INTRODUÇÃO
Há muito tempo cirurgiões plásticos e ginecologistas trabalham em reconstruções vulvares
relacionadas às cicatrizes de episiotomias e defeitos musculares funcionais na incontinência
urinária1, 2. O termo cirurgia genital feminina engloba várias técnicas com o objetivo de melhorar
a área vulvar feminina, tanto estética quanto funcionalmente3.
O campo da cirurgia plástica vulvar e vaginal feminina engloba um conjunto de intervenções
cirúrgicas e não cirúrgicas muito amplas, dentre elas, a cirurgia de redução de pequenos
lábios (chamada de labioplastia ou ninfoplastia), os procedimentos de rejuvenescimento
genital, cirurgias de redução ou aumento de grandes lábios, lipoaspiração de monte
do púbis, himenoplastia, intervenções sobre o ponto G e clitóris e procedimentos de
clareamento vulvar4, 5, 6, 7.
A demanda por essas cirurgias vem crescendo cada vez mais. Segundo a Sociedade Americana
de Cirurgia Plástica Estética, houve um aumento de 14% na demanda por essas cirurgias
de 2014 para 2015, correspondendo a um crescimento de quase 220% nos últimos 5 anos.
Atualmente, é praticada por mais de 25% dos cirurgiões plásticos8.
A reverência ao corpo e sua aparência constitui um importante recurso para obtenção
de autoestima e bem-estar feminino. Dessa maneira, influencia não só nos aspectos
ligados à vaidade, mas também naqueles que intervêm na saúde, em todos os seus aspectos.
Nesse contexto, a plástica genital feminina tem sido uma das mais procuradas nos últimos
cinco anos, principalmente por mulheres esteticamente insatisfeitas e que procuram
uma vida sexual e social mais saudável e prazerosa2, 4.
Sentimentos de sofrimento emocional são comuns nessas mulheres, impactando significativamente
em sua autoestima, sexualidade, higiene e funcionalidade vulvar. Várias queixas físicas
envolvendo os pequenos lábios foram relatadas, incluindo dor, infecção, desconforto
durante várias atividades físicas (incluindo relações sexuais) e dificuldades com
a higiene pessoal4, 9.
Observou-se que o principal motivo da consulta das mulheres que desejam a labioplastia,
principalmente, se dá por insatisfação emocional com a aparência genital e com as
relações sexuais, referindo ansiedade ou inibição10.
Dessa forma, esta pesquisa buscou quantificar o interesse das mulheres assistidas
pelo Centro de Atenção à Mulher (CAM) de Rio do Sul-SC nestes procedimentos, entendendo
quais os motivos da insatisfação e mostrando como a estética íntima pode interferir
na vida das pacientes. Tendo, portanto, como objetivo avaliar o interesse das mulheres
assistidas pelo CAM de Rio do Sul em cirurgias estéticas íntimas.
OBJETIVO
Avaliar o interesse de um grupo de mulheres assistidas pelo CAM de Rio do Sul em cirurgias
estéticas íntimas, avaliando causas estéticas e funcionais que influenciam no interesse.
MÉTODOS
Esta pesquisa caracteriza-se por ser um estudo observacional do tipo transversal quantitativo
e qualitativo, de campo e exploratório. A pesquisa ocorreu no CAM de Rio do Sul-SC.
A população do presente estudo foram mulheres, com idade entre 18 e 54 anos, atendidas
pelos serviços de Ginecologia no período de fevereiro a março de 2021. Todas as pacientes
que preenchiam os critérios de inclusão foram convidadas a participarem da pesquisa.
Como estimativa amostral, utilizou-se uma média dos atendimentos realizados/dia, assim,
esperava-se 150 pacientes a serem entrevistadas. Ao final do período de coleta, foram
entrevistadas 100 mulheres, de acordo com o cálculo amostral de Medronho11; nesta pesquisa a amostra teve um IC 91,5%.
Os questionários foram aplicados, em abordagem pré-consulta ginecológica, nas pacientes
sexualmente ativas e inativas, que são atendidas pelo CAM. Foram excluídas as que
realizaram cirurgias e/ou procedimentos estéticos íntimos anteriores ou tivessem déficits
cognitivos que dificultam a aplicação do questionário (Figura 1).
Figura 1 - Fluxograma de inclusão e exclusão de pacientes na pesquisa.
Figura 1 - Fluxograma de inclusão e exclusão de pacientes na pesquisa.
Como instrumento de pesquisa, foi utilizado um questionário semiestruturado elaborado
pelos autores, no qual se subdivide em quatro blocos temáticos: Caracterização da
Amostra; História Pregressa; Avaliação da Aparência Íntima, nesse bloco utilizando
a classificação de Graus de Hiperplasia de Pequenos Lábios, segundo Colaneri12; e Conhecimento Acerca de Cirurgia Estética Íntima. O projeto foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP), com o número de parecer 4.372.410.
