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Fistula after primary palatoplasty: consensus among plastic surgery and Speech-Language Pathology

Mahyara Francini Jacob; Gabriela Aparecida Prearo; Telma Vidotto de Sousa Brosco; Hagner Lucio de Andrade Silva; Jeniffer de Cassia Rillo Dutka
Rev. Bras. Cir. Plást. 2020;35(2):142-148 - Original Article

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ABSTRACT

Introduction: The identification of complications of primary palatoplasty may vary among professionals from different areas of health due to the lack of standardization of the fistula classification. This study aimed to verify the consensus among professionals of plastic surgery (PC) and Speech-Language Pathology (SLP), regarding the occurrence of fistula, according to what was reported in the same craniofacial service.
Methods: Analysis of the chart's records of the areas of the PC and SLP of 466 patients with cleft lip and palate was performed about the presence and location of fistula about the presence and location of fistulas, as reported in 466 medical records of patients with a history of unilateral cleft lip and palate. To compare the findings between both areas, a gold standard classification for the occurrence of fistula (GSF) was established by an experienced plastic surgeon.
Results:
The PC area reported that 25% of the 466 patients had a fistula compared to the 37% reported by the SLP, while the GSF indicated fistula in 35% of the cases. The Kappa statistic reveals regular agreement between GSF and PC (r = 0.32) and substantial agreement between GSF and SLP (r = 0.63).
Conclusion: There was a discrepancy between the areas of Speech-Language Pathology and plastic surgery regarding the occurrence and location of the fistula after primary palatoplasty in the same craniofacial center. The data indicates the need to create and implement a standardized fistula classification system. In this way, craniofacial teams can use it effectively, taking advantage of the scientific evidence that emerges from the results of cleft lip and palate treatment.

Keywords: Cleft palate; Oral fistula; Medical records; Plastic surgery; Speech Therapy.

 

RESUMO

Introdução: A identificação de complicações da palatoplastia primária pode variar entre profissionais de diferentes áreas da saúde, devido à falta de padronização da classificação de fístula. Este estudo teve o objetivo de verificar o consenso entre profissionais da cirurgia plástica (CP) e da fonoaudiologia (FGA), quanto à ocorrência de fístula, conforme reportado em um mesmo serviço craniofacial.
Métodos: Foi realizada uma análise dos registros das áreas da CP e FGA quanto à presença e localização de fístulas, conforme reportado em 466 prontuários de pacientes com história de fissura transforame incisivo unilateral. Para comparar os achados entre ambas as áreas uma verificação padrão ouro da ocorrência de fístula (POF) foi estabelecida por um cirurgião plástico experiente.
Resultados: A área da CP reportou que 25% dos 466 pacientes apresentaram fístula comparado à 37% reportado pela FGA, enquanto o POF indicou fístula em 35% dos casos. Estatística Kappa revela concordância regular entre POF e CP (r=0,32) e concordância substancial entre POF e FGA (r=0,63).
Conclusão: Observou-se discordância entre as áreas da fonoaudiologia e da cirurgia plástica quanto à ocorrência e localização da fístula após a palatoplastia primária, em um mesmo centro craniofacial. Os dados apontam para a necessidade da criação e da implementação de um sistema de classificação de fístula padronizado, que possa ser utilizado de forma efetiva por equipes craniofaciais favorecendo evidências científicas dos resultados do tratamento da fissura labiopalatina.

Palavras-chave: Fissura palatina; Fístula bucal; Registros médicos; Cirurgia plástica; Fonoaudiologia

 

Brosco-Dutka classification system for palate fistulas

Telma Vidotto de Sousa Brosco; Gabriela Aparecida Prearo; Hagner Lucio de Andrade Silva; Jeniffer De Cassia Rillo Dutka
Rev. Bras. Cir. Plást. 2021;36(2):164-172 - Original Article

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ABSTRACT

Introduction: The occurrence of post-palatoplasty oronasal fistula (ONF) is undesirable, challenging and difficult to classify complications. The objective is to present a classification protocol for palate fistula based on the fistula's morphological, embryological criteria and symptomatology.
Methods: The elaboration of the classification involved the following steps: definition of ONF; definition of anatomical references; establishment of embryological and morphological criteria; inclusion of symptomatology.
Discussion: The established protocol includes strategies for identifying anatomical references of complex visualization such as foramen (FI) and the transition area between the hard and soft palate. From the point of view of embryology, the fistula can be classified as PREFI (located in the region before the FI), POSFI (located in the region after the FI) and PREPO (which affects both the region before and after the FI). The morphological criterion establishes as areas: region-1: prealveolar and/or the alveolar arch; region-2: hard palate before FI; region-3: hard palate after FI; region-4: transition between hard and soft palate; and region-5: soft palate. Symptom identification includes hypernasality, ear infections and nasal reflux, in addition to asymptomatic fistulas. Obtaining adequate intraoral photographs facilitates the protocol's applicability, and the positioning for the photographic image requires the visualization of the palatal face of the upper incisor teeth.
Conclusion: The Brosco-Dutka protocol for the classification of palate fistula was developed for use by the craniofacial team during a face-to-face consultation or photographic image analysis. The proposal presents illustrations to guide the proper use of the criteria.

Keywords: Cleft palate; Oral fistula; Clinical protocols; Protocols; Plastic surgery.

 

RESUMO

Introdução: A ocorrência de fístula oronasal (FON) pós-palatoplastia é uma complicação indesejável, desafiadora e de difícil classificação. O objetivo é apresentar um protocolo de classificação de fístula de palato baseado em critérios morfológicos, embriológicos e sintomatologia da fístula.
Métodos: A elaboração da classificação envolveu as seguintes etapas: definição de FON; definição de referências anatômicas; estabelecimento de critérios embriológicos e morfológicos; inclusão da sintomatologia.
Discussão: O protocolo estabelecido inclui estratégias para a identificação de referências anatômicas de complexa visualização como forame incisivo (FI) e a área de transição entre o palato duro e mole. Do ponto de vista da embriologia, a fístula pode ser classificada como PREFI (localizada em região anterior ao FI), POSFI (localizada em região posterior ao FI) e PREPO (que acomete tanto a região anterior quanto posterior ao FI). O critério morfológico estabelece como áreas: região-1: pré-alveolar e/ou do arco alveolar; região-2: palato duro anterior ao FI; região-3: palato duro posterior ao FI; região-4: transição entre palato duro e mole; e região-5: palato mole. A identificação de sintomas inclui: hipernasalidade, otites e refluxo nasal, além das fístulas assintomáticas. A obtenção de fotografias intraorais adequadas facilita a aplicabilidade do protocolo, sendo que o posicionamento para imagem fotográfica requer a visualização da face palatina dos dentes incisivos superiores.
Conclusão: O protocolo Brosco-Dutka de classificação de fístula de palato, foi elaborado para uso pela equipe craniofacial em consulta presencial ou durante análise de imagens fotográficas. A proposta apresenta ilustrações para nortear o uso adequado dos critérios.

Palavras-chave: Fissura palatina; Fístula bucal; Protocolos clínicos; Protocolos; Cirurgia plástica

 

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