RESUMO
INTRODUÇÃO: Os pacientes com defeitos de parede abdominal chegam ao consultório do cirurgião plástico em situações muitas vezes complexas, necessitando de abordagem cirúrgica avançada.
MÉTODOS: Estudo primário, retrospectivo e descritivo de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de reconstrução de parede abdominal pelo Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE).
RESULTADOS: Foram revisados e incluídos os prontuários de 18 pacientes, 15 (83,3%) do sexo feminino e 3 (16,7%) do masculino, com idade variando de 16 a 79 anos (média de 41 anos). Dezessete pacientes possuíam histórico de cirurgia prévia (94,4%), sendo a cesárea presente em 8 dos casos (44,4%), seguida de cirurgia oncológica com 6 (33,3%), cirurgia do trauma com 2 (11,1%) e bariátrica com 2 (11,1%). Em relação à etiologia do defeito, 8 (44,4%) eram decorrentes de fasciite necrosante, 4 (22,2%) de hérnia incisional, 2 (11,1%) por trauma, 2 (11,1%) por infecção de ferida operatória e 2 (11,1%) por neoplasia de parede abdominal, sendo somente um (5,5%) paciente com defeito de espessura total. A técnica cirúrgica de separação dos componentes foi realizada em 7 dos casos (38,9%), seguida de retalho de avanço simples em 6 (33,3%), fechamento com tela associado à abdominoplastia em 3 (16,7%), e expansor tecidual em 2 (11,1%). Quanto às complicações, houve 4 casos (22,2%).
CONCLUSÕES: Defeitos de parede abdominal são casos desafiadores para o cirurgião plástico, seu tratamento se mostra árduo, porém com resultados satisfatórios mesmo nos casos mais severos.
Palavras-chave: Parede abdominal; Reconstrução; Fasciite necrosante; Hérnia abdominal; Hérnia ventral.