INTRODUÇÃO
A obesidade caracteriza-se a princípio pelo índice de massa corporal (IMC) ≥30kg/m2, é uma condição que tem crescido em muitos países, e hoje tornou-se um sério problema
de saúde pública em grande parte deles; cerca de 2,1 bilhões de pessoas adultas têm
obesidade1,2. Na Europa, o Reino Unido é detentor da maior população de pessoas obesas do continente,
chegando à taxa de 28%; nos Estados Unidos da América há cerca de 150 milhões de adultos
obesos, enquanto no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), 41,2 milhões de pessoas com mais de 18 anos têm obesidade3,4,5,6.
O Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido investe 5,3 bilhões de libras por ano em
ações ao controle da obesidade, por entender a gravidade desse problema, pois ele
está ligado ao desenvolvimento de várias comorbidades, como hipertensão; doenças cardiovasculares;
hiperlipidemia; acidente vascular cerebral; osteoartrite; apneia obstrutiva do sono,
diabetes mellitus; carcinomas. Todas podem afetar diretamente a saúde dessas pessoas
e reduzir a expectativa de vida delas3,7.
O primeiro passo para o tratamento dos pacientes com IMC de 30kg/m2 a 34,9kg/m2 é a mudança do estilo de vida, exercício físico, acompanhamento nutricional e endocrinológico7. Já os que têm IMC >40kg/m2 ou >35kg/m2 com comorbidades graves, estão aptos a serem submetidos a cirurgia bariátrica7.
A procura pelo tratamento da obesidade tipo II com comorbidades e tipo III vem aumentando,
tendo em vista que as gastroplastias podem ser associadas com intuito da redução de
peso e de comorbidades secundárias a essa doença8,9. É claro que sempre em conjunto com as mudanças do estilo de vida, hábitos, acompanhamento
nutricional e endocrinológico, tornando-se a forma mais eficaz para acelerar a perda
ponderal9.
Contudo, essa intensa e veloz perda de tecido adiposo também pode envolver efeitos
adversos. As principais desvantagens são as ptoses dermoadiposas causadas pelas mudanças
do colágeno dos pós-bariátricos, as quais se caracterizam pelo dimorfismo em regiões
de coxas, braços, mamas e abdômen7,10,11. Além do dano psicológico causado, também observa-se má higiene, infecção cutânea,
dermatites e dificuldade de locomoção, as quais podem agravar o quadro psíquico11.
A cirurgia plástica então passa a ter um papel fundamental na reposição tecidual,
reintegração psicológica e social desses indivíduos submetidos a gastroplastia e com
perda ponderal de peso, sendo que a abdominoplastia é o procedimento mais solicitado
para o tratamento do paciente pós-bariátrico. Segundo a Sociedade Internacional de
Cirurgia Plástica, foram realizadas 112.116 abdominoplastias em 2020, o que representa
8,6% de todas as cirurgias plásticas feitas no Brasil12.
Contudo, existem critérios de indicação: mínimo de 12 a 18 meses pós-cirurgia bariátrica,
estabilidade do peso por no mínimo de 3 a 4 meses e IMC abaixo de 30kg/m2. Esses parâmetros são importantes, pois a homeostase nutricional é um balanço positivo
de nitrogênio necessário para facilitar o processo de cicatrização de grandes feridas
cirúrgicas13. Ressalta-se, dessa forma, a relevância do tema e de suas principais e mais atuais
técnicas para a sociedade científica.
OBJETIVO
Esta revisão sistemática tem o objetivo apresentar as principais técnicas de abdominoplastia
em pacientes pós-bariátricos e suas principais complicações pósoperatórias, bem como
a melhora da qualidade de vida e o psicossocial do paciente após a realização da cirurgia.
MÉTODO
Foi realizada uma revisão sistemática de literatura em conformidade com a declaração
PRISMA utilizando dados epidemiológicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(2019) e Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (2020), com o intuito de responder
à pergunta PICO – Quais as principais técnicas utilizadas de abdominoplastia em pacientes
pós-bariátricos após massiva perda de peso? –.
A busca foi efetuada no dia 19/07/2022 nas bases de dados PubMed, BVS, SciELO, Cochrane,
aplicando os seguintes descritores, respectivamente: “Abdominoplasty” AND “Patients”
OR “Bariatric surgery” AND “Plastic surgery” AND “Body contouring”. Todos os descritores
foram validados em DeCS/MeSH. Utilizou-se limitação temporal entre 2017 e 2022 e artigos
em português, inglês, espanhol, italiano e francês.
