INTRODUÇÃO
O lipoma é o tumor benigno de partes moles mais comum, mas é raro na mão, representando
menos de 5% nesta topografia1,2. Lipomas gigantes são aqueles maiores do que 5cm e são ainda menos comuns3.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é apresentar a nossa experiência com lipomas gigantes de
mão e revisar a bibliografia associada a sua apresentação clínica, estudos de imagem,
diagnósticos diferenciais e tratamento.
MÉTODOS
Foi realizada uma análise retrospectiva dos casos de pacientes com diagnóstico de
lipoma de mão, atendidos no período de 2017-2020, nos dois centros de treinamento
para residentes em Cirurgia Plástica do Uruguai (Hospital Pasteur, Hospital de Clínicas).
Foram incluídos lipomas que apresentam pelo menos uma de suas dimensões maior do que
5cm.
Caso clínico 1
Mulher de 51 anos, empregada doméstica, destra. Tumor de mão esquerda com 10 anos
de evolução, crescimento lento e progressivo, sem antecedentes traumáticos. Apresentava
dor e parestesia no primeiro e segundo dedos. O exame confirma a presença de um tumor
na primeira comissura de contornos regulares, com 6cm de diâmetro, de superfície lisa
e consistência elástica firme, aderido em planos profundos e sem alterações ao nível
da pele (Figura 1A).
Figura 1 - Caso clínico 1. A: Tumor ao nível da primeira comissura. B: Radiografia mostrando calcificações. C: Ressonância magnética mostrando tumor adiposo. D: Intraoperatório, abordagem dorsal.
Figura 1 - Caso clínico 1. A: Tumor ao nível da primeira comissura. B: Radiografia mostrando calcificações. C: Ressonância magnética mostrando tumor adiposo. D: Intraoperatório, abordagem dorsal.
Ao nível da polpa digital do primeiro e segundo dedos, apresentava hipoestesia com
teste de discriminação de dois pontos alterado, 8mm, com sinal de Tinel negativo e
sem alterações motoras. A radiografia mostrou tumor com calcificações (Figura 1B). A ressonância magnética evidenciou tumor polilobulado com limites bem definidas,
localizado na região tenar e ao nível do primeiro espaço interósseo, profundo aos
músculos regionais; com extensão medial profunda aos tendões flexores do segundo e
terceiro dedos. O sinal era semelhante ao do tecido adiposo adjacente, com saturação
na sequência fat sat, e apresentava calcificações lineares e pontilhadas em sua periferia, sem realce
com o meio de contraste (Figura 1C). O laudo concluiu que se tratava de um lipoma com calcificações sem áreas nodulares
ou realce anormal. A ressecção marginal do tumor foi realizada por via dorsal (Figura 1D).
O pós-operatório transcorreu sem intercorrências, as parestesias despareceram dentro
das 48 horas posteriores. A anatomia patológica mostrou um tumor de células adiposas
bem definido devido a uma proliferação mesencemática, composta por adipócitos maduros,
sem atipia ou necrose; acompanhada por tratos fibroconjuntivos e áreas focais de metaplasia
óssea. No seguimento de 18 meses, apresentou uma cicatriz de boa qualidade, recuperação
sensível e sem evidências de recidiva tumoral.
Caso clínico 2
Mulher de 60 anos com cardioversor-desfibrilador implantável, câncer de cólon em quimioterapia.
Tumor de mão esquerda com 1 ano de evolução, acrescentado posteriormente por parestesias
e dificuldade de preensão. O exame revelou tumor polilobulado, de consistência elástica
firme, topografia em eminência tenar, eminência hipotenar e célula palmar média na
base do terceiro e quarto dedo (Figura 2A). A sensibilidade distal era normal. Tendo em conta que, por causa do seu histórico,
não foi possível realizar ressonância magnética, foi solicitada tomografia axial computadorizada,
que relatou tumor polilobulado com limites bem definidos, 70mm de diâmetro; de densidade
de gordura bastante homogênea, com alguns tratos finos e densos, localizados na frente
dos flexores do segundo ao quinto dedo, com lobulações que entram entre eles; com
lobulação distal arredondada de 20mm ao nível da base do 3° e 4° dedos (Figura 2B).
