grupos (p=0,002).
Tabela 3 - Comparação da pontuação média nas categorias do Health Assessment Questionnaire-20
entre grupos.
Categorias |
Grupo |
Valor de p |
Com úlcera |
Sem úlcera |
Total |
N |
Média |
DP |
n |
Média |
DP |
n |
Média |
DP |
Vestir-se/cuidar-se |
56 |
0,86 |
0,841 |
56 |
0,20 |
0,401 |
112 |
0,53 |
0,735 |
0,001* |
Levantar-se |
56 |
1,07 |
0,912 |
56 |
0,39 |
0,593 |
112 |
0,73 |
0,838 |
0,002* |
Comer |
56 |
0,52 |
0,687 |
56 |
0,13 |
0,384 |
112 |
0,32 |
0,586 |
0,002* |
Caminhar |
56 |
1,59 |
0,890 |
56 |
0,57 |
0,759 |
112 |
1,08 |
0,969 |
0,001* |
Higiene |
56 |
1,00 |
0,653 |
56 |
0,29 |
0,594 |
112 |
0,64 |
0,815 |
0,001* |
Alcançar-se |
56 |
1,13 |
0,974 |
56 |
0,61 |
0,679 |
112 |
0,87 |
0,875 |
0,001* |
Preensão |
56 |
1,18 |
1,081 |
56 |
0,36 |
0,616 |
112 |
0,77 |
0,968 |
0,001* |
Outras Atividades |
56 |
1,32 |
0,917 |
56 |
0,43 |
0,599 |
112 |
0,87 |
0,892 |
0,001* |
Geral |
56 |
1,08 |
0,729 |
56 |
0,37 |
0,407 |
112 |
0,73 |
0,686 |
0,002* |
Tabela 3 - Comparação da pontuação média nas categorias do Health Assessment Questionnaire-20
entre grupos.
Os pacientes com úlcera venosa apresentaram sentimento de impotência mais forte comparado
a pacientes sem úlcera venosa. Observa-se na Tabela 4 que a pontuação média para o IMSI foi de 41,2 para o grupo com úlcera venosa e 33,4
para o grupo sem úlcera, com diferença estatisticamente significante entre grupos
(p=0,001).
Tabela 4 - Comparação da pontuação média nos domínios do Instrumento de Medida do Sentimento
de Impotência entre grupos.
Domínios |
Grupo |
Valor de p |
Com úlcera |
Sem úlcera |
Total |
n |
Média |
DP |
n |
Média |
DP |
n |
Média |
DP |
Capacidade de realizar comportamento |
56 |
15,59 |
2,130 |
56 |
9,04 |
3,063 |
112 |
12,31 |
4,211 |
0,001* |
Capacidade de tomar instruções |
56 |
11,96 |
2,607 |
56 |
13,95 |
3,272 |
112 |
12,96 |
3,109 |
0,001* |
Resposta emocional ao controle das situações |
56 |
13,54 |
2,565 |
56 |
10,57 |
3,173 |
112 |
12,05 |
3,235 |
0,001* |
Geral |
56 |
41,21 |
4,853 |
56 |
33,41 |
7,081 |
112 |
37,31 |
7,202 |
0,001* |
Tabela 4 - Comparação da pontuação média nos domínios do Instrumento de Medida do Sentimento
de Impotência entre grupos.
DISCUSSÃO
Quando o idoso adquire uma ferida, ele pode passar a ter dificuldade para desenvolver
várias atividades do seu cotidiano. Muitas vezes, essas alterações nas atividades
da vida diária podem causar sofrimento emocional, psicológico e biológico nos indivíduos,
acarretando mudanças no estilo e na qualidade de vida e no sono, impossibilitando-os
de exercerem suas atividades sociais, de realizarem o autocuidado, de participarem
do lazer e do convívio familiar, além de ocasionar absenteísmo no trabalho e até perda
das funções laborais em faixa etária produtiva. Estes fatores podem levar o idoso
a sentir-se fragilizado22,23,24,25,26.
Neste estudo, a maioria dos idosos sem úlcera não apresentaram fragilidade, enquanto
a maioria dos idosos com úlcera venosa apresentaram-se vulneráveis.
Ser frágil relacionou-se a maiores incidências de hospitalização durante o seguimento.
Resultados compartilhados com outras evidências científicas, sobretudo quando se verificou
uma prevalência que varia de 50% a 80% de frágeis entre os idosos hospitalizados25,26,27,28,29.
Em um estudo no qual os autores verificaram os níveis de fragilidade, independência
funcional em atividades instrumentais da vida diária entre os idosos identificados
como frágeis, foram encontrados: 29,8% com dependência mínima/supervisão e 81,9% com
dependência parcial para as atividades instrumentais da vida diária30. Os autores evidenciaram maior dependência para as atividades nos idosos frágeis,
sendo o sexo feminino com maior prevalência de fragilidade30.
Nesta pesquisa, as médias do escore total dos pacientes idosos com úlcera venosa nos
instrumentos HAQ-20 e IMSI apresentaram-se elevadas, indicando que esses indivíduos
têm dificuldades para realizar algumas atividades da vida diária.
Déficits na capacidade funcional, cognitiva e psíquica são as maiores causas de perda
da independência13,15, levando o idoso a necessitar de maiores cuidados para a realização das atividades
da vida diária.
Essa questão tem se tornado um desafio a ser enfrentado pelos pacientes idosos com
úlceras venosa, uma vez que a expectativa de vida da população tem aumentado, levando
ao consequente crescimento do número de idosos com doença crônica e incapacidade funcional.
Tendo em vista que a capacidade funcional do ser humano declina com a idade, é necessário
planejar estratégias que melhorem o estilo de vida destes indivíduos com ou sem ferida,
principalmente em relação a programas que proporcionem promoção e melhoria da força
muscular e das articulações, com integração social dentro e fora do contexto familiar.
Essas ações possibilitariam minimizar a dependência desses indivíduos no convívio
familiar, social, lazer e para realizar suas atividades diárias28,29.
Esta pesquisa reforça a necessidade de direcionar a atenção à saúde dos pacientes
idosos com úlcera venosa, buscando identificar, no cotidiano dos serviços de saúde,
seja nos hospitais, ambulatórios, Programa de Saúde da Família e outros, a presença
de redução da capacidade funcional e aumento da fragilidade e sentimento de impotência
entre os pacientes que convivem no seu dia a dia com a ferida, as principais necessidades
de cuidado dessa população e o conhecimento do cuidador para lidar com as incapacidades
da pessoa assistida. E, diante das necessidades surgidas nas últimas décadas com o
aumento das doenças crônicas e dos pacientes com feridas, torna-se imprescindível
que a formação acadêmica e a qualificação dos profissionais de saúde valorizem não
somente o conteúdo, mas também a prática assistencial.
CONCLUSÃO
Úlceras venosas causaram impacto negativo na capacidade funcional e aumento da fragilidade
e sentimento de impotência nos idosos.
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1. Universidade Federal de São Paulo, Programa de Pós-graduação em Cirurgia Translacional,
São Paulo, SP, Brasil
Autor correspondente: Eliana Gonçalves Aguiar Disciplina de Cirurgia Plástica. Rua Botucatu 740, 2o andar, Vila Clementino, São
Paulo, SP, Brasil. CEP: 04023-062 E-mail: eaguiar@unifesp.br
Artigo submetido: 14/12/2021.
Artigo aceito: 07/04/2022.
Conflitos de interesse: não há.