INTRODUÇÃO
A lipoaspiração é um procedimento consagrado na cirurgia plástica para a melhora do
contorno corporal. Ela é a segunda cirurgia plástica estética mais realizada no
país1. Foi descrita para o tratamento de
lipodistrofia pela primeira vez pelo cirurgião francês Illouz, em 19832, e desde então sofreu diversas evoluções
técnicas.
O princípio do tratamento se baseia na retirada de tecido subcutâneo (conteúdo) das
regiões acometidas com a preservação da pele (continente). Após a retirada a vácuo
do excesso de gordura, assume-se que a pele a partir de sua capacidade de retração
(elasticidade), irá se adaptar a essa redução de volume do tecido subcutâneo.
Entretanto, essa adaptação da pele pode não ocorrer, especialmente em áreas com
espessura menor da derme como a face medial das coxas e dos braços. Isso pode
implicar em um efeito colateral indesejado, flacidez da pele e demandar a retirada
do excesso de pele com a criação de uma cicatriz.
Na tentativa de solucionar esta questão, foram desenvolvidas diferentes tecnologias
para estimular a produção de colágeno e propiciar uma retração maior da pele,
tais
como: injeções locais de ácido poli-L-láctico ou hidroxiapatita de cálcio,
aplicações de ultrassom microfocado, aplicações de corrente elétrica através de
radiofrequência e o uso de laser.
Existem diferentes tipos de laser que podem ser aplicados no tecido subcutâneo e na
derme profunda com o objetivo de provocar lipólise e retração da pele3. O laser com comprimento de onda de 980nm
apresenta grande afinidade pela água contida nos adipócitos e na pele. Portanto,
é
eficaz para lipólise4 e como estimulador da
retração da pele. No Brasil esta tecnologia é utilizada há alguns anos. Em 2013,
Dornelles et al.5 publicaram uma série de 400
pacientes submetidos à laserlipólise utilizando esta tecnologia e obtendo bons
resultados.
O laser quando aplicado na região subcutânea e de derme profunda tem uma ação
fotoquímica (alteração da permeabilidade de membrana do adipócito) e fototérmica
através da produção de calor, que gera dano celular aos adipócitos e leva à
remodelação do colágeno da pele5.
O receio do cirurgião que utiliza esta tecnologia é que a produção de calor no local
provoque uma queimadura dos tecidos. Os parâmetros existentes atualmente (potência
e
energia) nos aparelhos permitem apenas uma inferência indireta da mudança de
temperatura da pele. Assim sendo, o cirurgião precisa optar entre aplicar uma
subdose de laser no tecido, sem obter o efeito esperado, ou provocar uma queimadura
indesejada no local, sem ter os instrumentos precisos para essa tomada de
decisão.
A termografia clínica é utilizada em diversas áreas do conhecimento atualmente com
aplicações na indústria bélica, construção e segurança. Na medicina o primeiro
artigo foi publicado em 19576 e hoje tem
várias aplicações como triagem de passageiros com doenças infecciosas nos
aeroportos7, avaliação quantitativa e
qualitativa no tratamento de dor8, da
quantificação da gordura marrom9, pode ser
usada para monitorar reações inflamatórias na ortopedia e reumatologia10, prevenção de lesões na medicina
esportiva11 e para detecção de tumores
como melanomas e sua metástase12. Na cirurgia
plástica já foi utilizada no planejamento pré-operatório de perfurantes em retalhos
de pele, acompanhamento pós-operatório de retalhos, como complemento na análise
da
profundidade de queimaduras, em avaliação da resposta de tratamento de hemangioma
e
como um teste diagnóstico de síndrome de túnel de carpo13. Entretanto, até o momento, ela não foi descrita para guiar
os procedimentos de lipoaspiração com laser.
Existem dois tipos de avaliação termográfica: a passiva e a ativa - também conhecida
como dinâmica. Na passiva são captadas imagens radiométricas com medidas estáticas
da superfície em tempo real e em um determinado instante. Na dinâmica, a termografia
mede a temperatura de uma superfície sujeita a mudanças de temperatura. Ela mede
respostas fisiológica dinâmicas a estímulos, como frio e calor, que são documentadas
em um intervalo de tempo. A avaliação dinâmica é utilizada em testes provocativos
como a oclusão braquial para a avaliação do endotélio14, ou o denominado cold stress test ou cold challenge test, que ativa o
sistema nervoso autônomo através de exposição ao frio ambiental ou em membros
específicos, aplicado em casos de dor crônica e avaliação neurológica15,16.
