A formação do cirurgião plástico, por certo período de tempo passado, ocorreu de forma bastante introspectiva em relação à especialidade.
O caráter iminentemente multidisciplinar da Medicina, que tem adquirido importância crescente, trouxe às outras especialidades médicas a possibilidade de atuar em áreas anteriormente restritas à Cirurgia Plástica.
Este fato, logicamente, trouxe à baila inúmeras discussões éticas sobre os limites da Cirurgia Plástica e da atuação de outras especialidades e até de outras áreas profissionais. Discussão, diga-se, muitas vezes calorosa e preocupada com o mercado profissional. Isto é fato, é a realidade.
Entretanto, devemos observar o lado positivo desta atualidade: o aspecto do desenvolvimento científico e a possibilidade de ampliação tecnológica, acadêmica e, consequentemente, profissional. Não há melhor estímulo à produção científica do que a competição saudável e ética por melhores resultados, por corroborar experiências e desenvolver novos conceitos.
Na verdade, buscamos sempre um único objetivo: oferecer ao nosso paciente o que temos de melhor, o que a cirurgia plástica tem de mais eficiente e atual, o que é melhor para todos nós. Obviamente, recebemos estas informações por meio das publicações científicas.
Dov C. Goldenberg Diretor do Fundo Educacional SBCP