Sendo assim, foram incluídos para esta revisão estudos que cumprissem os seguintes
critérios: (1) relatos de casos, ensaios clínicos randomizados ou quase randomizados,
séries de casos prospectivos/ retrospectivos coortes retrospectivo/prospectivos; (2)
em humanos; (3) revisões; (4) pacientes pós-bariátricos; (5) as técnicas de abdominoplastia
mais utilizadas em pacientes pós-bariátricos. Por fim, foram excluídos todos os trabalhos
que não se enquadraram nos critérios de inclusão.
As principais técnicas a serem abordadas nessa revisão são: abdominoplastia horizontal
tradicional ou clássica; flor-de-lis ou âncora; circunferências; e com fáscia de Scarpa.
Essas quatro técnicas podem estar associadas com outras cirurgias, por exemplo, neofaloplastia
e lipoescultura; no entanto, não são abordadas nessa pesquisa8,12,13,14.
Abdominoplastia horizontal tradicional ou clássica
Descrita por Vernon; Callia; Pitanguy; Regnault; Grazer; Baroudi. As marcações dessa
técnica podem ter variações anatômicas. No geral, inicia-se uma linha retilínea acima
da sínfise púbica que se estende paralelamente até a altura da crista ilíaca, em seguida,
ocorre o teste do pinçamento para delimitar a região a ser removida, sendo possível
então delimitar a marcação superior, que pode ter variação em relação ao seu posicionamento.
Ao fim da marcação, é esperado algo parecido como uma elipse8,14 (Figura 1).
Figura 1 - Marcações das técnicas de Abdominoplastia. (A) Flor-de-lis; (B) Clássica; (C) Flor-de-lis
com fáscia de Scarpa; (D) Clássica com fáscia de Scarpa. Imagem autoral.
Figura 1 - Marcações das técnicas de Abdominoplastia. (A) Flor-de-lis; (B) Clássica; (C) Flor-de-lis
com fáscia de Scarpa; (D) Clássica com fáscia de Scarpa. Imagem autoral.
Abdominoplastia flor-de-lis ou âncora
Descrita por Castanhares e Goethel. As marcações se iniciam no apêndice xifoide e
se estendem até a região da sínfise púbica, formando uma grande elipse. Em sequência,
é realizada a marcação inferior na região da sínfise púbica através do “teste de pinçamento”
para marcação da base do T, contendo uma leve convexidade, que se estenderá de uma
crista ilíaca à outra. Desta forma, as marcações irão se sobrepor, formando uma única
marcação com formato de flor-de-lis8,14 (Figura 1).
Abdominoplastia circunferencial
Descrita por Gonzalez Ulloa. As marcações devem ser realizadas com o paciente em posição
supinada.
Na parte anterior devem-se seguir os padrões da técnica clássica, respeitando as variações
anatômicas conforme já descrito acima. Na parte posterior deve ser identificado o
sulco interglúteo para se iniciar a marcação onde é sinalizado um ponto logo acima
deste, que é intitulado de ponto “A”. Superiormente ao ponto “A”, é sinalizado um
novo ponto, o qual é chamado de ponto “B”, que é o limite superior da ressecção14 (Figura 2).
Figura 2 - Marcação da técnica Circunferencial. (A) porção anterior da marcação; (B) porção posterior.
Figura 2 - Marcação da técnica Circunferencial. (A) porção anterior da marcação; (B) porção posterior.
Abdominoplastia com preservação da fáscia de Scarpa
Descrita por Saldanha. A marcação do paciente é a mesma que a técnica flor-de-lis
e tradicional8,9,14. No entanto, difere-se quanto à realização da técnica cirúrgica (Figura 1).
RESULTADOS
Na identificação de estudos via bancos de dados e cadastros, a busca eletrônica feita
no PubMed (n=111), Medline (n=30), LILACS (n=5), SciELO (n=1), Cochrane (n=102), Binacis
(n=1). Foram encontradas 250 referências e excluídos antes da triagem registros duplicados
ou inelegíveis ou que não abriram (n=11).
Logo após, foi realizada a triagem, dividida em três fases. Na primeira, foram lidos
todos os 239 títulos e desses foram excluídos 119, pois não contemplavam o tema. Na
fase 2, analisaram-se todos os 120 resumos e foram excluídas 89 referências, as quais
não foram relevantes para o estudo. Na fase 3, examinou-se profundamente os 31 textos
na íntegra e foram retirados 6 artigos porque não passaram nos critérios de elegibilidade:
português, inglês, espanhol, italiano, francês, e últimos 5 anos. Isso resultou em
um n=25.
