INTRODUÇÃO
O retalho em hélice, ou propeller flap, é um tipo de retalho local baseado em vasos perfurantes, definido pelo Consenso de
Tokyo (2011) como “um retalho perfurante com uma ilha de pele composta por duas partes,
uma maior e outra menor, separadas por um vaso perfurante nutridor que corresponde
ao seu eixo de rotação”1.
Foi primeiramente descrito em 1991 por Hyakusoku et al.2, que utilizaram um retalho em ilha vascularizado por vasos perfurantes, com eixo
de rotação no pedículo vascular, para o tratamento de sequelas de queimaduras.
Isso só foi possível devido ao melhor conhecimento da anatomia e da importância das
perfurantes miocutâneas ou septocutâneas. Autores como Donski & Fogdestam3 descreveram que retalhos fasciocutâneos que mantinham a vascularização através de
perfurantes poderiam ser maiores que os retalhos locais randomizados utilizados anteriormente.
Com o passar do tempo, os retalhos passaram a ser confeccionados com pontes cutâneas
cada vez menores (conhecidos também como Keystone flaps), até que alguns cirurgiões optaram por realizar retalhos em ilha, sem a conexão cutânea
do pedículo, e com arcos de rotação cada vez maiores4.
Desde então, os retalhos do tipo propeller vêm se tornando cada vez mais populares, pois apresentam diversas vantagens. Reconstroem
com tecidos semelhantes ao do defeito original, por utilizar tecidos vizinhos. Apresentam,
em geral, menor morbidade de área doadora, possibilitando muitas vezes o fechamento
primário da mesma. Também possibilitam grande arco de rotação (até 180º)5,6. Outra vantagem é que, principalmente na reconstrução de defeitos no terço distal
da perna, podem ser alternativas aos retalhos microcirúrgicos, apresentando menor
custo, menor tempo cirúrgico e sem necessidade de anastomose vascular7. Apesar destas vantagens, ainda não existem grandes ensaios clínicos comparando as
duas técnicas.
Os retalhos do tipo propeller também estão sujeitos a complicações, sendo a mais preocupante a necrose parcial
ou total do retalho. Outras complicações descritas são: epidermólise, congestão venosa
transitória, infecção, hematoma, deiscência. Ainda não estão totalmente definidos
fatores de risco para complicações5,6,8.
OBJETIVO
Apresentar série de três casos em que o retalho em hélice foi utilizado para tratamento
de sequelas de trauma em membros inferiores.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo de pacientes submetidos a reconstrução
de sequelas de membros inferiores com uso de retalho em hélice. Os casos foram operados
entre setembro de 2016 e setembro de 2018 e posteriormente acompanhados pela Disciplina
de Cirurgia Plástica da Escola Paulista de Medicina. Foi emitida aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, sob o número 0675/2019,
e obtido consentimento por escrito de todos os pacientes.
RESULTADOS
Caso 1
Paciente do sexo masculino, 35 anos, vítima de atropelamento em 2002, associado a
fratura exposta de tíbia e fíbula esquerdas. Atendido inicialmente em outro serviço
e submetido à fixação externa para estabilização das fraturas. Realizou troca do fixador
para placa e parafuso em 2003. Evoluiu no pós-operatório com osteomielite crônica,
necessitando de desbridamento em 2004. Após resolução do processo infeccioso, foi
ainda submetido a alongamento ósseo.
Encaminhado em 2016 para avaliação pelo serviço de Cirurgia Plástica da UNIFESP devido
lesão ulcerada na transição do terço médio para distal da face anterior da perna esquerda,
de difícil cicatrização (Figura 1). A lesão apresentava tecido de granulação e não havia sinais flogísticos. Realizada
biópsia incisional da lesão, com resultado negativo para malignidade. Negava tabagismo,
em tratamento para hipotireoidismo, sem outras comorbidades.
Figura 1 - Avaliação inicial da lesão ulcerada na transição da face anterior da perna esquerda
(à esquerda) e marcação da área de ressecção da lesão em perna esquerda e vasos perfurantes
próximos (à direita).
Figura 1 - Avaliação inicial da lesão ulcerada na transição da face anterior da perna esquerda
(à esquerda) e marcação da área de ressecção da lesão em perna esquerda e vasos perfurantes
próximos (à direita).