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é descrever uma nova técnica padronizada de termografia
dinâmica para determinar a temperatura da epiderme em tempo real durante a aplicação
do laser e, consequentemente, guiar o cirurgião, permitindo um procedimento
termoguiado, aumentando a eficiência e diminuindo o risco de complicações.
Um segundo objetivo é utilizar esta padronização para determinar o limite superior
de
temperatura com o método, através da temperatura que, em média, observa-se
queimadura na pele durante a aplicação do laser.
MÉTODOS
Oitenta e três pacientes foram submetidas à laserlipólise com o laser de diodo
Orlight® Duo 980nm (Figura 1), entre julho de 2017 e junho de 2019, no Hospital da Plástica, São
Paulo/SP. Todas as pacientes do estudo assinaram o termo de consentimento e o
trabalho recebeu a aprovação do comitê de ética sob o número 0126/2019. A faixa
etária dos pacientes variou de 17 a 75 anos. Todas as pacientes eram do sexo
feminino.
Figura 1 - Laser de diodo Orlight® Duo 980nm.
Figura 1 - Laser de diodo Orlight® Duo 980nm.
Para monitorização da temperatura foi utilizada uma termocâmera
Flir® modelo T540sc (Flir Systems Inc, Wilsonville, OR) com
resolução IR 464x248 pixels e sensibilidade térmica de 30mk e uma lente de 42º
(Figura 2) fixada no foco cirúrgico para
permitir sua manipulação pelo próprio cirurgião de maneira estéril (Figura 3). As imagens da termocâmera foram
transmitidas por Bluetooth para um tablet Ipad Pro 12.9’’ fixado em posição frontal
ao cirurgião (Figura 4).
Figura 2 - Termocâmera Flir® modelo T540sc (Flir Systems Inc,
Wilsonville, OR).
Figura 2 - Termocâmera Flir® modelo T540sc (Flir Systems Inc,
Wilsonville, OR).
Figura 3 - Fixação da câmera no foco cirúrgico.
Figura 3 - Fixação da câmera no foco cirúrgico.
Figura 4 - Tablet com transmissão por Bluetooth das imagens da termocâmera, em
posição frontal ao cirurgião.
Figura 4 - Tablet com transmissão por Bluetooth das imagens da termocâmera, em
posição frontal ao cirurgião.
O ambiente de temperatura e umidade (sempre menor que 60%) foi controlado com um
termohigrômetro HTC-1 garantindo um conforto térmico do paciente que tinha exposto
somente a área corpórea a ser operada. Os pacientes não estavam expostos em
correntes de ar e a temperatura foi mantida em 22ºC.
Foi fixado um alarme na termocâmera quando a temperatura da pele atingisse 38ºC. A
aplicação do laser com o objetivo de provocar a retração da pele foi feita com
a
ponteira direcionada de encontro à derme profunda na velocidade de 5 centímetros
lineares a cada 1 segundo.
O laser foi aplicado no tecido até se obter uma superfície homogênea de temperatura,
o que foi observado na termocâmera com a formação de uma coloração vermelha em
toda
área demarcada (Figura 5).
Figura 5 - Área demarcada apresentando uma coloração vermelha homogênea
Figura 5 - Área demarcada apresentando uma coloração vermelha homogênea
Para determinar a temperatura que provoca queimadura na pele, o laser foi aplicado
na
derme profunda de retalhos de abdome de pacientes submetidas à dermolipectomia,
totalizando 27 casos. A temperatura foi aferida conforme técnica padronizada
previamente, em back table, imediatamente após ressecção dos retalhos abdominais,
com áreas já previamente marcadas de 6x6cm bilateralmente (Figura 6).
Figura 6 - Marcação prévia das áreas de retalho abdominal a serem testadas para
queimadura após ressecção da dermolipectomia clássica
Figura 6 - Marcação prévia das áreas de retalho abdominal a serem testadas para
queimadura após ressecção da dermolipectomia clássica
A temperatura de queimadura da pele foi definida como o momento exato do surgimento
de uma placa opaca na superfície da pele, a qual é seguida por um defeito de
espessura total (Figura 7).
