INTRODUÇÃO
Este artigo tem a finalidade de esclarecer e divulgar a história da
queilozetaplastia no tratamento das fissuras labiais unilaterais. Pretende
demonstrar a importância fundamental de eminentes cirurgiões
plásticos brasileiros na sua criação, execução e
ensino1.
Sobre as origens da zetaplastia
A primeira referência que encontramos de uma plástica em Z é
creditada a Horner, em 18372,3. Como professor de anatomia, na
Universidade da Pensilvânia, relatou o caso de um ectrópio de
pálpebra inferior esquerda causado por uma cicatriz de queimadura
há 4 anos (Figura 1).
Há autores que atribuem a Denonvilliers (1863)4 a primeira execução de uma
plástica em Z quando operou um jovem com ectrópio na parte externa
da pálpebra inferior direita. Caso apresentado em 20/09/1854, na
Société de Chirurgie, em Paris. Esta descrição foi
relatada na tese de Cazelles, em 18605 (Figura 2).
Quem usou primeiro o termo plástica em Z foi McCurdy, na Universidade de
Pittsburg, em 19136. Há
dúvidas que McCurdy tenha tido conhecimento de trabalhos anteriores sobre
as plásticas em Z7.
Em 1904, Berger8 descreve uma
típica transposição da plástica em Z para tratamento
de sequela de queimadura da axila (Figura 3).
Pequena digressão histórica sobre o tratamento da fissura
labial unilateral
Em 1836, Millard9 preconizou o
tratamento da fissura labial unilateral por incisões curvas, mas que
excisavam muito tecido do lábio, embora o alongamento fosse efetivo. Em
1891, Rose10 propôs um
desenho similar ao de Millard (1836)9, com incisões côncavas em ambos os lados da
fissura e preservando mais tecido labial. As incisões iam da narina
até o vermelhão e a técnica tornou-se popular (Figura 4).
Posteriormente Thompson, em 191211, descreveu sua técnica com incisões anguladas
nas bordas da fissura na tentativa de delinear as curvas de um lábio
normal. Ele realiza incisões curvas similares às de Rose
(1891)10, nas bordas
da fissura, fazendo medidas acuradas com compasso calibrado. Hoje a
técnica de excisão e cicatriz em linha reta é conhecida
como técnica de Rose & Thompson (Figura 5).
Figura 1 - Esquema mostrando: incisão na pálpebra inferior. Uma
segunda incisão parte da pálpebra inferior em
direção ao ângulo da mandíbula. Outra
incisão de mesma extensão dirige-se para a raiz do nariz.
Descolamento e transposição dos retalhos.
Correção quase imediata do defeito. Segundo Borges e
Gibson (1973)3.
Figura 1 - Esquema mostrando: incisão na pálpebra inferior. Uma
segunda incisão parte da pálpebra inferior em
direção ao ângulo da mandíbula. Outra
incisão de mesma extensão dirige-se para a raiz do nariz.
Descolamento e transposição dos retalhos.
Correção quase imediata do defeito. Segundo Borges e
Gibson (1973)3.
Figura 2 - A. Zetaplastia realizada por Denonvilliers (1863).
Segundo Borges e Gibson (1973). B. Zetaplastia realizada
por Denonvilliers (1863). Segundo Borges e Gibson (1973)3,4.
Figura 2 - A. Zetaplastia realizada por Denonvilliers (1863).
Segundo Borges e Gibson (1973). B. Zetaplastia realizada
por Denonvilliers (1863). Segundo Borges e Gibson (1973)3,4.
Figura 3 - A. Típica transposição dupla da
zetaplastia como se usa hoje. Segundo Borges e Gibson (1973).
B. Típica transposição dupla da
zetaplastia como se usa hoje. Segundo Borges e Gibson (1973)3.
Figura 3 - A. Típica transposição dupla da
zetaplastia como se usa hoje. Segundo Borges e Gibson (1973).
B. Típica transposição dupla da
zetaplastia como se usa hoje. Segundo Borges e Gibson (1973)3.
Figura 4 - Técnica de Rose (1879)10.
Figura 4 - Técnica de Rose (1879)10.
Figura 5 - Técnica de Thompson (1912)11 com suas medidas propostas.
Figura 5 - Técnica de Thompson (1912)11 com suas medidas propostas.
Millard (1836)9 relata que Veau,
em 19259, publicou
técnica de queiloplastia unilateral em que pela primeira vez se empregava
uma zetaplastia, mas localizada no vermelhão, ultrapassando um pouco este
e atingindo o lábio, o que poderia prejudicar a continuidade da linha
cutaneomucosa. Na época, a plástica em Z era aceita como
procedimento para resolver contraturas de linhas retas e ainda segundo Veau
(1925) poderia ser utilizada para atenuar secundariamente a linha reta da
queiloplastia.
É importante registrar que embora Masters et al., em 195412, tenham advogado o emprego de
plásticas em Z intermediárias para reparar fissuras labiais
incompletas, foi Lemos, em 195613, que primeiro propôs uma queilozetaplastia para o
reparo de fissuras labiais unilaterais. A técnica de Lemos
(1956)13 foi
modificada por Spina e Lodovici, em 196014, e veio trazer contribuições à
técnica de Lemos (1956)13. Em 1961, Petit et al.15 propuseram técnica com 2 retalhos triangulares;
pregavam que um duplo Z produzia uma melhor rotação da asa nasal e
uma melhor liberação do lábio.
A técnica de Perseu Lemos
Consideramos que Perseu Castro de Lemos (1956)13 foi o primeiro a preconizar o reparo de
fissura labial unilateral por meio da plástica em Z de toda a espessura
do lábio: pele, musculatura e mucosa. Sua primeira
publicação foi na revista O Hospital no Rio de Janeiro
(1956)13. Logo depois
a técnica foi apresentada no Congresso Internacional de Cirurgia
Plástica em Roma (1967)16.
Encontramos ainda na literatura referência de uma nota prévia feita
por Lemos (1956)13 registrada
no 5º Congresso Médico Estadual de Pernambuco: “Uma nova
técnica para a correção do lábio leporino17”.
Interessante conhecer os fundamentos da técnica pela própria
descrição do autor: “Concebemos então a
nossa operação que consistia essencialmente na excisão
das bordas da fissura, respeitando o início do arco de cupido, e, em
seguida, realizando uma simples plástica em Z para alongar o
lábio e quebrar a linha de sutura. Esta plástica em Z que
inicialmente foi descrita no terço médio do lábio, pode
ser colocada onde mais seja necessária, isto é, nos
terços superior, médio ou inferior. Igualmente a
angulação dos ramos pode variar, de tal modo a se obter um
resultado mais satisfatório de acordo com o caso. Os retalhos
triangulares resultantes, incisados em toda a sua espessura labial,
são então suturados entrecruzados, ressecando-se os pequenos
excessos resultantes. Como resultado final temos um lábio com arco de
cupido preservado, com mínimo de tecido removido e uma cicatriz
quebrada, sem tendência à
retração.”18.
Complementa assim o autor: “A cirurgia é sobretudo de
fácil exceção, não mais exigindo do
cirurgião que o conhecimento das bases técnicas da
zetaplastia. O único inconveniente resultante é a
interrupção da crista filtral comum, entretanto, a todas as
técnicas com cicatrizes não
retilíneas.”18.
Dr. Perseu13 (era assim que era
mais conhecido) refere ter aplicado a técnica pela primeira vez em 1953,
executando a técnica para todos os tipos de fissuras labiais unilaterais:
completas ou incompletas, com ou sem fissura palatina, nas
reparações secundárias, sempre obtendo resultados
satisfatórios. Para tanto, dizia, basta que se tenha bom senso no
posicionamento dos ramos laterais do Z, no comprimento, altura e sentido mais
convenientes. Em um retrospecto de 26 anos, avalia ter operado em torno de 1.000
casos19.
Ainda nas palavras do próprio mestre: “Embora tenhamos
descrito inicialmente o Z no terço médio do lábio,
evoluímos logo para o conceito que ele pode ser posicionado mais
abaixo ou mais alto ou de preferência no terço superior com
ramos de Z dispostos de maneira que o retalho triangular externo criado
promova a rotação alar para cima e para dentro, reconstruindo
melhor o introito nasal. Aliás achamos que a grande variedade de
posições, ângulos, altura e orientação
dos ramos são a melhor coisa da
técnica.”18,19 (Figura 6).
Figura 6 - A. Técnica de Perseu Lemos (1956)
13. Zetaplastia utilizada
nos casos de asa nasal alta ou em boa posição. Todas as
camadas labiais são incisadas.
B. Técnica de
Perseu Lemos (1956)
13. Zetaplastia utilizada quando a asa
nasal é baixa.
C. Técnica de Perseu Lemos.
Zetaplastia utilizada quando os hemilábios se apresentam com
dimensões desiguais. Segundo Lemos (1981, 1996)
18,19.
Figura 6 - A. Técnica de Perseu Lemos (1956)
13. Zetaplastia utilizada
nos casos de asa nasal alta ou em boa posição. Todas as
camadas labiais são incisadas.
B. Técnica de
Perseu Lemos (1956)
13. Zetaplastia utilizada quando a asa
nasal é baixa.
C. Técnica de Perseu Lemos.
Zetaplastia utilizada quando os hemilábios se apresentam com
dimensões desiguais. Segundo Lemos (1981, 1996)
18,19.
A técnica de Victor Spina e Orlando Lodovici
Em 1959 e 1960, Victor Spina juntamente com Orlando Lodovici14,20 propuseram a plástica em Z apenas ao plano
cutâneo, o que lhe parecia suficiente para determinar o devido aumento da
altura do lábio.
Na sua plástica em Z o braço superior é medial e o
braço inferior é lateral. Apresenta um engenhoso reparo do
vermelhão, sem ressecções e o aproveitamento de toda a
mucosa em parte decorticada e sepultada na vertente contralateral (Figura 7). Spina e Lodovici (1960)20 reconhecem que seu
método corresponde ao método de Lemos (1956)13 com modificações
próprias, na intenção da obtenção de melhores
resultados. Ele divulgou muito a técnica em todo o Brasil que passou a
ser conhecida por alguns como técnica de Lemos & Spina. Trata-se
de um procedimento muito utilizado até os nossos dias21.
Figura 7 - Técnica de Spina e Lodovici (1960)14.
Figura 7 - Técnica de Spina e Lodovici (1960)14.
Outros autores
Davies, na África do Sul, publica em 196522, queiloplastia com dois retalhos iguais de
plástica em Z pura. Emprega também uma plástica em Z de
todos os planos e curiosamente não cita Lemos (1956)13. Ele admite que o maior
senão da sua técnica é que a cicatriz final cruza a crista
filtral.
Em 1959, Clifford and Pool23
revisaram os princípios da plástica em Z na cirurgia da fissura
labial; um artigo que merece ser consultado. Em 1949, Huffman e Lierle24 descreveram técnica de
reparo da fissura labial baseada somente no princípio da zetaplastia,
principalmente utilizando medidas geométricas acuradas.
Sabe-se hoje que no uso de zetaplastias nas queiloplastias seus princípios
não podem ser violados. Quando o desenho da plástica em Z
não é bem planejado algum tecido labial valioso pode ser ressecado
e a cicatriz final pode violar as linhas de reparação do filtro do
lábio. Então, por isso, a importância de Lemos
(1956)13 e Spina e
Lodovici (1959, 1960)14,20.
O reparo da musculatura da fissura labial unilateral
As queilozetaplastias até aqui apontadas, por sua época de
realização não consideraram o tratamento adequado das
deformidades musculares da fissura labial unilateral. Este ponto nos parece
importante para atualizar estas técnicas.
Fara, em 196825, realizou
dissecções em natimortos com fissuras. Descreveu a
disposição anatômica anômala dos feixes musculares
da fissura. Ele também notou que havia uma hipoplasia (pobreza) de fibras
no lado medial. Segundo Randall et al., em 197426, “o tratamento funcional das
fissuras labiais implica em reorientar a musculatura do lábio,
independentemente do tipo de incisão cutânea a ser
utilizado.” Existe ainda uma outra proposta de
reorientação cirúrgica das fibras do orbicular descrita por
Skoog, em 197427, que
dá ênfase especial para a completa restauração da
anatomia muscular do lábio.
Nicolau, em 198328, descreveu a
anatomia do orbicular dos lábios com duas camadas: uma superficial cujas
fibras são relacionadas com a mímica facial e outra profunda cujas
fibras respondem pela função esfincteriana do lábio, tendo
importância no comer e na retenção dos alimentos na boca. A
camada superficial é a que apresenta importante alteração
das suas inserções nos pacientes com fissura labial29 (Figura 8).
Figura 8 - Diagrama de Nicolau. Segundo Giglio (1996)29.
Figura 8 - Diagrama de Nicolau. Segundo Giglio (1996)29.
Tanto Nicolau (1983)28, como
Randall et al. (1974)26 e
Kernahan (1978, 1983)30,31,32 destacam que o tratamento moderno da fissura unilateral
passa por uma reconstituição adequada musculatura orbicular, pois
o resultado da queiloplastia deve ser avaliado não apenas na
situação de repouso do lábio, mas também e,
principalmente, em atividade como sorrir e assoviar.
Todos esses autores embora deem a mesma importância à
reconstituição da musculatura, abordam a musculatura de forma
diversa. A nós sempre interessou a técnica proposta por Kernahan
(1978, 1983)30,31 com a qual obtivemos funcionalmente e
esteticamente resultados muito satisfatórios (Figura 9).
A proposta de uma queilozetaplastia
O emprego de plástica em Z no tratamento da fissura unilateral trouxe
grandes benefícios. Por sua simplicidade, facilidade de
execução e de aprendizagem será sempre um recurso que possa
ser utilizado.
Figura 9 - A. Técnica de Kernahan (1978, 1983)30,31.
Figura 9 - A. Técnica de Kernahan (1978, 1983)30,31.
Para manter vivos os princípios de Lemos (1956)13 e Spina e Lodovici (1959, 1960)14,20, com zetaplastias na pele e na mucosa labial e
tratamento conservador dos retalhos do vermelhão do lábio, deve-se
acrescentar a estes, um tratamento adequado da musculatura do orbicular. Em
nossas mãos, o que nos ofereceu melhores resultados foi a técnica
de Kernahan (1978, 1983)30,31. Utilizamos esta
técnica para fissuras incompletas, fissuras completas estreitas e
alinhadas.
Eis o esquema da técnica que nos parece a mais adequada:
- Marcação da zetaplastia;
- Plástica em Z feita na pele e na mucosa;
- O tratamento da musculatura;
- O fechamento com o detalhe do vermelhão.
CONCLUSÃO
Em 1996, Dr. Perseu19 considerava
que apesar das novas técnicas surgidas ao longo do tempo que procuram
reconstruir a crista filtral do lado da fissura, há quem prefira a
plástica em Z por produzir menor retração cicatricial, um arco
de cupido preservado, com o mínimo de tecido removido. O inconveniente
é a interrupção da crista filtral, comum, entretanto, à
todas as técnicas com cicatrizes não retilíneas. Aponta ainda
que filosoficamente todos os seus conceitos que continuam válidos:
Preservação do arco de cupido;
Perfeito alinhamento da linha cutaneomucosa;
Ressecção mínima de tecido labial;
Cicatriz em direções alternadas, sem tendência
à retração;
Facilidade de ensino e de execução.
DEDICATÓRIA
Trabalho dedicado a Perseu Castro de Lemos, mestre e amigo do autor sênior e
que, em 1994, assim se expressava: “Considero de todas as minhas
contribuições à cirurgia plástica, a
quilozetaplastia como a mais importante”1.
Figura 10 - A. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: pré-operatório.
B. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: pré-operatório.
C. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: perioperatório.
D. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: perioperatório.
E. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: pós-operatório.
F. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: pós-operatório.
Fonte: Autor sênior.
Figura 10 - A. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: pré-operatório.
B. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: pré-operatório.
C. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: perioperatório.
D. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: perioperatório.
E. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: pós-operatório.
F. Conduta proposta: Lemos (1981, 1996)18,19, Spina e Lodovici (1959-60)14,20 e Kernahan (1978, 1983)30,31.
Fissura labial unilateral direita incompleta: pós-operatório.
Fonte: Autor sênior.
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1. Hospital da Plástica do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Autor correspondente: Leila Lemos
Azem, Rua Julio de Castilhos, 83/301, Rio de Janeiro, RJ, Brasil., CEP:
22081-025, E-mail: leilazem@globo.com
Artigo submetido: 22/07/2020.
Artigo aceito: 10/01/2021.
Conflitos de interesse: não há.
Instituição: Hospital da Plástica do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.