Os dados foram tratados e agrupados segundo as variáveis do estudo. A organização
do banco de dados foi feita por meio de uma planilha específica no programa Microsoft
Excel e após foi transferida ao programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 26.0 (IBM Corporation, Armonk, Nova York, EUA). Realizou-se análise
descritiva dos resultados representando as variáveis quantitativas por média e desvio-padrão
e as qualitativas por número absoluto e porcentagem.
RESULTADOS
Como pode-se observar na Tabela 1, sobre a caracterização da amostra, a média de idade foi de 37,56±12,96 anos. Das
100 pacientes a grande maioria era casada (54%), católica (61%) e possuía o ensino
médio completo (34%). Além disso, pode-se observar que 86% referiram atração pelo
sexo oposto (heterossexuais) e, em média, as pacientes apresentavam-se em sobrepeso
(Índice de Massa Corporal - IMC - 26,65 kg/m2).
Tabela 1 - Características da Amostra (n=100).
Características da Amostra |
média ±DP ou n (%) n=100 |
Idade (anos) |
37,56±12,96 |
Estado civil |
|
Solteira |
14 (14,0) |
Namorando |
26 (26,0) |
Casada |
54 (54,0) |
Divorciada |
3 (3,0) |
Viúva |
3 (3,0) |
Religião |
|
Sem religião |
7 (7,0) |
Católica |
61 (61,0) |
Protestante |
15 (15,0) |
Espírita |
7 (07,0) |
Outras |
7 (07,0) |
Adventista |
3 (3,0) |
Escolaridade |
|
Ensino fundamental incompleto |
17 (17,0) |
Ensino fundamental completo |
9 (09,0) |
Ensino médio incompleto |
19 (19,0) |
Ensino médio completo |
34 (34,0) |
Ensino superior incompleto |
9 (09,0) |
Ensino superior completo |
6 (06,0) |
Pós-graduação |
6 (06,0) |
Mestrado |
0 (0,00) |
Doutorado |
0 (0,00) |
Pós-doutorado |
0 (0,00) |
Orientação sexual |
|
Heterossexual |
86 (86,0) |
Homossexual |
2 (02,0) |
Bissexual |
4 (04,0) |
Não Responderam |
8 (08,0) |
IMC (Índice de Massa Corporal) = kg/m2 |
26,65±5,8 |
Tabela 1 - Características da Amostra (n=100).
Já referente à relação das pacientes com sua estética íntima, pode-se pontuar que
a maioria das pacientes considerava a estética íntima muito importante (61%) e a maior
parte estava satisfeita (62%). Boa parcela das pacientes em algum momento se sentiu
constrangida por sua estética íntima (47% às vezes, 5% sempre) e esse constrangimento
era por vezes relacionado com uso de roupas como biquínis, calcinhas e leggings (36%
às vezes, 13% sempre).
A maioria das pacientes não apresentava desconforto ou dor com roupas (59%) e estava
satisfeita com a coloração e lubrificação das suas genitálias (75% e 48%, respectivamente).
Sobre a interferência no dia a dia, 65% das mulheres assinalaram que sempre tinham
interferência e 20% às vezes. A interferência na vida sexual e psicossocial não se
mostrou presente na maioria dos casos (68% e 52%, respectivamente), conforme exposto
na Tabela 2.
Tabela 2 - Relação com estética íntima (n=100).
Relação com estética íntima |
média ±DP ou n (%) n=100 |
Satisfação com a estética íntima |
|
Muito satisfeita |
17 (17,0) |
Satisfeita |
62 (62,0) |
Pouco satisfeita |
16 (16,0) |
Indiferente |
5 (5,0) |
Importância |
|
Muito importante |
61 (61,0) |
Importante |
35 (35,0) |
Pouco importante |
2 (2,0) |
Irrelevante |
3 (03,3) |
Constrangimento devido estética íntima |
|
Sempre |
5 (05,0) |
Às vezes |
47 (47,0) |
Nunca |
40 (40,0) |
Indiferente |
7 (07,7) |
Desconforto ou dor com roupas |
|
Sempre |
10 (10,0) |
Às vezes |
30 (30,0) |
Nunca |
59 (59,0) |
Indiferente |
1 (01,0) |
Constrangimento com roupas (biquínis, roupas íntimas e leggings) |
|
Sempre |
13 (13,0) |
Às vezes |
36 (36,0) |
Nunca |
47 (47,0) |
Indiferente |
4 (04,0) |
Satisfação com coloração |
|
Satisfeita |
75 (75,0) |
Insatisfeita |
24 (24,0) |
Não responderam |
1 (01,0) |
Satisfação com lubrificação |
|
Muito satisfeita |
38 (38,0) |
Satisfeita |
48 (48,0) |
Pouco satisfeita |
8 (08,0) |
Indiferente |
5 (05,0) |
Não responderam |
1 (01,0) |
Interferência psicossocial |
|
Sempre |
10 (10,0) |
Às vezes |
26 (26,0) |
Nunca |
52 (52,0) |
Indiferente |
10 (10,0) |
Não responderam |
2 (02,0) |
Interferência na vida sexual |
|
Sempre |
9 (09,0) |
Às vezes |
15 (15,0) |
Nunca |
68 (68,0) |
Indiferente |
7 (07,0) |
Não responderam |
1 (01,0) |
Interferência no dia a dia |
|
Sempre |
65 (65,0) |
Às vezes |
20 (20,0) |
Nunca |
6 (06,0) |
Indiferente |
8 (08,0) |
Não responderam |
1 (01,0) |
Tabela 2 - Relação com estética íntima (n=100).
