ABSTRACT
INTRODUCTION: Treatment of patients with acquired immunodeficiency syndrome should be complete and based on controlling the disease and the complications related to the use of antiretroviral medications, such as lipodystrophy. This study aimed to evaluate the main complaints, epidemiological aspects, and surgical procedures performed for lipodystrophy correction among patients receiving long-term antiretroviral therapy.
METHOD: In this retrospective study, data were collected from the medical records of 27 patients who underwent 36 surgical procedures associated with lipodystrophy correction, from March 2010 to June 2014, at the Plastic Surgery Service of the Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto.
RESULTS: The average age of the patients was 47.2 years; 22.2% were men and 77.8% were women. The average duration of antiretroviral therapy (HAAR) was 12.1 years. The most frequent complaints were dorsal hump (44.4%), abdominal lipodystrophy (44.4%), and gluteal lipoatrophy (37.04%). The majority of patients (70.4%) had undergone surgery. The most common type of surgery performed was hump liposuction (carried out in 48.1% of the patients), followed by abdominal, back, or flank liposuction (44.4%) and gluteoplasty (22.2%). Among all 36 procedures performed, only 2 resulted in complications. The average postoperative follow-up period was 11.2 months. In total, 70.4% of patients were satisfied with the results of their procedure.
CONCLUSIONS: The success of surgical treatment of HAAR-induced lipodystrophy is based on proper preoperative selection as well as constant and prolonged follow-up. Improved self-esteem facilitates the adherence to antiretroviral drug treatment.
Keywords:
Lipodystrophy; Antiretroviral therapy; Acquired immunodeficiency syndrome; Liposuction; Reconstructive surgical procedures.
RESUMO
INTRODUÇÃO: O tratamento de pacientes portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida deve ser integral e se basear no controle da doença e das complicações relacionadas ao uso de medicações antirretrovirais, como a lipodistrofia. Esse estudo tem como objetivo avaliar as principais queixas, os aspectos epidemiológicos e os procedimentos cirúrgicos realizados para corrigir a lipodistrofia em pacientes em uso crônico de antirretrovirais.
MÉTODO: Estudo retrospectivo, no qual foram coletados dados dos prontuários de 27 pacientes submetidos a 36 procedimentos cirúrgicos relacionados à correção de lipodistrofia no período de março de 2010 a junho de 2014 no serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi 47,2 anos, 22,2% homens e 77,8% mulheres. O tempo médio de uso da terapia antirretroviral (TARV) foi de 12,1 anos. As queixas mais encontradas foram: giba dorsal (44,4%), lipodistrofia abdominal (44,4%) e lipoatrofia glútea (37,04%). Na maioria dos pacientes (70,4%), foi realizada uma cirurgia. Quanto às cirurgias, a lipoaspiração de giba foi realizada em 48,1% dos pacientes, seguida da lipoaspiração de abdome, dorso ou flancos (44,4%) e gluteoplastia (22,2%). Entre todos os 36 procedimentos realizados, apenas dois apresentaram complicações. O tempo médio de seguimento pós-operatório foi de 11,2 meses. Do total, 70,4% dos pacientes mostraram-se satisfeitos após os procedimentos.
CONCLUSÕES: O sucesso do tratamento cirúrgico da lipodistrofia causada pelo uso da TARV baseia-se na seleção pré-operatória adequada e em seguimento constante e prolongado. A melhoria da autoestima facilita a adesão ao tratamento com antirretrovirais.
Palavras-chave:
Lipodistrofia; Terapia antirretroviral; Síndrome da imunodeficiência adquirida; Lipoaspiração; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos.