INTRODUÇÃO
O uso da gordura como preenchedor autólogo na reconstrução mamária teve início em
1895 com Czerny, que utilizou um lipoma da paciente para reconstruir a mama1. Sua utilização caiu em desuso pela morbidade da área doadora quando se deseja utilizar
grandes volumes de tecido. Porém, com a descrição da técnica de extração de gordura
com cânulas, chamada de lipoaspiração, ofereceu-se aos cirurgiões plásticos uma importante
ferramenta para coleta de gordura como preenchedor autólogo, com baixa morbidade2.
Porém, devido às limitações técnicas da época, um número elevado de complicações como
perda do enxerto e esteatonecrose que levavam a calcificações mamárias, e aos recursos
tecnológicos de diagnóstico por imagem disponíveis que não conseguiam diferenciar
as calcificações por esteatonecrose das microcalcificações mamárias, o comitê de novos
procedimentos da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica em 1987 contraindicou a
enxertia de gordura na mama devido à possibilidade das calcificações da esteatonecrose
poderem comprometer o diagnóstico de neoplasias precoces da mama na mamografia.
A partir de 2005, com a evolução da técnica de lipoaspiração e de enxertia de gordura,
associada à evolução tecnológica dos métodos de diagnóstico por imagem, novos trabalhos
mostraram a evolução da técnica de enxertia de gordura nas mamas, com menor incidência
de complicações localmente3,4,5,6.
Em 2011 são publicados os primeiros trabalhos que mostram a segurança oncológica na
enxertia de gordura em pacientes com neoplasia de mama e submetidas a reconstrução
mamária, aumentando a sua utilização em pacientes com câncer de mama7,8,9,10,11,12,13.
Apesar da facilidade da coleta de enxerto de gordura, o principal obstáculo para sua
utilização é a alta taxa de absorção, que varia de 20 a 90%14,15,16,17. Com o propósito de melhorar as taxas de integração do enxerto de gordura, com um
menor número de intervenções cirúrgicas nas pacientes, inovações em cada etapa do
método de preparo do tecido gorduroso foram propostas18.
As características mais importantes para o sucesso do enxerto de gordura são: idade
da paciente, escolha da área doadora, a técnica da coleta de gordura, o instrumento
para coleta de gordura, o processamento da gordura, a técnica de injeção e o preparo
da área receptora19,20.
O uso de cânulas de lipoaspiração com maior diâmetro isoladamente apresenta maiores
taxas de coleta de adipócitos viáveis em modelos experimentais14,21.
Além do diâmetro do tubo da cânula, o tamanho e o número dos orifícios são importantes
para a coleta22. Foram propostas cânulas de 2mm de diâmetro com quatro orifícios de 600µm, e cânulas
multiperfuradas com orifícios de 1mm para microenxertos na face23.
Além da cânula de coleta de enxerto de gordura de Coleman™ de 3mm de diâmetro com
dois furos, e que não foi concebida para a finalidade de enxertia de gordura na mama,
há poucas propostas de inovação no instrumento de coleta de gordura para diminuir
o trauma nos adipócitos e melhorar as taxas de viabilidade e integração dos enxertos
de gordura quando se deseja coletar maior volumes de enxerto de gordura para uso que
não a face24,25.
OBJETIVO
Apresentar uma inovação para cânula de lipoaspiração, confeccionada para coleta de
microenxertos de gordura para uso em pacientes submetidas a mastectomia, que desejam
reconstruir suas mamas e otimizar seu resultado estético final.
MÉTODOS
Este é um estudo primário, experimental, prospectivo, comparativo e controlado, realizado
de março de 2016 a março de 2017, na Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP),
apresentado ao Comitê de Ética e Pesquisa da UNIFESP, tendo recebido o número 6331150116.
Foi realizada a busca de anterioridade de patentes nos bancos de dados internacionais:
Espacenet, The United States Patent and Trademark Office (USPTO), World Intellectual
Property Organization (WIPO), China National Intellectual Property (CNIPA) e Japan
Patent Office (JPO), o banco de dados do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual
(INPI), o software PatBase e o Google Patents, com as palavras chaves e classificações: cannula, liposuction,
orifice, neoplasia, A61B, A61M.
