INTRODUÇÃO
Pacientes com obesidade severa alcançam por intermédio da cirurgia bariátrica uma
maior e mais sustentada perda de peso quando comparada às abordagens não cirúrgicas.
Independentemente da técnica escolhida, o procedimento cirúrgico melhora comorbidades
como diabetes, hipertensão e a qualidade de vida relacionada à saúde. Com o número
crescente de pacientes com perda ponderal maciça, há também aumento pela procura por
cirurgias de contorno corporal1. Após a enorme perda de peso, os pacientes comumente apresentam dobras de pele redundante,
o que pode levar a intertrigo, ulceração, infecção e desafios relacionados à mobilidade2. Apesar do emagrecimento bem-sucedido, a imagem do corpo e o estado psicológico de
um paciente pós-cirurgia bariátrica podem deteriorar-se substancialmente3.
Embora a necessidade da cirurgia seja mais evidente em indivíduos que tenham sofrido
perda de peso maciça, um indivíduo sem perda significativa pode apresentar uma deformidade
semelhante. Critérios rígidos de seleção podem limitar o acesso a indivíduos que se
beneficiariam da correção do contorno corporal; no entanto, critérios frouxos podem
sobrecarregar o sistema de saúde e, dessa forma, também restringir o acesso dos pacientes
ao serviço. Os procedimentos cirúrgicos realizados em um paciente com grande perda
de peso são complexos, demandam intenso trabalho da equipe de saúde e possuem altas
taxas de complicações4,5.
De acordo com a Portaria nº 425/GM/MS, de 19 de março de 2013, pacientes submetidos
à gastroplastia redutora com aderência ao acompanhamento pós- operatório poderão ser
submetidos à cirurgia plástica reparadora pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre
as indicações, temos: infecções cutâneas de repetição por excesso de pele, como infecções
fúngicas e bacterianas; alterações psicopatológicas em virtude da redução de peso;
limitação da atividade profissional pelo peso e impossibilidade de movimentação6. Já como contraindicação à cirurgia plástica reparadora, destacamos a ausência de
redução de peso, bem como de estabilidade ponderal.
Há poucos dados quanto à resposta dos serviços que oferecem gastroplastias redutoras
frente a esses anseios. Sendo assim, esse estudo poderá trazer mais dados à comunidade
científica, de forma a compreender e direcionar as ações frente ao desafio do manejo
destes pacientes, uma vez que eles se integrarão cada vez mais à sociedade.
OBJETIVO
Aferir a prevalência de cirurgia do contorno corporal realizada entre 2015 e 2018,
em pacientes previamente submetidos à cirurgia bariátrica entre os anos de 2014 e
2015, com ambos os procedimentos respectivamente realizados pelas equipes especialistas
de Cirurgia Plástica e Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital de Clínicas da Universidade
Estadual de Campinas (HC-UNICAMP), na cidade de Campinas, São Paulo.
MÉTODOS
Estudo observacional, retrospectivo, que aferiu a prevalência de pacientes submetidos
à cirurgia do contorno corporal, ocorrida entre 2015 e 2018, após serem previamente
submetidos à cirurgia bariátrica entre os anos de 2014 e 2015 no HC-UNICAMP. Trata-se
de cirurgias bariátricas e cirurgias plásticas realizadas pelas equipes de Cirurgia
do Aparelho Digestivo e de Cirurgia Plástica do HC-UNICAMP, respectivamente, que foram
devidamente acompanhadas e registradas pelos pesquisadores.
A fim de buscar quais pacientes foram submetidos à cirurgia bariátrica entre 2014
e 2015, foi realizada tripla checagem. Primeiramente, através de registros próprios
armazenados pela equipe multidisciplinar da Cirurgia Bariátrica, em seguida pelo sistema
de informação do HC-UNICAMP, e, finalmente, por intermédio da revisão de prontuários
médicos.
Uma vez identificados os pacientes que preenchiam os critérios supracitados foi realizada,
então, uma dupla checagem; a primeira no sistema de informação do Hospital Universitário,
a fim de avaliar quantos desses pacientes, previamente submetidos à cirurgia da obesidade,
foram também submetidos à cirurgia plástica reparadora, enquanto a segunda averiguação
foi feita por meio da conferência de prontuários dos mesmos.
Com relação aos dados coletados em prontuário, foram escolhidas as seguintes variáveis
para análise: sexo, técnica de cirurgia bariátrica utilizada, índice de massa corporal
(IMC) na ocasião em que foi realizada a cirurgia bariátrica, IMC na data de indicação
da cirurgia de contorno corporal, modalidade de cirurgia do contorno corporal utilizada,
idade no dia de realização da cirurgia plástica, tempo entre a cirurgia de obesidade
e a cirurgia realizada pela equipe da Plástica.
Foram incluídos nesse estudo pacientes submetidos à cirurgia do contorno corporal
entre 2015 e 2018, após cirurgia bariátrica entre os anos de 2014 e 2015, pela equipe
de Cirurgia Plástica e de Cirurgia do Aparelho Digestivo no HC-UNICAMP. Foram excluídos
pacientes que não tenham sido submetidos tanto à gastroplastia redutora, quanto a
cirurgia do contorno corporal no HC-UNICAMP, os que não tiveram prontuário localizado,
os que realizaram os referidos procedimentos cirúrgicos em outros anos, pacientes
com registros incompletos, bem como aqueles que se recusaram a assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Os participantes que se propuseram a participar do estudo assinaram o TCLE e receberam
uma via do mesmo. Durante todas as etapas da investigação, os pesquisadores trataram
a identidade dos pacientes com padrões profissionais de sigilo, atendendo à legislação
brasileira (Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde), utilizando as informações
somente para os fins acadêmicos e científicos. A equipe médica esteve e mantém-se
à disposição para dirimir eventuais dúvidas de pacientes frente aos procedimentos
dessa pesquisa.
A análise de dados foi realizada por meio do cálculo de porcentagens, médias e medianas,
com o uso do Microsoft© Office Excel.
A coleta de dados dessa pesquisa foi iniciada após a aprovação da mesma pelo Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sob o número
CAAE: 11081219.2.0000.5404.
RESULTADOS
Foram realizadas 208 cirurgias bariátricas em 183 mulheres e 25 homens nos anos de
2014 e 2015. Desses, 11% (n=23) foram submetidos a 27 cirurgias do contorno corporal
(Tabela 1). Quase a totalidade das cirurgias plásticas foram realizadas em pacientes do sexo
feminino (Figura 1). A média de idade dos pacientes submetidos à cirurgia do contorno corporal foi de
36 anos, com mediana de 37 anos, variando entre 22 e 53 anos. Os 23 pacientes que
preencheram os critérios desse estudo foram previamente submetidos à cirurgia de Fobi-Capella.
Tabela 1 - Cirurgias de Contorno Corporal, realizadas entre 2015 e 2018, pela equipe de Cirurgia
Plástica no HC-UNICAMP em pacientes previamente submetidos à cirurgia bariátrica nesse
mesmo Hospital entre os anos de 2014 e 2015.
Cirurgia Realizada |
Frequência (%) n=27 |
Dermolipectomia abdominal |
59% |
Braquioplastia |
22% |
Mamoplastia |
7% |
Dorsoplastia |
7% |
Cruroplastia |
4% |
Tabela 1 - Cirurgias de Contorno Corporal, realizadas entre 2015 e 2018, pela equipe de Cirurgia
Plástica no HC-UNICAMP em pacientes previamente submetidos à cirurgia bariátrica nesse
mesmo Hospital entre os anos de 2014 e 2015.
Figura 1 - Sexo dos pacientes submetidos à cirurgia de contorno corporal pós-cirurgia bariátrica,
entre 2015 e 2018, pela equipe de Cirurgia Plástica no HC-UNICAMP.
Figura 1 - Sexo dos pacientes submetidos à cirurgia de contorno corporal pós-cirurgia bariátrica,
entre 2015 e 2018, pela equipe de Cirurgia Plástica no HC-UNICAMP.
O IMC médio pré-gastroplastia foi de 36 kg/m2, enquanto o IMC prévio à cirurgia de contorno corporal foi 23,6 kg/m2, sendo o delta IMC médio de 12,4 kg/m2. Já o intervalo de tempo entre a cirurgia bariátrica e a realização da cirurgia plástica
reparadora, foi de 29 meses em nossa casuística. Todos os pacientes submetidos à cirurgia
do contorno corporal dessa casuística receberam alta hospitalar no primeiro dia de
pós-operatório (n=23).
A realização de mais de um procedimento para correção de deformidade corporal ocorreu
em 13% (n=3) dos pacientes. Um paciente foi submetido à abdominoplastia em âncora
e dorsoplastia simultaneamente. Outro, também teve primeiramente o abdômen operado,
sendo mais tardiamente submetido à dorsoplastia e mamoplastia, que foram realizadas
em um mesmo ato cirúrgico. Já o terceiro, durante seguimento teve necessidade de mamoplastia
redutora após ter sido previamente submetido à dermolipectomia abdominal. Um caso,
inicialmente submetido à dermolipectomia braquial, em seu acompanhamento teve indicação
de ritidoplastia e lipoenxertia facial, ambos os procedimentos não entraram no cálculo
de cirurgias de contorno corporal.
Nas abordagens abdominais, foi utilizada a técnica de abdominoplastia em âncora com
exérese do umbigo original, da peça cirúrgica e confecção de neoumbigo, com o uso
de retalhos dermogordurosos bilaterais.
