INTRODUÇÃO
Na década de 1960, quando começaram a ser utilizados implantes mamários de silicone
na cirurgia de aumento mamário, a avaliação histopatológica e imuno-histoquímica da
cápsula formada ao redor dos implantes era realizada somente para fins de pesquisa,
para estudar a reação do organismo aos diferentes tipos de envelopes e, eventualmente,
detectar o extravasamento de silicone. Recentemente, com o aumento de pacientes que
requisitam a retirada dos implantes por diferentes queixas clínicas e pela preocupação
pelo diagnóstico do linfoma anaplásico de células T associado ao implante mamário
(BI-ALCL), que está geralmente localizado na região da cápsula fibrosa peri-implante,
tem aumentado o envio de peças para exame anatomopatológico1.
O diagnóstico das alterações fisiopatológicas que podem ocorrer ao redor dos implantes
baseia-se essencialmente na mudança do estado clínico da paciente e nos exames de
imagem, mas é a associação dos resultados da histologia e do perfil imuno-histoquímico
da lesão que determinam o diagnóstico2,3.
A qualidade do laudo histopatológico depende da execução precisa das múltiplas etapas
desse exame, desde a obtenção de amostras pelo cirurgião até a interpretação histopatológica
da imagem. Uma das etapas deste processo é a correlação com os dados clínicos e cirúrgicos
da paciente. Estes dados deveriam ser obtidos por meio do acesso ao prontuário da
paciente e pela solicitação feita pelo cirurgião responsável. Entretanto, o acesso
dos dados clínicos, cirúrgicos e laboratoriais dos pacientes pelo médico patologista
nem sempre é fácil; o serviço especializado de patologia nem sempre faz parte do complexo
hospitalar onde a paciente foi operada, o que dificulta o acesso ao prontuário. A
cirurgia pode ter sido realizada em outro hospital com um prontuário diferente ou
até mesmo em outra cidade.
A solicitação do exame pelo cirurgião representa um pedido de interconsulta e a comunicação
entre o cirurgião e o patologista é um passo essencial no diagnóstico. É fundamental
que o conteúdo desta solicitação feita pelo médico cirurgião forneça o máximo de informações
que, associados aos achados histopatológicos e histoquímicos, permita ao patologista
elaborar o laudo com precisão. Erros e discrepâncias no relatório patológico podem
ocorrer por insuficiência de informações clínicas4,5.
OBJETIVOS
Este estudo tem como objetivo avaliar a quantidade e qualidade dos dados fornecidos
pelo cirurgião na solicitação de exame histopatológico em pacientes submetidas a cirurgia
de remoção definitiva ou de troca de implantes mamários de silicone gelatinoso.
MÉTODOS
De 15 de dezembro de 2018 a 30 de abril de 2020, foram estudadas 3.043 solicitações
médicas consecutivas para o estudo histopatológico de amostras obtidas a partir de
cirurgias na mama realizadas em centros cirúrgicos de seis hospitais e no serviço
de radiologia invasiva que foram enviados ao serviço de patologia clínica, todos integrantes
da Rede D’Or São Luiz.
Foram anotados os dados contidos no formulário de requisição de exame anatomopatológico
padronizado da instituição e que deve ser preenchido pelo médico solicitante contendo
sexo, idade, lateralidade, localização na mama, tipo de cirurgia, descrição do espécime,
número de recipientes da amostra enviados, história clínica, sinais e sintomas e hipótese
diagnóstica.
Foram anotados também se existiam dados sobre radioterapia prévia, quimioterapia prévia,
tipo de implante mamário retirado, cirurgias anteriores e a existência de exames de
imagem prévios com a classificação BI-RADS (Sistema de Relatório de Dados sobre Imagem
da Mama, traduzido do inglês, Breast Imaging Reporting and Data System) Por fim, foi
anotada a especialidade do médico solicitante. As especialidades de ginecologia e
mastologia foram agrupadas como ginecologia.
As cirurgias realizadas foram classificadas em cinco categorias de indicações: câncer
de mama, patologias benignas da mama, ginecomastia, redução da mama e necessidade
de remoção ou troca de implantes mamários.
O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Rede D’Or São
Luiz, sob o registro CAAE 05678918.1.0000.0087.