Optou-se, então, por ressecção da úlcera e área cicatricial, e posterior cobertura
com retalho propeller. A cirurgia foi realizada em 06/07/2016, com mapeamento prévio dos vasos perfurantes
próximos à lesão com Doppler portátil (Figura 1). Planejado retalho em hélice baseado em vasos perfurantes da artéria tibial posterior,
medindo 16x6cm. A dissecção do retalho foi em plano subfascial até identificação da
perfurante mais calibrosa próxima à lesão.
Após dissecção cuidadosa da artéria, o foi retalho rodado 180º para cobertura do defeito.
A área doadora foi fechada primariamente após colocação de dreno de sucção por pressão
negativa. O paciente apresentou boa evolução no pós-operatório, recebendo alta no
dia seguinte à cirurgia (Figura 2). Não houve nenhuma complicação durante o seguimento (Figura 2).
Figura 2 - Pós-operatório imediato após realização de retalho propeller (à esquerda). E pós-operatório de 12 meses do Caso 1 (à direita).
Figura 2 - Pós-operatório imediato após realização de retalho propeller (à esquerda). E pós-operatório de 12 meses do Caso 1 (à direita).
Caso 2
Paciente do sexo masculino, 36 anos, sem comorbidades prévias, não tabagista, vítima
de atropelamento em 2010. Atendido em outro serviço, com trauma cranioencefálico grave,
trauma torácico, fratura cominutiva de fêmur esquerdo, fratura de tíbia e extensa
lesão de partes moles desde região superior da coxa até tornozelo. Submetido a fixação
externa e, na mesma internação, a dois desbridamentos cirúrgicos. Não foi realizada
enxertia ou retalhos para cobertura do defeito, que cicatrizou por segunda intenção.
Foi encaminhado em 2016 ao ambulatório do serviço de Cirurgia Plástica da UNIFESP.
Apresentava ao exame inicial extensas cicatrizes em face anterior e medial da coxa,
fossa poplítea e face medial da perna. Também havia encurtamento do membro inferior
esquerdo com deformidade em genu varum, restrição na movimentação do joelho, além de área de difícil cicatrização em fossa
poplítea (Figura 3).
Figura 3 - Avaliação inicial da cicatriz, evidenciando o encurtamento do membro inferior esquerdo,
com evidência de lesão de difícil cicatrização em fossa poplítea esquerda. Marcação
do retalho em coxa posterior esquerda e vasos perfurantes (à direita).
Figura 3 - Avaliação inicial da cicatriz, evidenciando o encurtamento do membro inferior esquerdo,
com evidência de lesão de difícil cicatrização em fossa poplítea esquerda. Marcação
do retalho em coxa posterior esquerda e vasos perfurantes (à direita).
Optou-se por ressecção da área ulcerada e cobertura com retalho propeller, além de correção de cicatriz inestética em coxa. A cirurgia foi realizada em 22/07/2016,
com mapeamento das perfurantes próximas à lesão através de aparelho Doppler portátil
(Figura 3). Escolhidas duas perfurantes da artéria femoral profunda, com retalho planejado
medindo 27x6cm. Cirurgia iniciada pela incisão na face lateral do retalho e dissecção
subfascial até identificação dos dois vasos previamente mapeados. Optou-se por manter
o de maior calibre, que estava mais próximo ao defeito. Após dissecção cuidadosa do
pedículo, o restante do retalho foi liberado e rodado 180º para cobertura do defeito.
A área doadora foi fechada primariamente após colocação de dreno de sucção por pressão
negativa.
O paciente apresentou deiscência parcial de ferida operatória (Figura 4). Foi realizado desbridamento e ressutura em 02/08/2016. Teve boa evolução, sem outras
complicações durante o seguimento (Figura 5).
Figura 4 - Deiscência de ferida operatória.
Figura 4 - Deiscência de ferida operatória.
Figura 5 - Pós-operatório tardio do Caso 2.
Figura 5 - Pós-operatório tardio do Caso 2.
Caso 3
Paciente do sexo masculino, 47 anos, portador de hipertensão arterial, tabagista,
vítima de colisão automóvel x moto em 2017. Atendido em outro serviço, com fratura
de exposta de tíbia e fíbula e desenluvamento da região anterior de terço médio de
perna esquerda. Submetido a fixação externa e, na mesma internação, desbridamentos
cirúrgicos e síntese primária do defeito cutâneo pela própria equipe da ortopedia.
Evoluiu com úlcera crônica.
Foi encaminhado em 2018 ao ambulatório do serviço de Cirurgia Plástica da UNIFESP.