DISCUSSÃO
As cirurgias do contorno corporal após grandes emagrecimentos ajudam na melhora da
autoestima e na reintegração destes pacientes ao convívio social e profissional, facilitando
a higienização e a deambulação, além de melhorar o desempenho sexual7. As técnicas cirúrgicas variam de acordo com cada caso e são de difícil execução
devido à flacidez exuberante, à má qualidade da pele e perda de sua elasticidade.
O aumento do calibre dos vasos, a anemia e desnutrição proteico-calórica elevam a
incidência de complicações8.
Os resultados estéticos obtidos em pacientes que apresentavam obesidade mórbida estão
aquém daqueles conseguidos em pacientes não obesos. Contudo, o alívio pela retirada
dos excessos dermogordurosos é maior do que a presença das cicatrizes, levando à melhoria
da qualidade de vida7. A seleção de pacientes ocorre por meio de história clínica e exame físico detalhados,
que associados à técnica cirúrgica apurada permitem a obtenção de resultados estéticos
satisfatórios e, principalmente, com um baixo índice de complicações9.
O desejo de cirurgias para melhora do contorno corporal após perda ponderal maciça
constitui demanda crescente. Um estudo de Kitzinger et al.10 descobriu que 75% das mulheres e 68% dos homens estavam interessados em cirurgia
plástica após o emagrecimento. Apesar de muitos pacientes desejarem ser submetidos
à cirurgia do contorno corporal, infelizmente, os mesmos não têm acesso ao procedimento
cirúrgico, trazendo diversas outras consequências ao SUS, tais como ocupação de leitos
por complicações, aumento dos custos de assistência, dentre outros.
Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, os problemas de ordenação e hierarquização
do sistema de saúde e de iniquidade de acesso aos serviços tornam a atenção em cirurgia
plástica fora do alcance de grande parcela da população. Na cidade do Rio de Janeiro,
por exemplo, o tempo médio existente para atendimento agendado da população oscila
entre 30 dias para consulta em fisioterapia e 123 dias para cirurgia plástica reparadora,
sendo essa última a especialidade com maior tempo de espera, o que corrobora nossa
hipótese de dificuldade de acesso11. Um possível fator contribuinte pode ser a necessidade de os pacientes terem de percorrer
grandes distâncias geográficas até o especialista, o que dificulta a manutenção de
um cronograma regular de consultas de seguimento, além de criar barreiras para o estabelecimento
de vínculos com a equipe e com o serviço.
Em nossa casuística foram evitadas associações de procedimentos uma vez que, além
de as cirurgias já serem complexas por si só, os pacientes, ex-obesos mórbidos, muitas
vezes possuem comorbidades como hipertensão arterial, diabetes mellitus, dentre outras,
o que poderia aumentar os riscos de complicações.
A média do IMC antes da cirurgia plástica de 23,6 kg/m2 foi inferior à encontrada por outros autores12-15. Da mesma forma, o delta IMC médio dos nossos pacientes, de 12,4 kg/m2, ficou abaixo de 18,3 kg/m2, 20,7kg/m2 e de 22,3Kg/m2 verificados em outros estudos12,14,16. Acreditamos que esse achado esteja relacionado ao acompanhamento pré-operatório
por parte da equipe multidisciplinar, que durante todo o planejamento cirúrgico incentiva
mudanças de hábito de vida, além de melhorias nos hábitos alimentares, o que é revertido
em intensa perda ponderal mesmo antes da cirurgia para obesidade. A cirurgia plástica
mais realizada nesse trabalho foi a dermolipectomia abdominal, o que também foi encontrado
em diversos outros estudos10,14,17,18.
Em todo o mundo, há escassez de dados sobre a real taxa de pacientes que realizam
cirurgias plásticas reparadoras após o procedimento bariátrico19. No Brasil, em particular, estudos que analisem cirurgias plásticas reparadoras pelo
SUS são incomuns. Em nosso país, entre os anos de 2010 e 2016 ocorreram 6.654 internações
para cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica via rede pública, ou seja, apenas
14,5% do total de pacientes que realizaram a cirurgia bariátrica também tiveram acesso
a esse tipo de cuidado. Desse total de cirurgias, 52% dos procedimentos corresponderam
à dermolipectomia abdominal, 17% à mamoplastia e 13% à dermolipectomia braquial, com
um gasto total das internações para o SUS relacionados aos procedimentos cirúrgicos
reparadores de R$ 6.019.082,72. Considerando-se que um mesmo paciente possa ter realizado
mais de um procedimento, tal prevalência deve ser ainda menor17.