Para o estudo experimental, foi realizado o desenvolvimento e a confecção de um protótipo
de cânula em aço cirúrgico para coleta de gordura com 10 furos na extremidade distal
com 2mm de diâmetro cada, em um tubo oco de diâmetro luminal de 4mm com 35cm de comprimento,
com acoplador na sua extremidade proximal para seringa de 60ml com ponta tipo cateter
e para adaptador para aparelho de aspiração para armazenamento da gordura a ser utilizada,
com o objetivo de coleta de enxerto de gordura em blocos de tecido gorduroso de até
2mm de diâmetro (microenxertos) (Figura 1).
Figura 1 - Detalhe do desenho e disposição dos orifícios do protótipo de cânula de 10 furos.
Figura 1 - Detalhe do desenho e disposição dos orifícios do protótipo de cânula de 10 furos.
Foi realizado o experimento comparando a eficiência de aspiração do protótipo com
dois modelos de cânula de lipoaspiração de diâmetro luminal de 4mm e comprimento de
35cm, de desenho padrão da indústria e de uma mesma marca (três furos com desenho
tipo Mercedes, e cinco furos de desenho tipo PitanguyTM) todas confeccionadas pela mesma empresa (Richter®, São Paulo, Brasil), considerando o mesmo material e a mesma resistência dos tubos
(Figura 2).
Figura 2 - Cânula de 10 furos (protótipo), cânula de três furos tipo Mercedes, e cânula de cinco
furos tipo PitanguyTM.
Figura 2 - Cânula de 10 furos (protótipo), cânula de três furos tipo Mercedes, e cânula de cinco
furos tipo PitanguyTM.
Foi realizado um piloto, com modelo de aspiração de água sobre pressão contínua de
30mmHg, 20mmHg, 10mmHg, e comparado o peso aspirado de quatro medidas das três cânulas
em 30”, 60” e 90”. Foi utilizado o aspirador cirúrgico Aspirotec III (empresa Sismatec,
Curitiba, Brasil), a uma balança digital modelo EHA251 de 0,1gr de acurácia e capacidade
de 500gr (Camry electronic, Guangdong, China). Como não houve diferença estatística
no volume aspirado de água entre as diferentes pressões nos diferentes tipo de cânula,
ficou definida a pressão de aspiração em 10mmHg, em 10 medidas, das três cânulas em
30”, 60” e 90”.
Foi então realizado o experimento de aspiração de substância viscosa (óleo de soja,
de densidade 0,891gr/ cm3) sobre pressão contínua de 10mmHg, e comparado o peso aspirado de 10 medidas das
três cânulas em 30”, 60” e 90”. Foi utilizado o aspirador cirúrgico Aspirotec III
(empresa Sismatec, Curitiba, Brasil), a uma balança digital modelo EHA251 de 0,1gr
de acurácia e capacidade de 500gr (Camry electronic, Guangdong, China)26.
Para análise dos resultados, foram aplicadas a análise de variância de Friedman para
cada um dos desenhos de cânulas estudando a velocidade de aspiração de gramas de óleo
de soja/segundo nos tempos 30”, 60”, e 90”; e a análise de variância de Kruskal-Wallis
para comparar os três tipos de desenhos de cânulas, nos tempos 30”, 60”, e 90” separadamente27.
Em todos os testes foi fixado em 0,05 ou 5% o nível de significância.
RESULTADOS
Foram encontradas quatro patentes de alta relevância (catálogo de produtos da empresa
Tulip Medical - Cânula “Sorensen Harvested’ e “Sforza Harvester; WO 2014074606 (A1)
- adjustabel liposuction cannula; US 8333740 B2 - tissue transfer cannula; e US 2008/0167613 - closed system and method for atraumatic, low pressure, continuous harvesting, processing,
and grafting of lipoaspirate) e uma patente de média relevância (US 5817050 A - liposuction cannula), que diferem do modelo de utilidade proposto quando se comparam o tipo de desenho
da extremidade distal das cânulas estudadas e a função dos instrumentos identificados.
O peso em gramas de óleo de soja aspirado por segundo foi maior no grupo da cânula
de cinco furos (Tabela 1), seguido do grupo da cânula de três furos, e do grupo da cânula de 10 furos nos
tempos 30”, 60” e 90” quando realizada a análise de variância de Friedman (30”x 60”x
90”) (Figura 3).