Apresentava ao exame inicial lesão ulcerada crônica no terço médio da face anterior
da perna esquerda (Figura 6). A lesão apresentava tecido de granulação e não havia sinais flogísticos. Realizada
biópsia incisional da lesão, com resultado negativo para malignidade.
Figura 6 - Lesão ulcerada crônica na face anterior da perna esquerda.
Figura 6 - Lesão ulcerada crônica na face anterior da perna esquerda.
Optou-se por ressecção da área ulcerada e cobertura com retalho propeller. A cirurgia foi realizada em 28/09/2018, com mapeamento prévio das perfurantes da
tibial posterior próximas à lesão através de aparelho Doppler portátil (Figura 7). Após dissecção cuidadosa do pedículo, o retalho em hélice foi liberado e rodado
90° para cobertura do defeito (Figura 7). A área doadora foi fechada primariamente após colocação de dreno de sucção por
pressão negativa (Figura 7).
Figura 7 - Marcação da área de ressecção da lesão em perna esquerda, com mapeamento da perfurante
no território do vaso tibial posterior (à esquerda). Área do defeito e retalho dissecado
em perna esquerda (meio). Pós-operatório imediato Caso 3 (à direita).
Figura 7 - Marcação da área de ressecção da lesão em perna esquerda, com mapeamento da perfurante
no território do vaso tibial posterior (à esquerda). Área do defeito e retalho dissecado
em perna esquerda (meio). Pós-operatório imediato Caso 3 (à direita).
O paciente evoluiu sem complicações durante o seguimento (Figura 8).
Figura 8 - 1º dia pós-operatório do Caso 3 (à esquerda). Pós-operatório de 6 meses (à direita).
Figura 8 - 1º dia pós-operatório do Caso 3 (à esquerda). Pós-operatório de 6 meses (à direita).
DISCUSSÃO
Os retalhos em hélice são um conceito relativamente recente e bastante promissor,
principalmente em áreas desafiadoras como a reconstrução de membros inferiores, conforme
demonstrado nos casos aqui descritos. São retalhos capazes de reconstruir defeitos
com tecidos semelhantes e pequena morbidade de área doadora, preservando os principais
vasos da região, bem como reduzindo o tempo cirúrgico e de internação.
Apesar destas vantagens, não são isentos de complicações. Em revisão de literatura
realizada por Gir et al.5, a ocorrência de necrose parcial foi de 11% e total foi de 1%. Já Nelson et al.6 encontraram 11% de necrose parcial e 5% de necrose total. Neste mesmo estudo, 82,9%
dos retalhos não tiveram complicações. Uma metanálise e revisão sistemática, publicada
em 2016 por Bekara et al.8, também chegou a resultados semelhantes: 10,5% para necrose parcial e 3,5% para necrose
total. Outras complicações descritas foram epidermólise (3,5%) e congestão venosa
transitória (3%).
Nestes trabalhos, o arco de rotação do retalho e o plano de dissecção (sub ou suprafascial)
não foram associados à ocorrência de complicações. Nos casos aqui relatados, não ocorreu
necrose parcial ou total dos retalhos, mas um deles evoluiu com deiscência parcial
de ferida operatória. Não obstante, o caso evoluiu muito bem no pós-operatório, permitindo
ao paciente ser submetido a alongamento ósseo femoral pela equipe da ortopedia, sem
comprometimento da ilha cutânea do retalho.
Classicamente, os defeitos de membro inferior, principalmente no terço distal, têm
indicação de reconstrução com retalhos microcirúrgicos. Os retalhos propeller podem ser uma alternativa menos complexa nestes casos, principalmente em defeitos
menores e moderados. Ainda não existem trabalhos comparando diretamente estas duas
técnicas, mas algumas informações importantes já estão disponíveis. Wu et al.9 reportaram uma casuística de 2019 retalhos livres, com ocorrência de 3,8% de necrose
total e 10% dos casos com necessidade de procedimento de revisão ou grandes cirurgias.
São taxas bastante semelhantes às encontradas nos grandes estudos sobre retalhos em
hélice descritos até hoje.