Figura 7 - Determinando a temperatura de queimadura com o laser nos retalhos da
dermolipectomia em back table.
Figura 7 - Determinando a temperatura de queimadura com o laser nos retalhos da
dermolipectomia em back table.
RESULTADOS
Na região da face medial do braço e da coxa foi utilizada uma potência de 15W e
aplicados, em média, 4000J de energia por região. Na região dorsal e do abdome,
foi
adotada uma potência de 20W e foram aplicados 6000J de energia em cada
quadrante.
Na região de submento foi adotada uma potência de 10W e aplicados, em média, 1500J
de
energia (Tabela 1).
Tabela 1 - Distribuição da potência e energia aplicados, de acordo com a
região.
Região |
Potência (w) |
Energia |
Face medial braço |
15 |
4000 |
Face medial coxa |
15 |
4000 |
Dorso |
20 |
6000 |
Abdome |
20 |
6000 |
Submento |
10 |
1500 |
Tabela 1 - Distribuição da potência e energia aplicados, de acordo com a
região.
A temperatura inicial do tecido estudado foi, em média, de 31ºC, com a temperatura
da
sala padronizada em 22ºC. A temperatura média ao final da aplicação do laser foi
de
37ºC (Tabela 2).
Tabela 2 - Temperatura média cutânea
Temperature Média (ºC) |
Pele (inicial) |
31 |
Pele (final) |
37 |
Queimadura |
45 |
Intervalo de Segurança |
36 a 40 |
Tabela 2 - Temperatura média cutânea
A temperatura média que provocou a queimadura foi de 45ºC e o intervalo de segurança
na técnica termoguiada foi fixado entre 36 a 40ºC, adotado como meta da aplicação
do
laser.
Foram verificados 9 casos com seroma e necessidade de punções no consultório e dois
pacientes apresentaram pequena queimadura na região do submento, tratadas
conservadoramente.
DISCUSSÃO
A geração de calor na região da derme profunda promove a produção de colágeno, a
ativação do processo de cicatrização, contração do colágeno e espessamento de
suas
fibras17. Para que esse efeito ocorra de
maneira adequada é necessário que o calor provoque a ruptura intra e intermolecular
das fibrilas de colágeno, o que somente ocorre dentro de uma determinada faixa
de
temperatura18. Estudos anteriores
demonstram que essa temperatura varia de 60 a 65ºC19.
Diferentes tecnologias utilizam o princípio de aumento de temperatura para induzir
este efeito biológico tais como: radiofrequência, ultrassom e o laser20. Entretanto o excesso de calor pode provocar
queimaduras. Segundo Lawrence e Bull, em 197621, um objeto em contato com a pele para qualquer duração de tempo não
deve exceder 42°C de temperatura e em temperaturas acima de 43,5°C existe um dano
no
tecido. Portanto, é essencial um monitoramento da temperatura na epiderme para
que
ela se mantenha dentro de uma faixa segura, e ao mesmo tempo, o calor induza a
remodelação da derme. Dentre os diferentes métodos utilizados para esse fim,
destaca-se a termografia infravermelha.
A termografia médica infravermelha é um método de análise não invasiva e não
radioativa, capaz de monitorar a temperatura da epiderme sem contato. Em 1964,
foi
publicado o primeiro registro de uso de termografia sem contato na avaliação de
queimadura de pele com gradientes até 0.1ºC, permitindo estimar a perfusão
relativa22. Na teoria, a radiação
infravermelha emitida de uma ferida de queimadura deveria diminuir de acordo com
o
aumento da profundidade de queimadura devido ao maior grau de coagulação
microvascular e, consequentemente, a termografia também foi aplicada para calcular
a
profundidade da lesão23,24.
Porém, a termografia estática ou passiva está sujeita a vários fatores que podem
impactar negativamente no resultado intratemporal, tais como: calor evaporativos
ou
efeitos de aquecimento e resfriamento, também a granulação de ferida que modifica
o
nível da perfusão ou até a emissividade, como também variações na profundidade
de
vascularização no tecido cutâneo em diferentes locais do corpo25.
Novas técnicas de termografia dinâmica foram propostas, onde energia térmica foi
introduzida na pele elevando sua temperatura fisiológica. Acompanhando a temperatura
da pele na lesão no tempo, podem ser detectadas variações regionais em transferência
de energia de calor na superfície da ferida que permitem a identificação da
profundidade de queimadura26,27.