Esses dados corroboram os achados de nossa pesquisa, que aferiu o nível de acesso
à terapia reparadora em 11%. Ademais, 93% das cirurgias plásticas reparadoras pós-cirurgia
bariátrica foram realizadas em pacientes do sexo feminino, taxa semelhante a divulgada
por Rosa et al., em estudo sobre perfil de pacientes pós-bariátricos submetidos a
procedimentos em cirurgia plástica em Brasília, e ao percentual encontrado em nosso
trabalho, 96%14,17. Tal número foi pouco superior ao averiguado em trabalho anteriormente realizado
pela equipe de Cirurgia Plástica no HC-UNICAMP, o qual reportou 91% de população feminina
em análise retrospectiva de abdominoplastias pós-bariátrica20.
Com relação à idade dos pacientes no momento da cirurgia do contorno corporal, nossos
achados são semelhantes aos divulgados por Aldaqal et al.18, em estudo realizado na Arábia Saudita, que encontraram média de 37 anos. Idade essa,
inferior às publicadas por estudo anterior da UNICAMP20, 40 anos, pelo grupo de Rosa et al.14, 41 anos, e por Poyatos et al.16, em Barcelona, 48 anos. A média do intervalo de tempo entre a cirurgia bariátrica
e a realização da cirurgia plástica reparadora foi de 29 meses em nossa casuística,
sendo inferior aos 42 meses e aos 47 meses verificados em outros estudos nacionais,
mas superior aos 22 meses e aos 24 meses descritos em outros trabalhos10,14-16.
Gusenoff et al.21 divulgaram que 11,3% de 926 pacientes que foram submetidos à cirurgia de bypass gástrico realizaram no seguimento cirurgia plástica em estudo realizado pela Universidade
de Rochester, EUA. No mesmo estado de Nova Iorque, outro grupo de pesquisa publicou
que a cirurgia plástica reparadora foi realizada por apenas 6% dos pacientes após
procedimentos bariátricos19. Aldaqal et al.18, na Arábia Saudita, divulgaram taxa pouco superior, 14%. Com relação à Europa, Kitzinger
et al.10, na Áustria, detectaram que entre pacientes que realizaram a cirurgia bariátrica
entre 2003 e 2009, apenas 21% deles efetivamente submeteram-se à cirurgia de contorno
corporal; enquanto na Grécia é reportada uma prevalência de 3,6%22. Seguro saúde e renda estão associados à busca pela cirurgia, bem como o acesso aprimorado
aos serviços de saúde pode aumentar o número de pacientes capazes de se submeter a
esses procedimentos reconstrutivos19.
Atualmente, menos de 10% dos pacientes que realizarem a cirurgia bariátrica pelo sistema
público de saúde terão acesso à cirurgia de contorno corporal10,19. Sistemas públicos de saúde que não oferecem cobertura para as cirurgias plásticas
reparadoras impedem que a maioria dos pacientes bariátricos tenha acesso aos procedimentos,
já que apenas uma pequena parte deles dispõe de recursos financeiros para arcar com
os custos particulares dos procedimentos corretivos.
É possível que essa seja uma explicação para o baixo percentual de cirurgias plásticas
reparadoras pós-bariátrica descritas na literatura internacional. Outras possíveis
razões para a baixa taxa de realização dos procedimentos reparadores são: medo de
complicações em outras cirurgias, além de diferenças na qualidade das informações
sobre aspectos dos procedimentos de contorno corporal18.
É importante que o SUS atue como instrumento de promoção de cidadania das pessoas
que passam por perda ponderal maciça. Promovendo, assim, integralidade da atenção
e ofertando, de forma articulada e contínua, os recursos que permitam enfrentar os
determinantes e os condicionantes da saúde e do adoecimento desse tipo de paciente.
CONCLUSÃO
Há imensa carência desse tratamento, o que compromete irremediavelmente os resultados
funcionais e a qualidade de vida de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Esse
estudo, apesar de suas limitações por seu caráter unicêntrico e espaço amostral reduzido,
fornece evidência inicial sobre a prevalência de procedimentos de contorno corporal
após cirurgia bariátrica em nosso país. Dessa forma, acreditamos que mais trabalhos
desse tipo devam ser realizados em outros centros de referência, a fim de constatarmos
o real acesso à cirurgia de contorno corporal após cirurgia bariátrica entre os pacientes
do SUS. Nossos achados poderão ser utilizados como indicadores para nortear as ações
que visem à melhoria da assistência a pacientes em pós-operatório de Cirurgia Bariátrica
em hospitais públicos brasileiros.
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1. Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Cirurgia, Área de Cirurgia Plástica
- Campinas - São Paulo - Brasil
Autor correspondente: Luiz Henrique Zanata Pinheiro Cidade Universitária Zeferino Vaz, Barão Geraldo, Campinas, SP, Brasil. CEP: 13083-970,
E-mail: henriquez_pinheiro@hotmail.com
Artigo submetido: 25/09/2021.
Artigo aceito: 13/12/2021.
Conflitos de interesse: não há.