RESUMO
INTRODUÇÃO: O abdome é um segmento estético-funcional importante na caracterização do contorno corporal. Na abdominoplastia, o posicionamento e o formato da cicatriz umbilical são importantes para um resultado satisfatório. Este estudo teve como objetivo descrever a técnica de onfaloplastia vertical, bem como apresentar os resultados obtidos.
MÉTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo descritivo composto por pacientes submetidos à onfaloplastia vertical durante a abdominoplastia clássica no período de 2014 a 2017. A técnica consistiu em uma incisão linear vertical transcutânea sem retirada de fuso de pele e com mínimo desengorduramento da parede ao redor do umbigo, seguida da confecção de um ponto na porção lateral do pedículo umbilical, transfixante, permitindo sua invaginação e fixação rente à aponeurose do reto abdominal.
RESULTADOS: Do total de 128 pacientes avaliados, a faixa etária variou de 25 a 62 anos, com média de 32 anos. O tempo médio do ato operatório foi de 2 horas e 33 minutos. Não foram observadas complicações cirúrgicas como hematoma ou necrose do retalho abdominal. Foram observados 2 casos de deiscências, 4 casos de cicatriz hipertrófica, com 2 evoluindo para estenose umbilical e 1 caso de necrose umbilical. No seguimento ambulatorial 92,2% dos pacientes mostraram-se muito satisfeitos com o resultado final obtido. A análise técnica apresentou um grau de satisfação de 88,8% dos casos.
CONCLUSÃO: A técnica descrita apresenta resultados satisfatórios, diminui a possibilidade do surgimento do anel cicatricial e permite minimizar um dos estigmas da abdominoplastia, que é uma cicatriz umbilical muito visível.
Palavras-chave: Umbigo; Abdominoplastia; Satisfação do paciente; Cicatriz hipertrófica; Abdome.