INTRODUÇÃO
O câncer de mama é a neoplasia mais comum entre as mulheres, após os tumores de pele.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de casos novos
no Brasil é 57.900 para o ano de 2018, correspondendo a 29% do total de neoplasias
diagnosticadas. Estatísticas indicam um aumento progressivo na sua incidência, representando
24,2% do total de casos de câncer femininos no mundo em 2018, sendo a quinta causa
de morte por câncer em geral (626.679 óbitos) e a causa mais frequente de morte por
câncer em mulheres1.
A neoplasia maligna da mama apresenta diferentes tipos histológicos e variados perfis
moleculares, possibilitando abordagens terapêuticas cada vez mais individualizadas.
A constante evolução científica gerando melhor entendimento sobre o câncer de mama
tem permitido abordagens cirúrgicas cada vez menos invasivas, diminuindo a morbidade
relacionada ao tratamento sem prejuízo oncológico.
O primeiro tratamento eficaz para o câncer de mama foi a mastectomia radical descrita
por Halsted, em 18942, que se caracterizava pela ressecção da mama (pele e glândula), dos dois músculos
peitorais e dos três níveis dos linfonodos axilares em monobloco, obtendo-se baixas
taxas de recidiva local e boa sobrevida global.
Em 1948, Patey e Dyson3 publicaram uma série de casos de mastectomias radicais com a preservação do músculo
peitoral maior, obtendo resultados semelhantes à cirurgia radical clássica e com menor
morbidade.
Posteriormente, em 1965, Madden4 publicou um estudo preconizando a preservação de ambos os músculos peitorais e obteve
semelhantes resultados oncológicos, com menores taxas de complicação.
Com seus estudos clássicos, iniciados na década de 70, Veronesi et al., em 19815 e Fisher et al., em 19856, mudaram o paradigma da radicalidade no tratamento do câncer de mama. Eles observaram
que, em casos selecionados, as cirurgias conservadoras das mamas (CC) associadas com
a radioterapia proporcionavam resultados oncológicos semelhantes aos das cirurgias
radicais e com redução significativa das morbidades.
O principal objetivo das CC é a ressecção tumoral com margens adequadas atingindo
resultados estéticos favoráveis. Bons resultados estéticos associam-se a uma melhor
qualidade de vida para a mulher com câncer de mama7.
Contudo, a CC tem como principal limitação a relação entre a área de ressecção tumoral
e o tamanho da mama. Quando esta relação é desfavorável, os resultados cirúrgicos
observados são frequentemente inestéticos8.
Assim, neste cenário desfavorável, a associação da técnica de ressecção oncológica
com a de mamoplastia, torna-se uma alternativa eficaz para evitar a cirurgia radical.
Esta associação técnica permite ressecções mamárias de 20-40% sem prejuízos estéticos9-11.
OBJETIVO
No presente artigo, pretende-se mostrar os resultados cirúrgicos e a versatilidade
da mamoplastia redutora preconizada por Pitanguy modificada para otimização da abordagem
oncológica imediata, associada à simetrização da mama contralateral.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, com descrição de uma série de
casos clínicos consecutivos, realizado por meio de revisão de prontuários médicos
de pacientes operadas e acompanhadas ambulatorialmente no Instituto Brasileiro de
Controle do Câncer (IBCC), São Paulo/SP.
O mesmo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição e registrado
na Plataforma Brasil (CAAE: 26068219.8.0000.0072). Foi solicitada e aceita dispensa
de obtenção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) das pacientes, pois
se trata de um estudo observacional e retrospectivo.
Foram coletados dados de 3 pacientes submetidas à mamoplastia redutora modificada
para otimização oncológica, associada à simetrização da mama contralateral, durante
o período de agosto de 2018 a julho de 2019.
Planejamento cirúrgico
O planejamento cirúrgico é realizado com enfoque multidisciplinar, ou seja, com a
interação entre a ressecção oncológica realizada pela equipe da mastologia e a reconstrução
da mama com tecidos locais associada à simetrização da mama contralateral, realizada
pela equipe da cirurgia plástica. A marcação da mama com diagnóstico de câncer é planejada
seguindo os princípios da mamoplastia redutora descrita por Pitanguy. Contudo, o triângulo
de ressecção inferolateral é transposto para a área supratumoral. A localização exata
deste triângulo transposto não é fixa e é adequada individualmente para cada paciente,
de acordo com a localização da lesão, para otimização da técnica. Ela pode ser posicionada
da junção dos quadrantes laterais (JQL) até o quadrante superolateral (QSL) da mama
oncológica (Figura 1).
Figura 1 - Planejamento cirúrgico da mama oncológica.
Figura 1 - Planejamento cirúrgico da mama oncológica.
O pedículo preferencial para reposicionamento do complexo areolopapilar (CAP) é o
superomedial, pois não interfere na ressecção oncológica, mesmo nas lesões que chegam
até a região central (RC) da mama (Figura 1).
Nas lesões que chegam até a RC, geralmente há necessidade de ressecções mais amplas
para obtenção de margens oncológicas satisfatórias. Nestes casos, para evitar a redução
excessiva do volume mamário, pode-se realizar um retalho desepidermizado da região
inferior da mama, visando a adequada reposição volumétrica da RC ressecada (Figura 1).
A abordagem axilar, seja para realização da biópsia do linfonodo sentinela (BLS) ou
da linfadenectomia axilar (LA), é realizada pela mesma incisão. O acesso axilar ocorre
pela extremidade do triângulo transposto.
A mamoplastia de simetrização é realizada seguindo os princípios da mamoplastia redutora
descrita por Pitanguy, tendo-se especial atenção em deixar a mama oncológica com volume
10% maior do que a mama contralateral, pois a radioterapia adjuvante, obrigatória
em cirurgias conservadoras, reduz aproximadamente 10% deste volume mamário.
Ao término do procedimento, realiza-se a clipagem do leito tumoral para auxílio no
planejamento da radioterapia adjuvante. Aplica-se 4 clipes radiopacos, nos pontos
cardeais. A cicatriz resultante, na mama oncológica, varia de acordo com o posicionamento
do triângulo de ressecção supratumoral (Figura 2).
Figura 2 - Cicatrizes resultantes após a realização da técnica descrita.
Figura 2 - Cicatrizes resultantes após a realização da técnica descrita.
RESULTADOS
Os dados clínicos, oncológicos e cirúrgicos dos casos descritos estão expostos na
Tabela 1.
Tabela 1 - Características cirúrgicas e oncológicas dos casos tratados com a técnica descrita.
|
Caso 1 |
Caso 2 |
Caso 3 |
Idade (anos) |
53 |
44 |
64 |
IMC (kg/m2)
|
31,6 |
27,7 |
33 |
Cirurgia mama oncológica |
ROLL |
ROLL |
2 ROLL + 1 Agulhamento |
Cirurgia Axilar |
BLS |
BLS |
BLS |
Peso mama direita (g) |
380 |
470 |
390 |
Peso mama equerda (g) |
435 |
540 |
460 |
Tamanho tumoral (mm) |
29 |
26 |
13 e 10 |
Local Tumoral |
11h MD |
2h ME |
9H MD |
Tipo histológico |
CDI + CDIS |
CDI |
CDI + Papiloma esclerosante |
Subtipo molecular |
Luminal B HER2+ |
Triplo Negativo |
Luminal B |
Tabela 1 - Características cirúrgicas e oncológicas dos casos tratados com a técnica descrita.
Caso 1
SDLF, 53 anos, com diagnóstico de carcinoma ductal invasivo (CDI) da mama direita,
pT2 pN1a, subtipo luminal híbrido. Ao exame físico evidenciou-se mamas com ptose grau
2. Realizada a técnica descrita, com posicionamento do triângulo transposto aproximadamente
às 11 horas da mama direita. Os CAPs foram reposicionados com pedículo superomedial
bilateralmente. Realizou quimioterapia e radioterapia adjuvante. Paciente evoluiu
sem intercorrências e satisfeita com o resultado estético. Foi submetida à radioterapia
adjuvante. Documentação fotográfica com 1 ano de pós-operatório (Figura 3).
Figura 3 - Resultados do primeiro caso com 1 ano de pós-operatório.
Figura 3 - Resultados do primeiro caso com 1 ano de pós-operatório.
Caso 2
CAGS, 44 anos, com diagnóstico de CDI da mama esquerda, triplo negativo, cT2 cN0.
Ao exame físico evidenciou-se mamas com ptose grau 3. Submetida à quimioterapia neoadjuvante
com Carboplatina + Paclitaxel, seguido de Doxorrubicina + Ciclofosfamida, evidenciando-se
resposta patológica completa. Realizada avaliação oncogenética sem evidência de mutações
gênicas patológicas relacionadas ao câncer de mama hereditário. Realizada a técnica
descrita, com posicionamento do triângulo transposto aproximadamente às 2 horas da
mama esquerda. Os CAPs foram reposicionados com pedículo superomedial bilateralmente.
Realizou radioterapia adjuvante. Paciente evoluiu sem intercorrências e satisfeita
com o resultado estético. Documentação fotográfica com 1 ano de pós-operatório (Figura 4).
Figura 4 - Resultados do segundo caso com 1 ano de pós-operatório.
Figura 4 - Resultados do segundo caso com 1 ano de pós-operatório.
Caso 3
MCLPF, 64 anos, com diagnóstico de CDI multicêntrico, pT1(m) pN0(ls), subtipo luminal
B, associado a papiloma intraductal esclerosante na mama direita. Ao exame físico
evidenciou-se mamas com ptose grau 3. No planejamento pré-operatório, 3 clipes de
biópsia aspirativa à vácuo foram incluídos na área de ressecção cirúrgica (Figura 5):
Figura 5 - Mamografia para planejamento pré-operatório mostrando 3 clipes de biópsia aspirativa
à vácuo, foram incluídos na área de ressecção cirúrgica.
Figura 5 - Mamografia para planejamento pré-operatório mostrando 3 clipes de biópsia aspirativa
à vácuo, foram incluídos na área de ressecção cirúrgica.
Terço anterior da JQL, periareolar (biópsia a vácuo com resultado de CDI);
Terço médio do QSL (biópsia a vácuo com resultado de CDI);
Terço posterior da JQL (biópsia a vácuo com resultado de Papiloma Intraductal Esclerosante).
Realizada a técnica descrita com posicionamento do triângulo transposto aproximadamente
às 9 horas da mama direita. Neste caso, por necessidade oncológica, foi estendida
a ressecção cirúrgica até a RC e utilizado o retalho desepidermizado da região inferior
para otimização volumétrica da reconstrução (Figuras 6 e 7). Os CAPs foram reposicionados com pedículo superomedial bilateralmente.
Figura 6 - Peça cirúrgica e a mamografia da mesma peça evidenciando a ressecção eficaz da área
contendo os 3 clipes.
Figura 6 - Peça cirúrgica e a mamografia da mesma peça evidenciando a ressecção eficaz da área
contendo os 3 clipes.
Figura 7 - Reconstrução mamária com posicionamento do retalho desepidermizado da região inferior
para otimização volumétrica.
Figura 7 - Reconstrução mamária com posicionamento do retalho desepidermizado da região inferior
para otimização volumétrica.
Paciente evoluiu com pequena necrose de 1x1cm na junção inferior dos retalhos, na
mama direita, que foi tratada de maneira conservadora, com boa evolução. Paciente
evoluiu satisfeita com o resultado estético. Documentação fotográfica com 2 meses
de pós-operatório, antes da radioterapia adjuvante (Figura 8).
Figura 8 - Resultados do terceiro caso com 2 meses de pós-operatório, antes da radioterapia.
Figura 8 - Resultados do terceiro caso com 2 meses de pós-operatório, antes da radioterapia.
DISCUSSÃO
Classicamente, a cirurgia conservadora da mama (CC) é indicada para mulheres com câncer
de mama unifocais, com até 5cm (T1 ou T2) ou tumores cuja ressecção mamária não exceda
20 a 25% do volume mamário.
Cirurgias conservadoras da mama que necessitam de resseções mais amplas estão associadas
a deformidades estéticas residuais em até 30% dos casos12,13. Geralmente estas alterações trazem grande impacto para a qualidade de vida destas
mulheres e resultam em enormes desafios para correção ou melhora estética secundária
da mama, devido à dificuldade técnica e ao risco de mobilizações teciduais nas mamas
irradiadas.