RESULTADOS
Todos os 3043 casos estudados foram incluídos. As cirurgias envolvendo remoção ou
troca de implantes somaram 251 (8,24%), sendo 250 de troca e uma de explante (Tabela 1). A média de idade dos pacientes foi de 43 anos, a lateralidade deixou de ser apontada
em 16 pedidos (0,84%). A localização anatômica e espacial foi anotada em 15 casos
(6,33%). O tipo de cirurgia realizada foi mencionado em 40 (15,94%). Exame de imagem
prévio foi referido em um caso (Tabela 2).
Tabela 1 - Descrição das indicações médicas das cirurgias de mama.
Indicações das cirurgias |
Número de solicitações |
Valores em Porcentagem do total |
Neoplasias (incluindo as biópsias dirigidas por ultrassom) |
1.444 |
47,45% |
Mamoplastias redutoras |
586 |
19,25% |
Doenças benignas da mama |
583 |
19,15% |
Retirada e/ou troca de implante mamário de silicone |
251 |
8,24% |
Ginecomastia |
179 |
5,88% |
Total |
3043 |
100% |
Tabela 1 - Descrição das indicações médicas das cirurgias de mama.
Tabela 2 - Informações contidas na solicitação do exame anatomopatológico.
Informações contidas na requisição |
Número |
Porcentagem |
Lateralidade |
235 |
99,16% |
Localização anatômica e/ou espacial |
15 |
6,33% |
BIRADS |
1 |
0,40% |
História clínica |
48 |
19,12% |
Sinais e sintomas |
35 |
13,94% |
Exame de imagem prévio |
12 |
4,78% |
Radioterapia |
1 |
0,40% |
Quimioterapia |
0 |
0,00% |
Dimensões |
1 |
0,40% |
Hipótese diagnóstica |
131 |
55,27% |
Tipo de cirurgia realizada |
40 |
15,94% |
Tipo de Implante retirado |
0 |
0,00% |
Presença de coleção líquida |
15 |
6,33% |
Tabela 2 - Informações contidas na solicitação do exame anatomopatológico.
Dados de história clínica estavam presentes em 48 (19,12%), sinais e sintomas em 35
(13,94%). Em 15 requisições existia referência da presença atual de líquido ao redor
do implante, referido em todos com o termo “seroma crônico” (Tabela 2). A hipótese clínica esteve presente em 131 solicitações, sendo que em 64 havia apenas
a palavra contratura. E em 15 o termo ruptura. As solicitações mencionam a hipótese
clínica de linfoma em 27 ocasiões, 20 escreveram o termo BI-ALCL, e as outras sete
linfoma. 40 requisições incluíam a cirurgia que foi realizada (Tabela 3).
Tabela 3 - Hipótese diagnóstica inserida pelo cirurgião na requisição do exame anatomopatológico.
Hipótese diagnóstica |
Número de casos |
Contratura |
64 |
Ruptura |
15 |
Infecção |
5 |
Neoplasia maligna |
16 |
BI-ALCL* |
21 |
BI-ALCL* com seroma presente
|
6 |
Seroma tardio |
3 |
Hematoma organizado |
1 |
Total com hipótese inserida |
131 |
Total das requisições |
151 |
Tabela 3 - Hipótese diagnóstica inserida pelo cirurgião na requisição do exame anatomopatológico.
O número de contêineres enviados foi de 1 a 5, com mediana de 2. Dos 251 casos, 242
enviaram a cápsula, 161 enviaram somente a cápsula, 27 continham cápsula e tecido
mamário no mesmo recipiente sem citar se estavam conectados ou separados e, em 54
pacientes, as cápsulas e o tecido mamários da mesma mama foram enviados em recipientes
diferentes. Em 17 pacientes foi solicitado estudo imuno-histoquímico de CD30 para
o tecido enviado. Em nove casos o líquido foi coletado e enviado para exame representando
um espécime (Tabela 4).
Tabela 4 - Tipo de material enviado nos contêineres.
Tipo de material enviado (por espécime) |
Número |
Somente cápsula |
161 |
Somente tecido mamário |
9 |
Mama + cápsula no mesmo contêiner |
27 |
Mama e cápsula em contêineres separados |
54 |
Nódulo |
16 |
Líquido = seroma |
9 |
Tabela 4 - Tipo de material enviado nos contêineres.
Nenhuma das solicitações continha dados sobre do tipo de implante, marca, a sua localização
anatômica em relação ao músculo peitoral maior e o tempo de permanência dos implantes.
Os 251 pacientes foram submetidos a cirurgia por 57 médicos requisitantes, sendo 29
cirurgiões plásticos certificados, cinco ginecologistas, três anestesistas e 20 médicos
não tinham especialidade definida (Tabela 5).