Tabela 1 - Comparação do peso de óleo de soja aspirado a 10mmHg nos diferentes tipos de furação
das cânulas de 4mm de 35cm de comprimento.
Cânula 3 furos |
Cânula 5 furos |
Cânula 10 furos |
30” |
60” |
90” |
30” |
60” |
90” |
30” |
60” |
90” |
17,2 |
52,5 |
70,1 |
20 |
39,5 |
62,3 |
15,9 |
31,4 |
47 |
17,9 |
36,1 |
54,9 |
18 |
37,5 |
58,8 |
16,1 |
31,9 |
47,5 |
19,4 |
37,6 |
57 |
17,3 |
36,4 |
55,7 |
16,1 |
31,7 |
47,7 |
19,1 |
37,6 |
56,5 |
19 |
37 |
55,6 |
16 |
31,9 |
47,4 |
17,4 |
34,4 |
51,1 |
18,6 |
37,1 |
55,4 |
15,7 |
31,4 |
48,3 |
17,4 |
32,9 |
50 |
18,8 |
38 |
55 |
15,7 |
31,4 |
47,2 |
16,7 |
32,9 |
49,3 |
19 |
37 |
54,6 |
15,7 |
31,3 |
46,9 |
18,5 |
35,9 |
53,9 |
20 |
39 |
57,4 |
15,4 |
30,6 |
46,6 |
17,3 |
35,3 |
51,4 |
18,8 |
37,4 |
56,5 |
15,4 |
31,5 |
47,1 |
12,1 |
23,4 |
45,9 |
19,1 |
37,7 |
57,5 |
21,4 |
42,9 |
57,4 |
Media 17,3 |
35,9 |
54,0 |
18,9 |
37,7 |
56,9 |
16,3 |
32,6 |
48,3 |
Mediana 17,4 |
35,6 |
52,7 |
18,9 |
37,4 |
56,1 |
15,8 |
31,4 |
47,3 |
Análise de variância de Friedman (30”x60”x90”) |
Cânula de 3 furos |
Cânula de 5 furos |
Cânula de 10 furos |
X2r= 20,00
|
X2r= 20,00
|
X2r= 20,00
|
(p<0,0001)
|
(p<0,0001)
|
(p<0,0001)
|
90”>30” |
90”>30” |
90”>30” |
Análise de variância de Kruskal-Wallis (30”x60”x90”) |
30” |
60” |
90” |
H= 12,69 |
H= 12,70 |
H= 13,89 |
p=0,0018
|
p=0,0017
|
p=0,0010
|
Cânula de 5 furos >10 furos |
Cânula de 5 furos >10 furos |
Cânula de 5 furos >10 furos |
Cânula de 5 furos > 3 furos |
Cânula de 5 furos > 3 furos |
Cânula de 5 furos > 3 furos |
Tabela 1 - Comparação do peso de óleo de soja aspirado a 10mmHg nos diferentes tipos de furação
das cânulas de 4mm de 35cm de comprimento.
Figura 3 - Análise de variância de Friedman para cada um dos desenhos de cânulas estudando a
velocidade de aspiração de gramas de óleo de soja/ segundo nos tempos 30”, 60” e 90”.
Figura 3 - Análise de variância de Friedman para cada um dos desenhos de cânulas estudando a
velocidade de aspiração de gramas de óleo de soja/ segundo nos tempos 30”, 60” e 90”.
Quando se comparou o peso aspirado de óleo de soja por segundo entre os grupos cânula
cinco furos X cânula três furos X cânula de 10 furos, a cânula de cinco furos aspirou
maior quantidade de óleo de soja por segundo, mas não houve diferença estatística
entre o peso de óleo de soja aspirado por segundo entre os grupos cânula de três furos
e cânula de 10 furos pelo teste de Kruskal-Wallis (Figura 4).
Figura 4 - Análise de variância de Kruskal-Wallis comparando os três tipos de desenhos de cânulas,
nos tempos 30”, 60”, e 90” separadamente.
Figura 4 - Análise de variância de Kruskal-Wallis comparando os três tipos de desenhos de cânulas,
nos tempos 30”, 60”, e 90” separadamente.
DISCUSSÃO
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo depois dos de
pele não melanoma. É o mais comum entre as mulheres, respondendo por 25% dos casos
novos a cada ano. Nos homens ele representa 1% do total dos casos da doença. No Brasil,
a estimativa era de 66.280 novos casos para o ano de 2020. No ano de 2019 o número
de mortes por câncer de mama foi de 18.285, sendo 227 homens e 18.068 mulheres28.
Pacientes mastectomizadas submetidas a reconstrução mamária têm maior qualidade de
vida, autoestima, e melhora da sexualidade quando comparadas às pacientes não reconstruídas29,30.
O enxerto de gordura isoladamente ou associado à técnica de reconstrução com tecido
autólogo ou aloplástico tem por objetivo melhorar a qualidade da reconstrução, principalmente
na pele irradiada13.
Em 2015 foi publicada uma revisão sistemática sobre enxerto de gordura que concluiu
que embora haja diferença na sobrevida dos adipócitos de acordo com a coleta com cânulas
de lipoaspiração de diferentes tipos de desenhos e diâmetros em modelos experimentais,
quando realizados em seres humanos esta diferença não é significativa18.
Em 2016 uma nova revisão sistemática não identificou diferenças entre os diferentes
tipos de diâmetro das cânulas para um mesmo desenho na viabilidade dos enxertos de
gordura31.
O desenvolvimento de novas cânulas para coleta de enxerto de gordura faz-se necessário
para diminuir a incidência de complicações locais como a diminuição de volume e a
necessidade de novas intervenções cirúrgicas para volumização das mamas.
A definição da coleta de blocos mais simétricos de gordura de até 2,0mm de diâmetro
para uso como enxerto de gordura, que fosse coletada e armazenada em seringas ou em
reservatório de maior dimensão com o uso de um aspirador, de forma menos traumática
e com baixa morbidade na área doadora, com a possibilidade de menos intervenções cirúrgicas
neste grupo de pacientes para atingir o resultado planejado, e que não prolongasse
de forma significativa o tempo cirúrgico com aumento da morbidade do procedimento
nas pacientes, foram as principais motivações que levaram a elaborar uma proposta
de modelo de utilidade para a patente INPI MU 6602563-0 U2.
Ele apresenta um novo desenho na sua extremidade distal, com 10 orifícios de diâmetro
fixo de 2,0mm, com um diâmetro interno da cânula de 4,0mm e comprimento de 35cm, com
o único objetivo de coleta menos traumática e mais eficiente de gordura, possivelmente
com maior número de adipócitos viáveis e aumento da possibilidade de integração no
leito receptor, para uso em reconstrução mamária.
A espessura do enxerto e sua forma geométrica são inversamente proporcionais à sobrevida
do enxerto de gordura, se o diâmetro do enxerto exceder 3,0mm de diâmetro (raio de
1,5 + 5mm). Portanto, o tamanho do bloco de gordura escolhido de até 2,0mm de diâmetro
tem maior chance de integrar-se ao leito receptor, quando analisado este critério
isoladamente na coleta, definido pelo tipo de cânula a ser utilizado32,33,34,35,36,37.
A dimensão do bloco de gordura de microenxertos de até 2,0mm é determinada pelo diâmetro
do orifício de 2,0mm na extremidade distal por onde entra a gordura na cânula de coleta,
em um tubo liso e menos traumático, e, além de promover maior possibilidade de sobrevida
do adipócito no leito receptor e maior possibilidade de integração desta gordura,
as dimensões da cânula (comprimento, diâmetro, número e posicionamento dos orifícios)
permitem coletar uma maior quantidade de gordura em um menor tempo cirúrgico, e, portanto,
um menor número de intervenções cirúrgicas necessárias para a volumização da mama
reconstruída com enxerto autólogo de gordura. Não houve diferença na velocidade de
aspiração de óleo de soja entre a cânula tipo Mercedes de três furos e a cânula protótipo
de 10 furos.
CONCLUSÃO
A inovação apresentada com a confecção de um protótipo de 10 furos de 2mm de diâmetro
na sua extremidade distal foi desenvolvida para coleta eficiente de blocos de gordura
de até 2mm para uso na reconstrução mamária, e apresentou a mesma eficiência de aspiração
da substância viscosa óleo de soja quando comparada à cânula de desenho tipo Mercedes
de três furos de desenho padrão da indústria.
REFERÊNCIAS
1. Delay E, Guerid S. The Role of Fat Grafting in Breast Reconstruction. Clin Plast Surg.
2015;42(3):315-23.