Figura 2 - Caso clínico 2. A: Grande tumor palmar. B: Tomografia evidenciando tumor subcutâneo ocupando região tenar, hipotenar e palmar
média. C: Exérese por acesso palmar.
Figura 2 - Caso clínico 2. A: Grande tumor palmar. B: Tomografia evidenciando tumor subcutâneo ocupando região tenar, hipotenar e palmar
média. C: Exérese por acesso palmar.
A ressecção marginal foi realizada, com abordagem palmar. Foi exposto um tumor lipomatoso
bem delimitado circundado por uma fina cápsula, profundo à aponeurose palmar superficial.
Dentro do tumor foi identificado o nervo digital do terceiro espaço invaginado, o
qual foi liberado ressecando todo o tumor com sua cápsula (Figura 2C). O pós-operatório transcorreu sem intercorrências, as parestesias desapareceram
após dois dias. A anatomia patológica relatou um tumor de tecido adiposo de cápsula
fina e de secção homogênea, dado por uma proliferação mesencemática benigna composta
por adipócitos maduros com um delicado estroma fibrovascular, com áreas de necrose
gordurosa e tratos de fibrose; sem lipoblastos, atipia citonuclear ou mitose. No seguimento
de 3 meses, apresentou cicatriz imatura sem novos tumores.
Caso clínico 3
Homem de 55 anos, mecânico, destro, hipertenso e tabagista. Tumor de mão direita de
10 anos de evolução, de crescimento lento, que devido ao seu volume impedia a preensão
adequada de objetos. Ao exame, apresentava tumor em eminência tenar, de limites bem
definidos e consistência elástica firme, com 6cm de diâmetro, sem déficit sensorial
(Figura 3A). Foi solicitada ultrassonografia, que evidenciou processo sólido, heterogêneo, bem
definido, sem evidências de vascularização com o Doppler, e sua etiologia não pôde
ser concluída.
Figura 3 - Caso clínico 3. A: Tumor em região tenar. B: Ressonância magnética mostra lipoma intramuscular. C: Intraoperatório, abordagem palmar.
Figura 3 - Caso clínico 3. A: Tumor em região tenar. B: Ressonância magnética mostra lipoma intramuscular. C: Intraoperatório, abordagem palmar.
A ressonância relatou tumor ao nível da eminência tenar superficial aos tendões flexores
do primeiro e segundo dedo, com prolongamento intramuscular que interdigita entre
os músculos da primeira comissura; bem delimitado, lobulado, com epicentro na eminência
tenar, medindo 56mm em seu longo eixo, hiperintenso em T1, com queda difusa homogênea
de seu sinal na sequência fat sat; alguns septos finos, realce mínimo após administração de contraste nos septos e
na periferia (Figura 3B). Com diagnóstico de lipoma, a ressecção marginal foi realizada por via palmar (Figura 3C). O pós-operatório transcorreu sem intercorrências. Um espécime celuloadiposo foi
enviado ao setor de patologia, que relatou uma proliferação mesencemática benigna
composta por adipócitos maduros sem atipia ou mitose.
Caso clínico 4
Homem de 62 anos, destro, aposentado, portador de dislipidemia e doença de Crohn.
Tumor ao nível da eminência tenar notado dois meses antes da consulta, sem parestesia
ou déficits sensoriais ou motores. Ao exame, ele apresentava tumor firme, elástico,
indolor, na mão esquerda, ao nível do primeiro espaço (Figura 4A). Foi realizada ressonância magnética, que relatou tumor lipomatoso, profundo, intermuscular
entre os músculos tenares e o primeiro interósseo dorsal, 50mm em seu maior diâmetro,
com expansão entre o segundo e terceiro metacarpo e tendões flexores, com contornos
lobulados bem definidos, com cápsula fina e septos finos no interior, sem realce pelo
meio de contraste (Figura 4B). A ressecção marginal foi realizada com abordagem palmar (Figura 4C). A anatomia patológica relatou tumor adiposo de 55 x 35 x 22mm homogêneo de secção,
dado por uma proliferação adiposa encapsulada composta por adipócitos homogêneos e
maduros, e um escasso estroma de fibrocolágeno, sem lipoblastos ou atipia.
Figura 4 - Caso clínico 4. A: Tumor na primeira comissura. B: A ressonância magnética mostra tumor adiposo intermuscular. C: Ressecção por abordagem palmar.
Figura 4 - Caso clínico 4. A: Tumor na primeira comissura. B: A ressonância magnética mostra tumor adiposo intermuscular. C: Ressecção por abordagem palmar.
RESULTADOS
Dos quatro pacientes, dois eram mulheres e dois homens. Dois foram operados no Hospital
de Clínicas e dois no Hospital Pasteur. A idade de apresentação foi entre 51 e 62
anos (média de 57 anos). Três deles eram intramusculares profundos, levantados na
região tenar, um era superficial aos músculos regionais e ocupava a região tenar,
hipotenar e palmar média. Em relação às dimensões, o maior possuía eixo maior de 70mm,
enquanto o menor de 55mm.
Todos eram sintomáticos, apenas um paciente apresentava dor, dois pacientes apresentavam
parestesia, um deles hipoestesia, dois dificuldade de preensão devido ao tamanho do
tumor e um consulta somente pela deformidade. A ressecção marginal foi realizada em
todos eles, três por via palmar e um por via dorsal. O pós-operatório transcorreu
sem intercorrências em todos. As parestesias desapareceram no pós-operatório imediato
quando presentes e o paciente que apresentou hipoestesia voltou a ter sensibilidade
normal.
A histopatologia confirmou lipoma típico em três casos, um deles com áreas de necrose.
Em um caso, era uma variante do lipoma com metaplasia óssea ou osteolipoma. O seguimento
médio foi de 25,75 meses, sem constatar nenhuma recorrência (Tabela 1).
Tabela 1 - Resultados.
Caso |
Sexo |
Idade |
Localização |
Dimensões |
Sintomas |
Tratamento |
Anatomia patológica |
Controles até |
Centro de atenção |
1 |
F |
51 |
Região tenar, intramuscular |
62mm x 53mm x 41mm
|
Dor, parestesia, hipoestesia |
Ressecção marginal, abordagem dorsal
|
Lipoma com metaplasia óssea |
1 ano e 6 meses |
Hospital de Clínicas |
2 |
F |
60 |
Região tenar, hipotenar e palmar média, subcutâneo
|
70mm x 67mm x 40mm
|
Parestesias, dificuldade de preensão |
Ressecção marginal, abordagem palmar
|
Lipoma típico com áreas de necrose
|
3 meses |
Hospital Pasteur |
3 |
M |
55 |
Região tenar, intramuscular |
56mm x 53mm x 45mm
|
Dificuldade de preensão |
Ressecção marginal, abordagem palmar
|
Lipoma típico |
3 anos |
Hospital de Clínicas |
4 |
M |
62 |
Região tenar, intermuscular |
55mm x 35mm x 22mm
|
Deformidade |
Ressecção marginal, abordagem palmar
|
Lipoma típico |
3 anos e 10 meses |
Hospital Pasteur |
DISCUSSÃO
O lipoma é o tumor de tecidos moles mais comum em adultos, mas é raro na mão, onde
o mais comum é o cisto sinovial ou ganglionar, seguido pelo tumor de células gigantes1.
Os lipomas gigantes são aqueles que ultrapassam 5cm de maior diâmetro e são extremamente
raros na mão, com apenas relatos de casos individuais e pequenas séries de casos na
bibliografia4-9.
Sua localização pode ser subcutânea ou subfascial profunda, sendo a localização subcutânea
a mais frequente. Os lipomas profundos podem ser intramusculares, intermusculares
ou paraósseos quando estão em uma superfície óssea10.
Histologicamente, é um tumor benigno bem definido de origem mesenquimal composto por
adipócitos maduros sem atipia, mas que podem se associar a outros tecidos mesenquimais,
configurando variantes do lipoma que adquirem seu nome de acordo com o tecido que
associam (fibrolipoma, condrolipoma, osteolipoma, mixolipoma, angiolipoma)11.
Clinicamente, são tumores indolores e de crescimento lento que podem causar deformidade,
sintomas de compressão nervosa ou déficits funcionais quando seu volume limita a mobilidade
das mãos3,12.
No tumor lipomatoso maior que 5cm o principal diagnóstico diferencial é um lipoma
atípico ou lipossarcoma bem diferenciado (de baixo grau). A diferenciação é importante
por se tratar de um tumor maligno, com características clínicas e de imagem semelhantes,
que embora não tenha potencial metastático, apresenta uma taxa de recorrência local
de 10%, com ressecção marginal, e pode se diferenciar em lipossarcoma de alto grau,
exigindo acompanhamento rigoroso13.
O ultrassom é um estudo de abordagem diagnóstica por ser rápido, econômico e prontamente
disponível. Na ultrassonografia, os lipomas são tumores bem definidos, frequentemente
isoecoicos ou hipoecoicos em relação ao tecido adiposo adjacente, com linhas ecogênicas
onduladas, sem sombra acústica e sinal Doppler mínimo ou nulo. As margens mal definidas,
ecotextura não homogênea, como nodularidade focal e áreas necróticas, e vascularização
com Doppler devem levar à suspeita de lipossarcoma. Com uma ultrassonografia compatível
com lipoma, quando subfascial ou maior que 5cm, é recomendavel estender a avaliação14.
A ressonância magnética é o exame de imagem de escolha, pois auxilia no diagnóstico
e permite o planejamento cirúrgico. É especialmente indicada em tumores lipomatosos
maiores que 5 cm para diferenciálos do lipossarcoma de baixo grau. Gaskin & Helms15 relataram sensibilidade de 100% e especificidade de 83% para o diagnóstico desse
tumor maligno, com especificidade de 100% para o diagnóstico de lipoma simples, que
é um pouco menor para algumas variantes do lipoma como osteolipoma, condrolipoma,
angiolipoma ou hibernoma.
Os lipomas são vistos como tumores bem definidos com a mesma intensidade de sinal
da gordura subcutânea em todas as sequências, sinal suprimido nas sequências de supressão
de gordura, podendo apresentar pequeno número de septos finos (<2mm) ou fibras musculares
quando é intramuscular. O realce de contraste geralmente não é visto, exceto na cápsula
fibrosa. Em contraste, os lipomas atípicos apresentam septos grandes (>2mm) e irregulares
e conteúdo não adiposo aumentado, com focos T2 intensos.
A tomografia pode ser útil quando a ressonância magnética não pode ser realizada,
mostrando uma lesão hipodensa bem definida, com septos finos sem áreas nodulares ou
realce pelo contraste, podendo apresentar calcificações16. Se o diagnóstico clínico-imagiológico é de lipoma, o tratamento é a biópsia excisional
ou ressecção marginal da lesão com estudo anatomopatológico para confirmar o diagnóstico.
Se houver suspeita clínica e de imagem de sarcoma, a avaliação deve ser ampliada e
realizada biópsia ou encaminhamento a serviço especializado em sarcoma4,17,18.
A análise histopatológica confirma o diagnóstico de lipoma quando mostra uma proliferação
de adipócitos maduros e uniformes sem atipia. Ao contrário, os lipossarcomas de baixo
grau apresentam adipócitos de tamanhos diferentes, atipia nuclear e geralmente são
positivos para o gene MDM219.
O prognóstico após a ressecção marginal de um lipoma é bom, e a recorrência é rara16,20,21.
CONCLUSÃO
Os lipomas gigantes da mão não são comuns, a ressonância magnética é o exame de imagem
de escolha e o tratamento curativo é cirúrgico com ressecção marginal e análise histopatológica
para confirmação diagnóstica. A recorrência é rara.
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1. Hospital Pasteur, Servicio de Cirugía Plástica y Microcirugía, Montevidéu, Uruguai
2. Hospital de Clínicas, Cátedra de Cirugía Plástica, Reparadora y Estética, Montevidéu,
Uruguai
Autor correspondente: Maria Eugenia Torres Larravide, nº 2.458, Montevidéu, Uruguai, CEP: 11400, E-mail: mariaeugeniatorres@outlook.com
Artigo submetido: 17/02/2021.
Artigo aceito: 19/04/2021.
Conflitos de interesse: não há.