RESUMO
INTRODUÇÃO: Revisão da literatura sobre o retalho miocutâneo inferior do músculo trapézio, apresentando suas vantagens, técnica cirúrgica e complicações.
MÉTODOS: Estudo de 19 casos tratados no INCA, através de técnica específica, e comparação dos dados com a literatura internacional.
RESULTADOS: Todas as reconstruções atingiram seus objetivos, com correção dos defeitos em partes moles e pele. O efeito estético foi considerado bom pelos pacientes e pela equipe médica. Foi observada uma taxa de 21% de complicações. Não houve necrose ou infecção nos retalhos. Em relação às funções, 89,5% apresentaram função motora preservada e 10,5%, déficit funcional por acometimento tumoral do nervo acessório.
CONCLUSÃO: A despeito do aprimoramento contínuo das técnicas microcirúrgicas, os retalhos miocutâneos pediculados ainda encontram indicações nas reconstruções após ressecções oncológicas alargadas. O retalho miocutâneo inferior do músculo trapézio é uma alternativa segura e aplicável para as reconstruções de partes moles das regiões cervicais lateral e posterior, da região lateral da cabeça, da região do ombro e para as regiões paraespinhal superior e paraescapulares.
Palavras-chave: Retalho inferior trapézio; Retalho miocutâneo; Reconstrução cabeça e pescoço; Reconstrução tórax.