Tabela 5 - Especialidade do médico requisitante.
Especialidade Médica |
Total de 57 diferentes |
Cirurgia Plástica |
29 |
Ginecologia |
5 |
Anestesista |
3 |
Sem especialidade |
20 |
Tabela 5 - Especialidade do médico requisitante.
DISCUSSÃO
A descrição, em 1997, da BI-ALCL resultou em mudanças na conduta na retirada de implantes
de silicone mamário6. Os conceitos sobre a maneira de retirar os tecidos periprotéticos vêm sendo discutidos,
se em bloco junto com a cápsula ou limitados à capsulectomia total ou parcial. O exame
histopatológico, que era considerado não essencial na maioria dos casos7-9, tornou-se, em muitas ocasiões, indispensável. Aumentou também a conscientização
sobre a relevância da troca de informações entre o cirurgião responsável e os médicos
envolvidos no diagnóstico, especialmente radiologistas e patologistas10.
Outro recente fator de mudança é a cirurgia de retirada definitiva dos implantes por
exigência da paciente, rotulada como cirurgia de explante, que traz consigo o conceito
da retirada completa da cápsula que envolve o implante. Estudos vêm sendo feitos para
avaliar as alterações histológicas nestes casos com a finalidade de encontrar correlações
evidentes entre os achados histológicos e histoquímicos e as doenças referidas pelas
pacientes, o que tornou indispensável uma maior atenção na avaliação dos tecidos retirados11-13.
A falta da quantidade e da qualidade de informações nos formulários de solicitação
médica pode comprometer a qualidade do laudo de patologia cirúrgica e por consequência,
também do diagnóstico definitivo. Saliente-se que que neste estudo nenhuma solicitação
continha informações sobre o tipo e a marca do implante, apesar de ser reconhecida
a relação de um determinado fabricante e também dos envelopes de textura alta com
o BI-ALCL14.
Das 251 solicitações, apenas duas indicaram a localização anatômica e espacial dos
espécimes enviados. Nos casos com suspeita de tumores, a necessidade de determinar
um local exato é bem definida15. Entretanto, ela é também fundamental quando há ruptura de implante, pois o material
vazado pode se infiltrar em tecidos adjacentes e ocasionar reações inflamatórias agudas
e a longo prazo.
As amostras cirúrgicas deveriam ser demarcadas para permitir a sua localização anatômica
e espacial. Com essa prática simples, seria possível determinar a região da mama afetada.
facilitando a vigilância e interpretação em exames futuros. Também tornaria possível
orientar o local exato para quaisquer revisões cirúrgicas, principalmente quando outros
tecidos estão envolvidos, como músculos ou arcos costais.
Grubstein et al.16 alertaram sobre a dificuldade de diferenciar, no diagnóstico por imagem, o siliconoma
de outras afecções, especialmente o câncer de mama. O diagnóstico incorreto induz
a exames e intervenções desnecessárias. O mesmo acontece quando são utilizados implantes
com envelope externo cobertos de poliuretano, que apresentam degradação gradual deste
material e com a presença de reação inflamatória crônica. Quando é necessário removê-los,
a cápsula e o tecido contíguo devem ser ressecados, pois a presença de fragmentos
residuais pode resultar na formação de nódulos e ocasionar uma nova revisão cirúrgica17. Portanto, o tecido enviado deve ser muito bem identificado quanto à posição espacial
e quanto à relação entre os fragmentos de tecidos removidos ainda mais se enviados
em mais de um contêiner.
No presente estudo, em 242 casos a cápsula foi enviada para exame anatomopatológico,
em 161 de forma isolada e, em 54, o tecido mamário também foi removido, mas enviado
em recipientes separados. Isto pode ter ocorrido devido à técnica cirúrgica executada,
pela necessidade da correção de contorno do tecido mamário associada à troca de implantes,
mas o cirurgião deveria informar este fato. Entretanto, apenas 15,40% (40) das solicitações
continham informações sobre a técnica cirúrgica realizada.
Este achado indica, como já foi alertado por Lapid et al.8, em 2014, a necessidade de ser criado um protocolo para padronizar a remoção cirúrgica
da cápsula e do tecido mamário contíguo, preferencialmente em bloco, mesmo em procedimentos
apenas estéticos da mama.