2. Illouz YG. Body contouring by lipolysis: a 5-year experience with over 3000 cases.
Plast Reconstr Surg. 1983;72(5):591-7.
3. Spear SL, Wilson HB, Lockwood MD. Fat injection to correct contour deformities in
the reconstructed breast. Plast Reconstr Surg. 2005;116(5):1300-5.
4. Coleman SR, Saboeiro A P. Fat grafting to the breast revisited: safety and efficacy.
Plast Reconstr Surg. 2007;119(3):775-85; discussion 786-7.
5. Millet E, Haik J, Ofir E, Mardor Y, Winkler E, Harats M, et al. The Impact of Autologous
Fat Grafting on Breast Cancer: An Experimental Model Using Magnetic Resonance Imaging.
Isr Med Assoc J. 2016;18(5):283-5.
6. Pinell-White XA, Etra J, Newell M, Tuscano D, Shin K, Losken A. Radiographic Implications
of Fat Grafting to the Reconstructed Breast. Breast J. 2015;21(5):520-5.
7. Petit JY, Lohsiriwat V, Clough KB, Sarfati I, Ihrai T, Rietjens M, et al. The oncologic
outcome and immediate surgical complications of lipofilling in breast cancer patients:
a multicenter study--Milan-Paris-Lyon experience of 646 lipofilling procedures. Plast
Reconstr Surg. 2011;128(2):341-6.
8. Largo RD, Tchang LA, Mele V, Scherberich A, Harder Y, Wettstein R, et al. Efficacy,
safety and complications of autologous fat grafting to healthy breast tissue: a systematic
review. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2014;67(4):437-48.
9. Kronowitz SJ, Mandujano CC, Liu J, Kuerer HM, Smith B, Garvey P, et al. Lipofilling
of the Breast Does Not Increase the Risk of Recurrence of Breast Cancer: A Matched
Controlled Study. Plast Reconstr Surg. 2016;137(2):385-93.
10. Silva-Vergara C, Fontdevila J, Descarrega J, Burdio F, Yoon TS, Grande L. Oncological
outcomes of lipofilling breast reconstruction: 195 consecutive cases and literature
review. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2016;69(4):475-81.
11. Simonacci F, Bertozzi N, Grieco M P, Grignaffini E, Raposio E. Autologous fat transplantation
for breast reconstruction: A literature review. Ann Med Surg (Lond). 2016;12:94-100.
12. Petit JY, Rietjens M, Botteri E, Rotmensz N, Bertolini F, Curigliano G, et al. Evaluation
of fat grafting safety in patients with intraepithelial neoplasia: a matched-cohort
study. Ann Oncol. 2013;24(6):1479-84.
13. Petit JY, Maisonneuve P, Rotmensz N, Bertolini F, Clough KB, Sarfati I, et al. Safety
of Lipofilling in Patients with Breast Cancer. Clin Plast Surg. 2015;42(3):339-44.
14. Erdim M, Tezel E, Numanoglu A, Sav A. The effects of the size of liposuction cannula
on adipocyte survival and the optimum temperature for fat graft storage: an experimental
study. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2009;62(9):1210-4.
15. Sommer B, Sattler G. Current concepts of fat graft survival: histology of aspirated
adipose tissue and review of the literature. Dermatol Surg. 2000;26(12):1159-66.
16. Kim HY, Jung BK, Lew DH, Lee DW. Autologous Fat Graft in the Reconstructed Breast:
Fat Absorption Rate and Safety based on Sonographic Identification. Arch Plast Surg.
2014;41(6):740-7.
17. Seaman SA, Tannan SC, Cao Y, Peirce SM, Lin KY. Differential Effects of Processing
Time and Duration of Collagenase Digestion on Human and Murine Fat Grafts. Plast Reconstr
Surg. 2015;136(2):189e-99e.
18. Strong AL, Cederna PS, Rubin J P, Coleman SR, Levi B. The Current State of Fat Grafting:
A Review of Harvesting, Processing, and Injection Techniques. Plast Reconstr Surg.
2015;136(4):897-912.
19. Khouri R, Del Vecchio D. Breast reconstruction and augmentation using pre-expansion
and autologous fat transplantation. Clin Plast Surg. 2009;36(2):269-80.