Além disso, foi feita a identificação de estudos através de outros métodos no Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (n=44), Sociedade Internacional de Cirurgia
Plástica (n=7). Na triagem foram excluídos 48 registros, pois não eram pesquisas realizadas
nos últimos 5 anos e não abordavam o tema abdominoplastia ou obesidade, o que resultou
em três achados. Portanto, foram incluídas nesta revisão sistemática um total de 28
referências (Figura 3).
Figura 3 - Organograma dos resultados obtidos nesta revisão sistemática, que utilizou o método
PRISMA.
Figura 3 - Organograma dos resultados obtidos nesta revisão sistemática, que utilizou o método
PRISMA.
DISCUSSÃO
Os pacientes pós-bariátricos submetidos a gastrectomia vertical ou bypass gástrico em Y de Roux normalmente podem desenvolver falta de vitamina B12, ácido
fólico, ferro, cálcio, vitamina D e vitamina K, minerais, e desnutrição proteico-calórica,
sendo a deficiência de ferro e deficiência nutricional as mais frequentes7,8,13,15,16,17,18,19. Vale ressaltar que a vitamina K é necessária para a coagulação sanguínea normal,
a deficiência dela pode levar a sangramento secundário maior8.
Portanto, é primordial um acompanhamento com a equipe nutricional para a melhora dos
parâmetros antes da abdominoplastia citada no presente trabalho8,20.
A grande maioria dos pacientes que tiveram uma perda de peso acentuada após a cirurgia
bariátrica procura por cirurgia de contorno corporal devido ao excesso de pele remanescente
em várias regiões do corpo (braços, coxas, abdômen inferior, seios e região inguinal).
Essa perda de elasticidade da pele pode causar dobras cutâneas, resultando em infecções
fúngicas, eczema, úlceras, edema, além da piora na qualidade de vida, deixando-os
socialmente isolados, sem praticar atividades do cotidiano e com baixa autoestima,
sentindo-se ainda insatisfeitos com sua imagem estética após o procedimento bariátrico3,7,15,20,21,22.
Nesse sentido, a cirurgia reparadora de contorno corporal tem a função de melhorar
a qualidade de vida e promover a reintegração psicossocial17,20. Estudo feito no Reino Unido mostrou que os pacientes que fizeram abdominoplastia
tiveram uma melhora significativa na imagem corporal e qualidade de vida. 92% desses
pacientes indicaram a cirurgia plástica para seus amigos e 96% não têm arrependimento3.
Os pacientes, quando apresentam o chamado “abdome em avental”, têm indicação de realizar
a abdominoplastia devido às possíveis complicações geradas por este quadro23. É claro que o cirurgião plástico deve realizar um exame físico minucioso para identificar
todas as deformidades e detectar comorbidades, IMC, tipo de corpo, quantidade de tecido
adiposo, depósitos de gordura localizada, existência de diástase dos músculos abdominais,
dobras e presença de hérnias24,25,26.
A distribuição de gordura corporal nesses pacientes é muito variável, o que influencia
nas opções cirúrgicas24. Para facilitar a análise das deformidades em cada região anatômica do corpo, Luján
aplicou uma escala de quatro pontos, chamada de Escala de Pittsburgh, que serve como
um guia para escolha da melhor técnica de abdominoplastia relacionada com as especificidades
dos pacientes7,20. As técnicas de abdominoplastia possuem as suas especificidades para cada indicação23.
A convencional é indicada para correção da diástase abdominal, bem como correção de
ptoses, remoção de estrias e panículo dermoadiposo na região inferior do abdômen8. A técnica flor-de-lis tradicional, para os pacientes que possuem cicatrizes medianas
no abdome, hérnias abdominais e/ou excesso de panículo dermoadiposo horizontal/vertical8,24. Já a técnica circunferencial, nos casos em que, mesmo após grande perda de massa
corporal, houver vestígio de tecido adiposo juntamente com o excesso de pele na região
inferior do abdômen, flancos e dorso e na elevação da fossa trocantérica11,17. Por último, a que mantém a fáscia de Scarpa ainda não é muito bem esclarecida9,25.
A aplicabilidade das técnicas de abdominoplastia pode conter algumas semelhanças e
diferenças. A clássica se inicia com a incisão do bisturi na área delimitada, sem
uma ordem específica, podendo então ocorrer na região suprapúbica até a espinha ilíaca
anterossuperior, bilateralmente, assim como a flor-de-lis, e com preservação de fáscia
de Scarpa, já na circunferencial a incisão ocorre na região posterior do paciente,
a parte anterior trata-se de uma abdominoplastia tradicional9,13,14,24,25,27.