Em alguns casos, mesmo quando o implante parece estar visualmente íntegro, pode estar
ocorrendo o extravasamento de gel17. Nestes casos, durante o ato cirúrgico de remoção do implante, podem ser detectadas
alterações na aparência do implante ou também ocorrer uma perda no peso medido do
implante. Essas informações poderiam estar presentes nas solicitações médicas.
Dos 27 casos em que foi solicitada uma avaliação diagnóstica para BI- ALCL, em 15
foi referida a presença de líquido em torno de um implante. Em nove deles, o líquido
foi enviado simultaneamente com os outros espécimes. Os relatos mostram que 100% dos
casos diagnosticados com BI-ALCL apresentam coleção crônica de fluido ao redor do
implante e recomenda-se a aspiração prévia por agulha guiada através do auxílio de
exame por ultrassom para coleta de material e exames de citologia e estudo imuno-histoquímica
para pesquisa de CD 30 a ALK com a finalidade de determinar a conduta clínica e cirúrgica18,19.
Os dados obtidos neste estudo sugerem que os cirurgiões deixaram de fornecer informações
na solicitação sobre a existência de algum exame prévio de imagem seguida de punção.
É também possível inferir que o histórico clínico pesquisado pode ter sido insuficiente.
Saliente-se que a não realização da aspiração anterior à cirurgia não está de acordo
com os protocolos atuais3,19.
As informações sobre o histórico clínico estavam presentes em 34,52% das 3043 solicitações
em cirurgias de mama; no entanto, nos casos de remoção de implantes, a taxa foi significativamente
menor, apenas 19,12%. A hipótese diagnóstica, item contido no formulário de requisição
do exame, foi apenas preenchida em 131 (52,19%), sendo que em 64 apenas com a menção
de contratura, que é um sinal físico ou um achado em exame físico, que pode estar
acompanhado de outros sinais ou sintomas como a dor.
Este erro de conceituação parece indicar, para o médico patologista, que é insuficiente
a compreensão, pelos cirurgiões plásticos, das possíveis causas da contratura e da
evolução clínica deste processo. A pesquisa pelos fatores causais da contratura segue
uma linha de raciocínio que deveria ser transmitida para o médico patologista de forma
sintética e objetiva.
O déficit de informações na solicitação médica e, em especial, a falta da menção da
lateralidade em 16 casos torna necessária a comunicação direta do patologista com
o cirurgião, o que resulta numa demanda de tempo e de custo para o laboratório. Isto
pode atrasar a definição do diagnóstico e a emissão dos laudos4,5,20.
Ao revisar artigos que discutem erros e discrepâncias na patologia cirúrgica, essa
falta de comunicação não foi apontada como um fator significativo em comparação com
todas as falhas detectadas nas etapas do exame histopatológico. A interpretação dos
achados no exame histopatológico e histoquímico tem progredido muito devido à crescente
especialização dos patologistas e à mudança no ambiente de trabalho, composta por
equipes mais especializadas e maiores, com a possibilidade de troca pessoal de informações
ou por meios de tecnologia da informação.
No entanto, a falta de dados preenchidos encontrada nesta pesquisa demonstra que,
quando uma nova condição clínica surge, como acontece com a BI-ALCL ou a cirurgia
de explante, um novo processo de adaptação e de educação médica é necessário para
todos os especialistas envolvidos. O déficit de informações na solicitação médica
poderia ser melhorado através da implantação de protocolos e de tecnologia da informação
para melhor comunicar o cirurgião ao médico patologista.
CONCLUSÕES
Nossos resultados demonstram que a quantidade e qualidade de informações contidas
na solicitação médica é escassa, o que poderia comprometer o relatório patológico.
A maioria dos médicos solicitantes eram cirurgiões plásticos certificados e as sociedades
de cirurgia plástica têm feito um grande esforço para notificar e esclarecer os recentes
efeitos adversos dos implantes de silicone mamário, especialmente quanto ao BI-ALCL
ou à cirurgia de explante. No entanto, nossos achados podem sugerir que esses mecanismos
ainda devem ser melhorados. Cirurgiões e patologistas devem ser encorajados a criar
meios de comunicação através de protocolos e uso de tecnologia de informação.
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1. Rede D’Or São Luiz S.A., Departamento de Patologia, São Paulo, SP, Brasil
Autor correspondente: Jaime Anger Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 3889, São Paulo, SP, Brasil. CEP: 01401-001, E-mail:
anger@uol.com.br
Artigo submetido: 03/11/2021.
Artigo aceito: 07/04/2022.
Conflitos de interesse: não há.