Na Tabela 3, pode-se observar que, das 100 pacientes, a grande maioria não possuía conhecimento
sobre as cirurgias de estéticas íntimas e, além disso, uma parcela significativa (32%)
tinha interesse em realizar algum tipo de cirurgia de estética íntima.
Tabela 3 - Cirurgia estética íntima (n=100).
Características da amostra |
média ±DP ou n (%) n=100 |
Conhecimento |
|
Sim |
10 (10,0) |
Não |
87 (87,0) |
Não responderam |
3 (3,0) |
Interesse |
|
Sim |
32 (32,0) |
Não |
63 (63,0) |
Não Responderam |
5 (05,0) |
Tabela 3 - Cirurgia estética íntima (n=100).
Ao analisarmos a Tabela 4, nota-se que a maior parte das pacientes não possui nenhum grau de Hipertrofia de
Pequenos Lábios (Figura 1), mas que um número relevante de pacientes (9%) apresenta graus maiores (3 - pequenos
lábios maiores que 5cm e 4 - pequenos lábios maiores que 6cm).
Tabela 4 - Hiperplasia de pequenos lábios (n=100).
Grau de hiperplasia de pequenos lábios |
média±DP ou n (%) n=100 |
Graus de hiperplasia (Colaneri)12 |
|
Grau 0 (> 1cm) |
49 (49,0) |
Grau 1 (> 1 > 3cm) |
24 (24,0) |
Grau 2 (> 3 < 5cm) |
14 (14,0) |
Grau 3 (> 5cm) |
7 (07,0) |
Grau 4 (> 6cm) |
2 (02,0) |
Não responderam |
4 (04,0) |
Tabela 4 - Hiperplasia de pequenos lábios (n=100).
DISCUSSÃO
Os achados obtidos com a pesquisa indicaram que houve um interesse geral na realização
de cirurgias de estética íntima. Das 100 mulheres entrevistadas, 32 apresentavam interesse
em realizar algum tipo de cirurgia de estética íntima.
Os resultados obtidos, que indicaram interesse em aproximadamente 32% das mulheres
entrevistadas, corroboram com as constatações de Lima13, em que 35% demonstraram interesse na realização de procedimentos de estética íntima
e 20% de interesse nos procedimentos cirúrgicos para embelezamento íntimo. Nos estudos
de Kalaaji et al.14 houve interesse geral na realização de cirurgias de estética íntima, conforme evidenciado
neste estudo (22,6%). Em contrapartida, ao procurar estudos mais recentes, não se
encontram dados referentes ao interesse nesses procedimentos. No entanto, Placik &
Devgan8 mostram o aumento exponencial da procura na Internet por procedimentos de lipoaspiração
de monte de púbis e labioplastia entre 2018 e 2019.
Atualmente, cada vez mais a estética íntima ganha espaço, visto que as mulheres se
sentem mais empoderadas e encorajadas a falar sobre sua sexualidade. Além disso, a
mídia e a globalização trouxeram a idealização pelo corpo perfeito10. As mulheres desejam os procedimentos estéticos íntimos, na maior parte a labioplastia,
por razões estéticas - por exemplo, para reduzir a autoconsciência em situações públicas
e os sentimentos de feiura e anormalidade.
As razões funcionais são, por exemplo, para reduzir o desconforto, irritação ou dor
durante atividades (não sexuais, por exemplo, irritação na roupa ou durante atividades
esportivas). As razões sexuais são para diminuir a dispareunia ou o medo de avaliação
negativa por um parceiro sexual ou autoconsciência durante a intimidade. Por vezes,
tiveram uma experiência ruim com comentários negativos ou foram provocadas por sua
aparência genital.
Os fatores que influenciam a decisão de se submeter à labioplastia são: a mídia, os
relacionamentos e o bem-estar psicológico15. Sharp et al. caracterizaram as motivações das mulheres como motivações de “aparência”,
“funcional”, “sexual” e “psicológica”, conforme comumente relatado8, 15, 16. Além disso, Pardo et al.17 relataram que entre as indicações de labioplastia estavam causas estéticas em 95,4%,
funcionais em 37,2% e psicológicas em 17,4%.
Ao analisar o interesse no procedimento segundo a faixa etária, observa-se que 28%
das pacientes tinham menos de 30 anos, 34% tinham entre 35-40 anos e 37,5% tinham
mais que 40 anos. Comparando com a literatura, esses dados vão ao encontro com o estudo
de Müllerová & Weiss, que mostra que a prevalência desses procedimentos é maior em
pacientes da faixa etária de 25-35 anos, havendo uma segunda onda de procura entre
os 40-50 anos16. Acredita-se que o maior interesse e a maior prevalência desses procedimentos se
dão nessa faixa etária devido aos efeitos da puberdade e menopausa.
Além do alto interesse pelos procedimentos, a insatisfação com a estética íntima foi
um ponto alarmante do estudo. Das pacientes estudadas, 16% estavam insatisfeitas com
sua estética íntima, o que vai ao encontro com vários estudos realizado no Brasil,
como o de Lima13, que apontou 15,3% de insatisfação, estatística que se repete em estudos internacionais
como o de Sharp et al.9, que apontou aproximadamente 17% das mulheres insatisfeitas.
Das pacientes que se mostraram insatisfeitas, 68,75% tinham interesse em realizar
algum procedimento de estética íntima. Da mesma maneira, no grupo formado pelas pacientes
que responderam se sentirem constrangidas (sempre e às vezes) 48,97% tinham interesse
de realizar alguma intervenção íntima. Esses dados mostram que os aspectos estéticos
e psicológicos são os maiores motivadores para os procedimentos1, 8, 16, 18, 19.
Ao recorrer a características físicas/estruturais, observando o questionário de graus
de Hipertrofia de Pequenos Lábios (HPL), as pacientes que apresentavam graus mais
severos de hipertrofia, graus 3 e 4 na Classificação de Colaneri12 tinham em média mais interesse na realização de cirurgias de estética íntima (100%).
Ao comparar com a literatura, não se encontra dados associando a prevalência dos procedimentos
aos graus de HPL. Tal fato mostra que, além do componente mental de como a mulher
se relaciona com sua estética íntima, existe o componente físico, que está diretamente
ligado à maior procura por tais tipos de cirurgias. Ainda nesse estudo, observa-se
que as pacientes com graus 3 e 4 de HPL sofrem mais com constrangimento e desconforto.
Sendo assim, é importante que essas avaliações sejam realizadas e sistematizadas em
sistemas de saúde.
Ao observar-se o conhecimento das mulheres sobre os tipos de cirurgia de estética
íntima, a imensa maioria (87%) das pacientes não tinha conhecimento sobre nenhuma
cirurgia de estética íntima. Já ao avaliar as mulheres que responderam ter conhecimento
sobre os procedimentos, 50% tinham interesse em realizar um procedimento de estética
íntima. Isso corrobora com a hipótese de que talvez o interesse em realizar esses
procedimentos não seja maior por falta de conhecimento acerca desse tipo de cirurgia.
Por fim, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Estética, em 2017,
o Brasil realizava aproximadamente 21 mil labioplastias por ano, ocupando o primeiro
lugar no ranking mundial, número inferior ao interesse mostrado pela população do estudo. Além disso,
estudos como os de Sharp et al.15 e Veale et al.19 relatam que a maior parte dos pacientes fazem as cirurgias através de sistemas particulares.
CONCLUSÕES
Os resultados obtidos indicaram interesse considerável na realização de procedimentos
de estética íntima. Tal interesse pode estar relacionado com o crescente empoderamento
feminino, que abre espaço para uma maior expressão sexual e, assim, maior liberdade
de procura por procedimentos do cunho de embelezamento íntimo. Ademais, pode estar
intimamente ligado com a crescente busca pelo corpo ideal proposto pela mídia.
Devido à importância dada a estética íntima na interferência física, psicossocial,
sexual e cotidiana, além do desconforto e constrangimento que levam as pacientes à
procura médica especializada, com importante impacto na qualidade de vida dessas pessoas8, 15, 16, é imperativo que recursos adequados sejam alocados para maior fornecimento de tais
procedimentos no Sistema Único de Saúde para a população do Brasil.
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1. Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, Rio do Sul,
SC, Brasil.
Autor correspondente: Luiz Eduardo Mendes Zanis Rua Brasil, 673, Rio do Sul, SC, Brasil CEP: 89165-634 E-mail: luiz.zanis@unidavi.edu.br
Artigo submetido: 07/06/2021.
Artigo aceito: 07/04/2022.
Conflitos de interesse: não há.
Instituição: Centro de Atenção à Mulher de Rio do Sul, Rio do Sul, SC, Brasil.