Um dos principais pilares desta técnica cirúrgica diz respeito à rotação do pedículo
em até 180º sem comprometer a sua patência. Alguns estudos experimentais foram realizados
para investigar este fato, com resultados contraditórios. Wong et al.10 estudaram em um modelo virtual os fatores que afetam a patência dos vasos. Observou-se
que o ângulo de rotação deveria ser no máximo de 180º, a pressão arterial mantida
constante durante a cirurgia e o diâmetro do pedículo deveria ser aproximadamente
1mm e seu comprimento maior que 30mm. Demir et al.11 e Izquierdo et al.12 também relataram que a torção de até 180º no pedículo não afeta sua patência. Por
outro lado, Tos et al.13, em estudo experimental, demonstraram que rotações de até 90° podem comprometer o
fluxo de vasos com anastomoses microcirúrgicas.
Outro ponto ainda em discussão é o tamanho máximo do retalho. Saint-Cyr et al.14 descreveram a teoria do “perforassomo”, sugerindo que os retalhos perfurantes podem
ter a sua área de vascularização aumentada a partir da abertura de vasos comunicantes
com territórios adjacentes. Segundo este trabalho, é difícil definir o tamanho seguro
para um retalho em estudos cadavéricos, pois este mecanismo compensatório ocorreria
apenas in vivo14. Na metanálise e revisão sistemática publicada por Bekara et al.8, o tamanho do retalho >100cm2 não foi fator de risco para complicações. Innocenti et al.15 analisaram 74 casos e tampouco encontraram diferença no número de complicações entre
retalhos de 5-14cm e 15-25cm.
Na série relatada, dois casos tiveram a rotação máxima possível do pedículo (180º),
sem apresentar comprometimento da vascularização ou congestão venosa, e um caso com
rotação de 90° sem prejuízo vascular. O maior retalho, com 27x6cm, pode ter evoluído
com deiscência parcial devido à tensão da região e por se tratar de área flexora na
região poplítea.
Como método diagnóstico, a maior parte dos estudos utiliza o Doppler acústico portátil
para o mapeamento das perfurantes8. Este método tem sucesso na identificação dos vasos em até 80% dos casos16. Tem como principais vantagens a praticidade, o baixo custo e a possibilidade de
uso intraoperatório. Como limitação podemos citar a impossibilidade de mapear perfurantes
em profundidades maiores que 20mm, além de não determinar o calibre dos vasos e seu
fluxo, bem como pode confundir as perfurantes com outros vasos.
Outro exame de imagem disponível é o ultrassom com Doppler colorido, que tem como
principal conveniência a capacidade de obter informações relacionadas ao diâmetro
e fluxo dos vasos. No entanto, depende de um examinador experiente e é mais demorado
que as outras alternativas.
A angiografia por tomografia computadorizada é um método que avançou muito nos últimos
anos, que permite identificar perfurantes de 0,3 a 0,5mm, além de avaliar seu tamanho,
localização e percurso tridimensional com alta sensibilidade e especificidade. As
principais desvantagens estão o uso de contraste, radiação ionizante e maior custo.
A ressonância magnética também pode ser utilizada, apesar de alguns estudos apontarem
uma acurácia reduzida no diagnóstico de perfurantes com diâmetro menor que 1mm17. Neste estudo foi utilizado apenas o Doppler acústico portátil, sem maiores dificuldades
na identificação das perfurantes.
Além de fatores relacionados a técnica e planejamento cirúrgico, fatores clínicos
do paciente podem influenciar o resultado final. No estudo publicado por Bekara et
al.8, idade acima de 60 anos (RR=1,61; p=0,03), arteriopatia (RR=3,12; p=0,01) e diabetes (RR=2,0; p=0,02) foram associados a maior risco de eventos adversos. Já o tabagismo não atingiu
significância estatística como fator de risco, com risco relativo de 1,96 (0,99 a
3,90 no intervalo de confiança de 95%) e p=0,068. Os pacientes deste estudo não eram tabagistas e dois apresentavam comorbidades (hipotireoidismo
e hipertensão arterial).
CONCLUSÃO
Os retalhos em hélice são uma boa opção para cobertura de defeitos nos membros inferiores.
Nos casos aqui descritos, apresentaram bom resultado pós-operatório, sem complicações
graves.
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Autor correspondente: Roney Gonçalves Fechine Feitosa Rua Botucatu, 740, 2º andar, São Paulo, S P, Brasil CEP: 04023-900 E-mail: roneyfechine@gmail.com
Artigo submetido: 20/05/2021.
Artigo aceito: 14/07/2021.
Conflitos de interesse: não há.
Instituição: Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, São Paulo,
S P, Brasil.