RESUMO
INTRODUÇÃO: O câncer de pele é a neoplasia mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos. O melhor tratamento é a ressecção cirúrgica em fases iniciais. O cirurgião plástico, juntamente com uma equipe multiprofissional, participa no tratamento desta doença. O objetivo é analisar a eficácia dos procedimentos cirúrgicos realizados pelo cirurgião plástico no tratamento do câncer de pele.
MÉTODO: Foram analisados 404 prontuários de pacientes operados no período de fevereiro de 2009 a dezembro de 2012 e analisados gênero, idade, diagnóstico, localização e evolução.
RESULTADOS: Faixa etária com média de 62 anos. 53% de casos de carcinoma basocelular, 25,5% melanoma e 15,1% carcinoma espinocelular. Houve predomínio de mulheres nos carcinomas basocelulares (56%) e no melanoma (54%) e de homens nos carcinomas espinocelulares (61%). Os carcinomas basocelulares (92,99%) e espinocelulares (72,13%) tiveram sua predominância na região de cabeça e pescoço; enquanto o melanoma predominou em região de tronco (36,89%) e membros inferiores (24,27%). Foram realizadas 67 cirurgias com pesquisa de linfonodo sentinela, com positividade em 14,93%. 7,76% dos pacientes de melanoma apresentaram metástases e 2,91% vieram a óbito.
CONCLUSÃO: O cirurgião plástico é um dos profissionais importantes para o tratamento do câncer de pele, sendo o mais apto para realizar as reconstruções após as ressecções tumorais, pois tem em sua formação os conceitos de reparação, utilizando-se de enxertos e retalhos e considerando o aspecto estético dos pacientes. Cabe-lhe também a realização da cirurgia de pesquisa de linfonodo sentinela e o seguimento dos pacientes com câncer de pele.
Palavras-chave: Neoplasias cutâneas; Câncer de pele; Carcinoma basocelular; Carcinoma de células escamosas; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos.