INTRODUÇÃO
A doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19) surgiu na China e espalhou-se globalmente
com transmissão sustentada entre humanos1.
Devido à sua natureza altamente contagiosa, disseminação global sem precedentes,
sua
apresentação clínica agressiva e a falta de tratamento efetivo, a síndrome da
infecção respiratória aguda por coronavírus 2 (SARS-CoV-2) está causando a perda
de
milhares de vidas e ocasionando repercussões incomparáveis nos sistemas de saúde
em
todo o mundo2.
A infecção causada pelo COVID-19 é uma doença altamente transmissível que apresenta
risco significativo tanto para os pacientes, quanto para os profissionais de
saúde3. Recentemente, foi demonstrado que
altos níveis do vírus estão presentes nas secreções respiratórias durante o período
pré-sintomático, que podem durar desde dias até semanas antes dos sintomas
característicos da COVID-194. Essa capacidade
do vírus de ser transmitido por pessoas sem sintomas é um dos principais motivos
da
pandemia5.
O diagnóstico de COVID-19 é feito usando características clínicas, laboratoriais e
radiológicas6. Como os sintomas e os
achados radiológicos do COVID-19 são inespecíficos, a infecção por SARS-CoV-2
deve
ser confirmada por testes laboratoriais. Os testes de reação em cadeia da polimerase
com transcriptase reversa (RT-PCR) são o padrão ouro para o diagnóstico de COVID-
19, no entanto, é um exame de difícil coleta e seus resultados não são imediatamente
disponíveis7. Os testes de diagnóstico
rápido para COVID-19 IgM/IgG foram desenvolvidos usando a tecnologia de fluxo
lateral para encontrar antígenos do vírus SARS-CoV-2 e detectar anticorpos
produzidos por pacientes infectados com COVID-198.
Os testes de triagem são amplamente utilizados para avaliar a probabilidade de
membros de uma população definida terem uma doença específica, com poucas exceções,
os testes de triagem não diagnosticam a doença9. O teste diagnóstico rápido sorológico realizado no momento da
admissão, antes da cirurgia eletiva, está entre os métodos de rastreamento
pré-operatório para COVID-19 mais amplamente utilizados10-18.
OBJETIVOS
O objetivo deste estudo é avaliar o papel dos testes rápidos de anticorpos COVID-19
em pacientes ambulatoriais sendo admitidos para a realização de cirurgia plástica
estética.
MÉTODOS
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura usando os mecanismos de busca
em
periódicos PubMed, Web of Science e SciELO, para estudos com
animais e humanos publicados de dezembro de 2019 a 30 de julho de 2020. Consideramos
termos específicos sobre COVID-19 ou SARS-CoV-2 e cirurgia plástica. Foram
utilizados os seguintes descritores: “cirurgia plástica”, “cirurgia eletiva”,
“COVID-19”, “teste de diagnóstico COVID-19”, “teste de anticorpos sanguíneos
COVID-19”, “SARS-CoV-2 teste”. Muitos termos e palavras foram exibidos de maneira
semelhante ao procurar artigos. Palavras como “pré-operatório”, “cirúrgico” e
“cirurgia” apresentaram resultados semelhantes. Os resultados das palavras e frases
investigadas foram analisados por quantidade e qualidade. Documentos escritos
em
inglês, espanhol, francês, italiano e português foram incluídos. Vídeos, pôsteres
e
cartas ao editor foram desconsiderados. Dois pesquisadores independentemente
selecionaram os artigos relevantes através da avaliação de títulos e resumos.
Artigos pertinentes foram revisados pelo terceiro pesquisador. Dados sobre o nível
de evidência, sensibilidade, especificidade e valores preditivos de testes
diagnósticos rápidos foram coletados.
Este estudo está em conformidade com a declaração de Helsinki e prescinde de
avaliação em comitê de ética, visto que não envolve diretamente coleta de dados
ou
tecidos de seres humanos, apenas pesquisa realizada exclusivamente com textos
científicos.
RESULTADOS
Usando nossa estratégia de busca ativa, a revisão do banco de dados encontrou 409
artigos (Figura 1). Um total de 357 estudos
foram duplicados ou considerados não relevantes para a nossa questão de pesquisa.
Entre os artigos restantes, 28 eram estudos sem informações sobre a precisão dos
testes diagnósticos rápidos e 24 eram estudos descrevendo medidas de acurácia7,8,19-40.
Figura 1 - Algoritmo da revisão sistemática.
Figura 1 - Algoritmo da revisão sistemática.
O nível de evidência variou de V a III. A sensibilidade variou de 18,4 a 100%, a
especificidade variou de 94 a 100%, o valor preditivo positivo variou entre 19,7
e
100%, e o valor preditivo negativo ficou entre 20 e 100%.
DISCUSSÃO
A experiência limitada acumulada durante a pandemia da COVID-19 demonstrou que o
gerenciamento de todas as condições médicas, incluindo cirurgias eletivas, sofreu
algum grau de alteração2. Todos nós queremos
voltar a trabalhar sem o espectro da COVID-19. Durante as condições extraordinárias
da pandemia de COVID-19, as estratégias ideais para o tratamento de pacientes
estéticos de maneira individualizada são desconhecidas. Não há consenso na
literatura a respeito dos cuidados pré-operatórios, exceto que todos os pacientes
devem ser rastreados quanto aos sintomas, antes de serem apresentados ao centro
cirúrgico, e os que relatam sintomas de COVID-19 devem ser encaminhados para
avaliação adicional.
O teste diagnóstico rápido pode ser produzido de forma rápida e barata. Esse teste
qualitativo é pequeno e portátil, geralmente parecido com um teste de gravidez,
mostrando ao usuário linhas coloridas para indicar resultados positivos ou
negativos8. Os testes diagnósticos rápidos
não medem a quantidade de anticorpos no soro do paciente ou se esses anticorpos
são
capazes de proteger contra futuras infecções, mas eles têm a capacidade de detectar
exposição e podem identificar pessoas assintomáticas e pessoas que eliminaram
o
vírus. Muitos dos testes diagnósticos rápidos disponíveis até o momento carecem
de
desempenho analítico em relação à sensibilidade e especificidade e precisam ser
melhor validados antes de serem empregados no pré-operatório21.
Para o diagnóstico médico, a sensibilidade do teste é a capacidade dele identificar
corretamente aqueles com a doença (taxa positiva verdadeira), enquanto a
especificidade do teste é a sua capacidade de identificar corretamente aqueles
sem a
doença (taxa negativa verdadeira). Nesta pesquisa, a sensibilidade variou de 18,4
a
100%, refletindo uma potencial incapacidade de identificar corretamente pessoas
que
possuem anticorpos para COVID-19. A especificidade variou na faixa de 94 e 100%,
demonstrando uma alta capacidade de identificar todos os pacientes que não possuem
anticorpos COVID-19.
O valor preditivo negativo é a probabilidade de que pacientes com um resultado
negativo num teste diagnóstico rápido realmente não possuam anticorpos COVID-19;
em
nossa pesquisa, seus valores estavam entre 20 e 100%, podemos afirmar que, em
algumas circunstâncias, 80% dos indivíduos com teste negativo podem ter anticorpos
COVID-19. Valor preditivo positivo é a probabilidade dos indivíduos com um teste
diagnóstico rápido de triagem positivo realmente apresentarem a doença; em nossa
pesquisa sua variação ficou entre 60 e 100%, consequentemente, podemos afirmar
que,
em algumas circunstâncias, 40% dos indivíduos com teste rápido positivo podem
não
ter anticorpos para COVID- 19. Portanto, os resultados dos testes rápidos parecem
ser cientificamente não-confiáveis, e a recomendação da realização desta testagem
de
forma generalizada, por parte de pacientes ou instituições hospitalares, parece
ser
inadequada.
Estima-se que anticorpos SARS-CoV-2 IgM possam ser detectados em uma amostra de
sangue após 3 dias e anticorpos IgG após 8 dias do início dos sintomas7. A taxa de soroconversão para IgM e IgG foi
descrita como 82,7% e 64,7%, respectivamente5.
Até o momento, não sabemos se todas as pessoas que se recuperaram da COVID-19
desenvolveram anticorpos e não sabemos até que ponto esses anticorpos protegem
os
pacientes da reinfecção. Os testes de anticorpos não detectam uma infecção ativa,
mas procuram sinais de que uma pessoa foi infectada anteriormente, como mostrado
pelos anticorpos que seu sistema imunológico produziu para combater o coronavírus.
Com outras doenças, a presença de anticorpos geralmente significa imunidade
adquirida por pelo menos algum período de tempo, mas isso ainda não é conhecido
no
caso da COVID-194.
Os pacientes devem ser submetidos à testagem de screening apenas se
um teste positivo resultar em ação imperativa. Este não é o caso dos testes
diagnósticos rápidos para COVID-19 antes de uma cirurgia estética, porque o
procedimento será realizado independentemente do status de detecção de anticorpos.
No caso do novo vírus COVID-19 e da doença SARS-CoV-2 que ele causa em humanos,
o
objetivo da testagem pré-operatória seria muito simples: identificar pacientes
infectados e isolá-los adiando suas cirurgias, tentando reduzir as morbidades
do
procedimento e reduzindo, assim, o risco de infecção dos profissionais de saúde8. Mas sem um teste perfeito, falsos positivos e
falsos negativos podem levar a desfechos significativamente piores.
Tanto os falsos positivos quanto os falsos negativos representam seus próprios
perigos únicos, onde quer que ocorra qualquer tipo de teste, mas os falsos negativos
são particularmente perigosos para a COVID-19. Duas semanas após a cirurgia, alguns
pacientes podem apresentar resultado positivo para COVID-19, apesar do resultado
negativo no pré-operatório e podem surgir importantes implicações médico-legais.
A
infecção foi contraída durante a internação hospitalar? O cirurgião ou sua equipe
contaminaram o paciente no acompanhamento ambulatorial pós-operatório? A
soroconversão ocorreu porque a cirurgia induziu uma imunossupressão? Um resultado
negativo em um teste de diagnóstico rápido para a COVID-19 realizado no
pré-operatório pode ser uma evidência médico-legal perigosa para os cirurgiões
e
entidades hospitalares.
Testes de anticorpos são polivalentes: esses exames sorológicos são de importância
crítica para determinar a soroprevalência, a exposição prévia e identificar doadores
humanos altamente reativos para a geração de soro convalescente terapêutico4. Eles também apoiarão o rastreamento e a
triagem de contato dos profissionais de saúde para identificar aqueles que já
estão
imunes.
É plausível que várias limitações possam ter influenciado os resultados obtidos nesta
pesquisa. A exclusão de artigos em idiomas asiáticos é uma delas, visto que muito
do
conhecimento sobre a COVID-19 vem desta área geográfica, contudo não havia entre
os
pesquisadores algum com conhecimento destas línguas e consideramos que os tradutores
eletrônicos não sejam fidedignos. Contudo, muitos destes estudos trariam uma
informação com validade externa limitada para pacientes das Américas, visto que
as
mutações de COVID-19 são frequentes e a maior parte dos testes diagnósticos rápidos
utilizados por lá, não estão disponíveis em nosso continente. Uma revisão
sistemática bem projetada beneficia a evolução do conhecimento, identificando
onde
há falta de informações científicas e fornecendo uma sinopse das evidências
disponíveis. A credibilidade das revisões sistemáticas pode ser comprometida por
viés de relatórios, que surgem quando a divulgação de artigos publicados é
influenciada pela natureza dos resultados. Nossos achados baseiam-se em um número
limitado de artigos, os resultados de tais análises devem, consequentemente, ser
tratados com a máxima cautela.
Faltam ensaios clínicos controlados, e os estudos futuros devem examinar a segurança
e a eficácia dos testes diagnósticos rápidos para a COVID-19, visando obter
resultados mais consistentes e estabelecer recomendações para seu adequado uso.
CONCLUSÃO
Os testes de diagnóstico rápido COVID-19 IgM/IgG parecem ser imprecisos. Não
encontramos nenhuma evidência para apoiar o teste rápido de anticorpos COVID-19
ou
SARS-CoV- 2 como triagem de pacientes ambulatoriais de cirurgia plástica estética.
Estudos futuros sobre o tema são necessários para validar diferentes testes de
diagnóstico laboratorial.
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RS, Brasil.
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Deus Carlos Gomes, Porto Alegre, RS, Brasil.
Autor correspondente:
Denis Souto Valente Rua Antônio Carlos Berta, 475/702, Jardim
Europa, Porto Alegre, RS, Brasil. CEP: 91340-020 E-mail:
denisvalentedr@gmail.com
Artigo submetido: 05/07/2020.
Artigo aceito: 10/01/2021.
Conflitos de interesse: não há.