Na termografia dinâmica para a avaliação de queimaduras profundas, a resposta de
temperatura é avaliada após uma excitação de pulso térmico: inicialmente a
distribuição de temperatura fixa na superfície de interesse é medida com uma câmera
de infravermelho; na sequência é aplicada a excitação térmica externa, seguindo
por
várias medidas de temperatura na superfície testada por um tempo determinado;
finalmente, a profundidade da queimadura da pele pode ser avaliada quantitativamente
calculando o constante T do tempo térmico26.
As imagens térmicas demonstram em queimaduras de pele superficiais um aumento da
temperatura comparada com a área saudável próxima, enquanto queimaduras profundas
apresentam temperaturas mais baixas em comparação com as áreas saudáveis próximas.
Esta diferença de temperatura é estatisticamente significativa e fornece um modo
de
distinguir queimaduras de pele superficial de queimaduras profundas28.
Nesta pesquisa, utilizamos uma câmera de termografia, que transmite a imagem de
infravermelho em tempo real para um monitor conectado por Bluetooth. Permite a
monitorização térmica de toda a região tratada, diferentemente de um termômetro
que
mede apenas um ponto específico a cada vez. Para se ter um parâmetro de comparação,
ao utilizarmos uma câmera de infravermelho com a resolução de 464×348 pixels
isto equivale a 161.472 medições com termômetro de superfície17.
O acréscimo da técnica do laser acrescentou de 3 a 10% do valor total prévio do
procedimento, apresentando uma boa relação de custo versus benefício.
A aplicação do laser em subcutâneo e derme profunda guiada pela termocâmera permitiu
uma aplicação mais homogênea da energia na área demarcada e propiciou uma
monitorização de temperatura eficaz para que o cirurgião obtivesse o efeito desejado
sem atingir a temperatura de risco para queimadura.
Na técnica proposta, no presente artigo da termografia dinâmica, o objetivo não é
avaliar uma lesão existente e nem mensurar a recuperação. O objetivo é evitar
uma
possível lesão de queimadura profunda interna, ou seja, uma ação proativa e de
caráter preventivo através de uma técnica de laser termoguiado. Porém, considerando
a existência de testes provocativos dinâmicos na avaliação de queimaduras profundas,
esta técnica poderá ser aperfeiçoada em pesquisas futuras acompanhando os pacientes
submetidos a esta técnica após o procedimento, para mensurar possíveis danos como
queimaduras profundas e ajustar melhor a temperatura desejada com o laser.
CONCLUSÃO
A termografia cutânea por infravermelho é um método complementar útil, não invasivo,
sem efeitos colaterais, cujo uso durante o procedimento de lipolaser proporciona
um
monitoramento térmico confiável, sendo assim um parâmetro extra que pode evitar
queimaduras profundas indesejadas.
A monitorização por termocâmera da lipolaser também permitiu uma distribuição mais
homogênea do calor na área tratada e propiciou ao cirurgião uma monitorização
segura
para ele aplicar no subcutâneo e na derme profunda uma dose adequada de energia
para
obter o efeito desejado.
A monitorização até o ponto de queimadura da pele com laser define a partir de qual
temperatura esta técnica oferece risco e permite ao cirurgião determinar qual
temperatura alvo ele deseja atingir em cada área do corpo.
Sugerem-se futuros estudos longitudinais em que se explorem os potenciais da
termografia infravermelha cutânea no monitoramento do processo da lipolaser e
sua
avaliação de existência de queimaduras profundas subcutânea com testes provocativos
térmicos.
AGRADECIMENTOS
Agradecimento a Marcelo Kikuchi, da empresa Laser Medical, pelo apoio e fornecimento
dos equipamentos.
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Cirurgia Plástica, São Paulo, SP, Brasil.
2. Clínica Kamamoto, Cirurgia Plástica, São Paulo,
SP, Brasil.
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Paulo, SP, Brasil.
Autor correspondente: Fabio Kamamoto,
Rua Mato Grosso, Higienópolis, 306, Conjunto 1402, São Paulo, SP, Brasil. CEP:
01239-040. E-mail: fabio.kamamoto@gmail.com
Artigo submetido: 21/11/2019.
Artigo aceito: 22/10/2020.
Conflitos de interesse: não há.