Assim, as abordagens oncológicas associadas com as técnicas de mamoplastia, nomeada
como cirurgia oncoplástica da mama (CO), tem como uma de suas principais indicações,
a diminuição das taxas de insatisfação estética com a cirurgia conservadora associada
a grandes ressecções mamárias14.
Além desta importante indicação, outras aplicações práticas da CO são a possibilidade
técnica de se realizar a cirurgia conservadora da mama em lesões multifocais, multicêntricos
e em tumores maiores que 5cm (T3) ou que necessitem de ressecção mamária maior que
25% do volume mamário, sem prejuízo estético14. Estes casos, classicamente, seriam indicações de cirurgia radical.
Em recente artigo de revisão da literatura, mamas apresentando resultados cirúrgicos
esteticamente favoráveis foram observadas em 90,2% das pacientes que realizaram CO8. Já nas mulheres que realizaram CC tradicional, as taxas foram de 60 a 80%14,15.
Em relação aos aspectos oncológicos, a CO apresenta semelhantes desfechos que a CC,
ou seja, apresentam a mesma segurança oncológica. Entretanto, observa-se a vantagem
de proporcionarem menores taxas de reparações por margens cirúrgicas inadequadas na
CO8.
Classicamente a técnica de mamoplastia redutora em “T” invertido, descrita em nosso
meio por Pitanguy, em 196716, é uma excelente alternativa para CO quando a área oncológica que será ressecada
está localizada na área da marcação clássica da técnica, geralmente no polo inferior
da mama. Quando esta área está localizada fora da marcação, muitas vezes é necessária
a realização de retalhos cutâneos, por vezes extensos, para acesso ao local desejado.
Isto aumenta o risco de complicações como necroses dos retalhos cutâneos, esteatonecroses
e deiscências da ferida operatória.
Reparações imediatas de tumores localizados nos quadrantes superolaterais de mama
volumosas foram abordadas por Carramaschi et al., em 199117. Em 1997, a técnica ilustrada neste artigo, foi descrita por Ching et al., em 199718, e apresentada no II Convenção Latino-Americana do “European School of Oncology”. Em 2015, Silverstein et al., em 201519,20, difundiu a técnica em base bibliográfica internacional denominando-a “Oncoplastic Split Reduction”.
Na técnica descrita, realizou-se a transposição da área de ressecção inferolateral
para a região superolateral da mama, mais precisamente das 9 às 11 horas na mama direita
ou da 1 às 3 horas na mama esquerda (Figura 1). Lembrando que, aproximadamente 50% dos carcinomas mamários, ocorrem nesta localização.
Esta modificação da mamoplastia redutora para abordagem oncológica permite uma técnica
cirúrgica com menor desvascularização mamária, de fácil acesso à região tumoral sem
necessidade de realizar de amplos retalhos cutâneos, com possibilidade de ressecção
de pele supratumoral quando oncologicamente indicada e que possibilita o acesso à
região axilar sem necessidade de incisão adicional.
Isto acarreta em procedimento cirúrgicos com menores riscos de complicações, fato
de extrema importância na cirurgia oncológica, visando diminuir o risco de atraso
no início do tratamento adjuvante.
Na pequena série de casos apresentados observamos que se trata de um procedimento
seguro, oncologicamente eficaz, versátil para diversas localizações tumorais e com
alto índice de satisfação das pacientes.
CONCLUSÃO
A técnica descrita mostrou-se uma boa alternativa para tumores localizados entre a
JQL e o QSL da mama oncológica, proporcionando ressecções amplas e seguras.
AGRADECIMENTOS
Ao ilustrador médico Rodrigo Tonan que realizou com maestria as figuras utilizadas
no artigo.
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1. Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), Serviço de Cirurgia Plástica,
São Paulo, SP, Brasil.
Autor correspondente: Gabriel Salum D’Alessandro, Av. Alcântara Machado, nº 2576, Mooca, São Paulo, SP, Brasil. CEP: 03102-002 E-mail:
gsdalessandro@yahoo.com.br
Artigo submetido: 22/12/2019.
Artigo aceito: 02/03/2020.
Conflitos de interesse: não há.