20. Coleman SR. Structural fat grafts: the ideal filler? Clin Plast Surg. 2001;28(1):111-9.
21. Kirkham JC, Lee JH, Medina MA 3rd, McCormack MC, Randolph MA, Austen WG Jr. The impact
of liposuction cannula size on adipocyte viability. Ann Plast Surg. 2012;69(4):479-81.
22. Nguyen PS, Desouches C, Gay AM, Hautier A, Magalon G. Development of micro-injection
as an innovative autologous fat graft technique: The use of adipose tissue as dermal
filler. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2012;65(12):1692-9.
23. Alharbi Z, Opländer C, Almakadi S, Fritz A, Vogt M, Pallua N. Conventional vs. micro-fat
harvesting: how fat harvesting technique affects tissue-engineering approaches using
adipose tissue-derived stem/stromal cells. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2013;66(9):1271-8.
24. Kakagia D, Pallua N. Autologous fat grafting: in search of the optimal technique.
Surg Innov. 2014;21(3):327-36.
25. Mentor - The Coleman™ Microinjection System [acesso 2021 Jul 11]. Disponível em: http://www.melon.fi/esitteet/Coleman-esite.pdf
26. Beck DO, Davis K, Rohrich RJ. Enhancing lipoaspirate efficiency by altering liposuction
cannula design. Plast Reconstr Surg Glob Open. 2014;2(10):e222.
27. Siegel S, Castellan Junior NJ. Estatística não-paramétrica para ciências do comportamento.
2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2006. 448 p.
28. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Portal de informações
sobre câncer de mama. Brasília: Ministério da Saúde; 2021 [acesso 2021 jul 11]. Disponível
em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
29. Weichman KE, Broer PN, Thanik VD, Wilson SC, Tanna N, Levine J P, et al. Patient-Reported
Satisfaction and Quality of Life following Breast Reconstruction in Thin Patients:
A Comparison between Microsurgical and Prosthetic Implant Recipients. Plast Reconstr
Surg. 2015;136(2):213-20.
30. Zhong T, Hu J, Bagher S, Vo A, O’Neill AC, Butler K, et al. A Comparison of Psychological
Response, Body Image, Sexuality, and Quality of Life between Immediate and Delayed
Autologous Tissue Breast Reconstruction: A Prospective Long-Term Outcome Study. Plast
Reconstr Surg. 2016;138(4):772-80.
31. Sinno S, Wilson S, Brownstone N, Levine SM. Current Thoughts on Fat Grafting: Using
the Evidence to Determine Fact or Fiction. Plast Reconstr Surg. 2016;137(3):818-24.
32. Carpaneda CA. Study of aspirated adipose tissue. Aesthetic Plast Surg. 1996;20(5):399-402.
33. Carpaneda CA, Ribeiro MT. Study of the histologic alterations and viability of the
adipose graft in humans. Aesthetic Plast Surg. 1993;17(1):43-7.
34. Eto H, Kato H, Suga H, Aoi N, Doi K, Kuno S, et al. The fate of adipocytes after nonvascularized
fat grafting: evidence of early death and replacement of adipocytes. Plast Reconstr
Surg. 2012;129(5):1081-92.
35. Kato H, Mineda K, Eto H, Doi K, Kuno S, Kinoshita K, et al. Degeneration, regeneration,
and cicatrization after fat grafting: dynamic total tissue remodeling during the first
3 months. Plast Reconstr Surg. 2014;133(3):303e-13e.
36. Vazquez OA, Markowitz MI, Becker H. Fat Graft Size: Relationship Between Cannula and
Needle Diameters. Cureus. 2020;12(4):e7598.
37. James IB, Bourne DA, DiBernardo G, Wang SS, Gusenoff JA, Marra K, et al. The Architecture
of Fat Grafting II: Impact of Cannula Diameter. Plast Reconstr Surg. 2018;142(5):1219-25.
1. Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
2. Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, Instituto de Assistência Médica
ao Servidor Público Estadual, São Paulo, SP, Brasil.
Autor correspondente: Maurício da Silva Lorena de Oliveira Rua Botucatu, 740, 2º andar, São Paulo, SP, Brasil CEP: 04023-061 E-mail: drmauriciolorena@gmail.com
Artigo submetido: 11/07/2021.
Artigo aceito: 07/04/2022.
Conflitos de interesse: não há.
Instituição: Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.