Em sequência, ocorre a primeira parte da dissecção do tecido adiposo por inteiro até
a profundidade da aponeurose dos músculos abdominais, seguindo a altura do umbigo
na técnica tradicional, flor-de-lis; em contraponto, a circunferencial parte do ponto
“A” e segue em direção aos flancos, deixando apenas a fáscia profunda de gordura como
a abdominoplastia com preservação da fáscia de Scarpa9,20,25,26.
A segunda parte da dissecção do subcutâneo ocorre até a altura do processo xifoide
(vertical) e margem costal (horizontal), na clássica e âncora8. Nessa última e na técnica com preservação de fáscia de Scarpa realiza-se uma incisão
do umbigo até o processo xifoide, formando uma flor8. Então, neste momento fica evidente que a abdominoplastia com a preservação do subcutâneo
profundo é muito semelhante à flor-de-lis e clássica, porém, difere apenas quanto
à manutenção da camada de gordura profunda. Em todas as técnicas os retalhos são ressecados
e as diáteses são tratadas8,9,27.
Uma análise detalhada das possíveis complicações cirúrgicas entre as técnicas citadas
é indispensável8. Desse modo, o cirurgião plástico tem o potencial de reduzir riscos e determinar
a escolha mais pontual ao pós-bariátrico8. De Macedo et al.28 dividiram os pósbariátricos em dois grupos (n=207) com IMC ≥30kg/m2 e <30kg/m2. Os autores observaram que os pacientes com IMC ≥30kg/m2 não apresentavam maior risco de complicações pós-operatórias em relação ao grupo
de IMC <30 kg/m2, no entanto, não há a exposição de quais técnicas de abdominoplastia foram utilizadas.
Já Schlosshauer et al.8, em estudo retrospectivo no Hospital Agaplesion Markus, Frankfurt, Alemanha, com
406 pós-bariátricos submetidos a abdominoplastia, compararam as três técnicas - abdominoplastia
tradicional, flor-de-lis e miniabdominoplastia com preservação de fáscia de Scarpa
- e assim como de Macedo et al. também dividiram-nas seguindo o mesmo critério do
IMC. As duas técnicas mais utilizadas foram a tradicional (64%; n=261), seguida da
flor-de-lis (27%; n=141) e com preservação do tecido adiposo profundo (8,4%; n=4)8. O total de complicações foi de 42%, as principais observadas foram de cicatrização;
deiscência de pele, infecção e necrose; as três somaram 32%. A horizontal teve complicações
totais menores do que a âncora (38,7% e 47,7%, respectivamente)8. Logo, é notória a importância da redução do IMC, independentemente da técnica utilizada,
porque desse modo o paciente está menos suscetível a complicações pós-operatórias.
Como supracitado, a complicação mais relatada foi a de cicatrização da pele, porém,
não se compreende se a formação do seroma está diretamente relacionada com a qualidade9,25. Por isso, outros dois estudos que comparam as técnicas âncora e clássica com e sem
a preservação da fáscia de Scarpa observaram que a manutenção do tecido adiposo profundo
é benéfica, pelo simples fato da drenagem ser mais eficiente, porque em ambos os estudos
nos pós-bariátricos não houve desenvolvimento de seroma e complicações. No entanto,
quando é avaliada a satisfação da cicatriz pela Escala de Pittsburgh, os dois grupos
não tiveram diferença9,25. Entende-se, então, que o seroma, quando analisado isoladamente, não tem interferência
direta na qualidade da cicatrização.
Por fim, a abdominoplastia circunferencial apresenta poucos dados estatísticos para
compará-la às complicações. Em estudo retrospectivo com 180 pós-bariátricos somente
quatro pacientes realizaram a cirurgia; Bunting também citou apenas dois pacientes
de um total de 1611,17.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a melhora na qualidade de vida dos pacientes submetidos a qualquer
tipo de abdominoplastia é evidente, no entanto, ainda há uma carência de pesquisas
que relacionam as técnicas de abdominoplastia em pacientes pós- bariátricos com suas
complicações pós-operatórias. É de extrema importância a utilização da medicina baseada
em evidências na aplicabilidade das técnicas nesses pacientes, pois desse modo os
riscos e complicações podem ser diminuídos pelos cirurgiões.
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1. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, São Paulo, SP, Brasil
2. Universidade Santo Amaro, Faculdade de Medicina, São Paulo, SP, Brasil
Autor correspondente: Matheus Lucena Miranda Meroni Faculdade de Medicina da Universidade Santo Amaro, Rua Prof. Enéas de Siqueira Neto,
340, Jardim das Imbuias, São Paulo, S P, Brasil. CEP: 04829-300 E-mail: matheusmiranda742@gmail.com
Artigo submetido: 07/07/2021.
Artigo aceito: 16/11/2022.
Conflitos de interesse: não há.